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Por:   •  8/11/2021  •  Artigo  •  497 Palavras (2 Páginas)  •  49 Visualizações

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Província Scheelitífera do Seridó (W)

Aluno: Marcos Irandy Oliveira da Rocha       Disciplina: Geologia Econômica

  • Escarnitos Polimetálicos da Faixa Seridó

Nesta porção da Província Borborema, são conhecidas quase 700 ocorrências de skarns mineralizados, dentro da área de 20mil km2, denominada Faixa Seridó. A maioria dos escarnitos encontrados lá foram explotados para W – Mo. Quando às reservas de W, os maiores skarns possuem 11Mt (Brejuí) e 9Mt (Bodó). Nestes skarns os teores de WO3 variam de 0,5 a 1%, onde alguns podem atingir de 6 a 9%(Bodó e Bonfim, respectivamente). Também foi encontrada reserva de ouro em Bonfim (cerca de 1Mt disponível no local).Estima-se que até 1992, tenha sido produzido cerca de 60mil toneladas de concentrados de WO3 dos skarns na Faixa Seridó.

  • Ambiente Geodinâmico de Formação

A maioria dos depositos de skarns na faixa seridó são relacionadas a corpos ígneos brasilianos que estão ao redor dessas rochas. Estes corpos são amplamente distribuídos na Província Borborema, sendo dominantemente constituídos por granitos finos e porfiríticos, e subordinadamente, por granitos equigranulares, aplitos finos a médios e pegmatitos. As zonas de cisalhamento brasilianas podem ter servido de conduto para os fluidos metassomaticos responsáveis pela formação dos skarns.

À respeito da mineralização de W-Mo, esta deve ter acontecido de forma síncrona à formação dos skarns, como indica o equilíbrio textural observado entre os cristais de scheelita e os minerais de ganga dos skarns. Por outro lado, a mineralização de ouro, como indica a mesma preenchendo fraturas extensionais que cortam a ganga e os cristais de scheelita.

  • Principais Controles da Mineralização

A maioria dos skarns é estratocontrolada  entre o contato de mármore e xisto na faixa seridó. Os skarns podem ocorrer dentro de paragnaisses e xistos, ou mesmo dentro do próprio corpo ígneo, caracterizando-os como endoskarns.

  • Descrição dos depósitos

Os depositos de skarns ocorrem em corpos de espessura centimetrica à métrica, com forma lenticular a tabular e que mostram contato irregular com suas rochas encaixantes. Esse contato irregular deve ter facilitado o enriquecimento do depósito em minérios. Os skarns possuem estrutura maciça ou bandada.  

Da composição mieralogica, os skarns são constituídos de duas parageneses diferentes:

- Alta temperatura: piroxênio, anfibólio, ± granada, ± plagioclásio

- Baixa temperatura: epidoto, ± clinozoisita, ± vesuvianita, ± zeólitas, ± opala

A mineralogia do minério de W-Mo é constituída dominantemente por scheelita e molibdenita, com quantidades subordinadas de pirita e calcopirita.

Algumas feições de alteração metassomatica foram observadas em rochas encaixantes e atribuídas ao processo de formação dos escarnitos, como:

(i) anfibolitização de xistos e paragnaisses; (ii) epidotização de rochas granitoides; (iii) presença de olivina ou wollastonita em mármores; (iv) calcita mais grossa (recristalizada) nos mármores, ou mármores constituídos por calcita passando de coloração branca para laranja e cinza escura, em direção aos skarns.

Os dados microtermometricos sugerem as seguintes condições de temperatura e pressão para formação das parageneses minerais de baixa temperatura:

- escapolita-vesuvianita: 450 – 380 ºC e 2 kbar;

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