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Pirataria Moderna

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Por:   •  28/5/2013  •  3.203 Palavras (13 Páginas)  •  785 Visualizações

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A pirataria moderna se refere à cópia, venda ou distribuição de material sem o pagamento dos direitos autorais, portanto, apropriação da forma anterior ou com plágio ou cópia de uma obra anterior, com infração deliberada à legislação que protege a propriedade artística ou intelectual.

A pirataria faz que a cada ano, o Brasil perca R$1 bilhão, e no mundo faz com mais de 20 milhões de pessoas não tenham trabalho. O importante que, não só no Brasil, mas em outras partes do mundo tenham uma fiscalização desses produtos rigorosa.

No Brasil a pirataria fere a licença de copyright e contra ela existe a Lei Anti-pirataria (10.695 de 01/07/2003 do Código de Processo Penal), que pune os responsáveis e dependendo dos casos a pena pode chegar a 4 (quatro) anos de reclusão de pena, e multa. Apesar disso, a pirataria é muito praticada no Brasil sendo responsável pela geração de um grande número de empregos informais. A Polícia Federal do Brasil mantém operações permanentes para coibir as diversas modalidades de pirataria.

Eu nem vou entrar no mérito da pirataria de jogos eletrônicos, roupas, remédios, produtos de modo geral. Quero trabalhar com um conceito que trás todos vocês aqui para lerem a minha página. A pirataria no ramo dos RPGs. Todo mundo sabe (ou deveria saber, não sei) que o nosso mercado de RPG é frágil como a chama de uma vela em meio a uma ventania. Por isso eu achei que seria legal pegar alguns argumentos muito usados a respeito do tema e esmiuçá-los.

Acho que o primeiro ponto a ser ressaltado e a origem da pirataria de livros de RPG no Brasil. Se remontarmos mais de vinte anos atrás, em 1987, teremos um mercado brasileiro de RPG bem diferente. Não existiam revistas de RPG (se bem que hoje temos apenas uma), nem mesmo jogos em língua portuguesa, ou mesmo editoras nacionais. O jogo era jogado por estudantes, normalmente pessoas que fizeram intercâmbio nos Estados Unidos, tiveram o contato com o jogo lá e o trouxeram para cá. Justiça seja feita não existia sequer a internet, e computador era uma coisa cara e distante da grande maioria da população. Naquele tempo, para se jogar RPG você tinha duas opções: comprar um jogo importado, caro e todo em língua estrangeira ou tirar cópia de alguém que tinha. E normalmente a segunda opção era a mais escolhida e nem sempre a mais fácil. Ainda tenho em algum lugar por aqui o meu manual de regras do D&D 1ª. Edição que saiu no Brasil pela Grow, xerocado e cheio de anotações nas margens. E que aventura era conseguir o livro! Sempre era a cópia, da cópia da cópia. A esta galera foi dado o nome geração xérox. Provavelmente vem daí a origem da pirataria nos jogos de RPG no Brasil.

Então vieram os primeiros livros de RPG em português (D&D, Gurps, Desafio dos Bandeirantes), os primeiros encontros (RPG Rio, Uspcon, Eirpg) e as primeiras editoras a lidarem com o tema (Devir, Daemon, Trama, GSA)… mas a pirataria não mudava. O argumento que a justificava era o mesmo de anos atrás, com poucas mudanças: o preço.

O argumento de quem defende a pirataria é normalmente está entre os seguintes:

- Por que pagar pelo livro se eu posso ter o mesmo em formato digital, de graça?

- Os livros são muito caros;

- As empresas ganham fortunas com o s livros. Uma cópia a mais ou a menos não vai fazer diferença;

É verdade que alguns RPGs são bem caros. Os livros básicos do D&D 4.0, o RPG mais popular do mundo (?) saem por mais ou menos R$65,00 reais cada um. Quase R$195-200 reais. Com um salário médio girando em torno de R$465,00 os livros se tornam caros mesmo. O investimento inicial para se começar a jogar pode vir a ser o maior dos empecilhos para o jogador inicial. Pelo menos é o que se pensa sem uma rápida reflexão.

Deixe-me contar uma coisa que é novidade para muita gente. RPG é supérfluo. Aquilo que excede o necessário; coisas desnecessárias. Ou seja, você não precisa do RPG para viver.

Existem RPGs econômicos, baratos e até mesmo de graça na internet. Apesar da internet hoje ser um paraíso da pirataria, ela tem um potencial infinito para manter vivo o mais obscuro dos RPGs. E com material com cessão livre de direitos qualquer um pode navegar, baixar seu RPG livre favorito, imprimir e sair jogando. Ou seja, preço não é mais um empecilho. Existem até mesmo cenários e sistemas como o Mighty Blade 2, o FUDGE Brasil, o NANORPG…

“Tudo bem”, vai argumentar alguém, “mas eu quero jogar D&D e não estou a fim de gastar 200 paus para isso”. Você não precisa. Para os que dominam inglês existe o SRD. O SRD é todo o pacote de regras que você vai precisar para jogar. Sua distribuição é absolutamente gratuita.

“Mas eu não domino inglês” argumenta com raiva o rapaz com a blusa do Linkin Park. Bom, já existe em português o SRD traduzido em português, no site do darksun brasil. Basta baixar.

Ah, você fala do 4.0? Neste caso pode aproveitas as promoções. Na Moonshadows você tem o Livro do jogador por menos de 70,00 reais.

“Puxa, mas só tem o livro básico! Eu quero suplementos!” exclama o outro rapaz, ouvindo I-pod. Existem centenas de netbooks internet à fora com regras alternativas, cenários prontos, suplementos livres e legais que você pode se utilizar.

“Caramba, seu velho! Mas não são oficiais! Eu quero jogar D&D com todos os suplementos oficiais!” esbraveja outro que os seguranças arrastam da sala. O problema todo este em querer ter e não querer pagar por isso. Você quer ter o melhor RPG do mundo, com ilustrações de alto nível, centenas de suplementos interessantes, material de jogo para a duas vidas inteiras e não quer pagar nada por isso, né? Justamente porque o melhor RPG do mundo, com ilustrações de alto nível, centenas de suplementos interessantes, material de jogo para a duas vidas inteiras custa caro né? Porque pagar se eu posso ter de graça, né?

“Mas as empresas são todas caça-níqueis com esses suplementos todos, em busca de lucro fácil” acrescenta aquela menina vestida com orelhas de Chobit, ali no

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