A Lista de Orgânica

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RELATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL

PRÁTICA 07: CROMATOGRAFIA PLANA

DISCENTES: Alif Natan Durval Cara

Francisco Palacio Tomé

Gabrielly Teleken Devoiaski

Leonardo Galuppo

DOCENTE: Ronan Farias Freire de Souza

Toledo, 2022

Paraná

1. INTRODUÇÃO:

        Corantes e pigmentos são utilizados diariamente nas indústrias, sejam têxteis, alimentícias, cosméticas, de plásticos e demais nichos. De acordo com o Conselho Regional de Química [1], quando utilizados, os pigmentos são insolúveis e proporcionam cobertura, enquanto os corantes são solúveis e tingem o produto. Ainda que apresentem aspectos diferentes, ambos são utilizados para promover a coloração desejada aos produtos.

        Para a produção desses colorantes, mais de uma espécie química é aplicada, dado que, para obter determinadas cores, não basta apenas um pigmento. Assim, como nesse caso é necessário a mistura de espécies químicas, o mesmo ocorre em demais produtos, sejam de indústrias ou do meio ambiente, os corantes e pigmentos são apenas uma pequena exemplificação.

        A liberação de resíduos  no meio ambiente pode ser um problema, quando não se sabe a identificação e quantificação das espécies químicas. Desse modo, uma prática aplicável para a identificação desses e possível tratamento residual é a cromatografia plana, uma vez que separa os componentes das misturas em duas fases, uma estacionária e a outra móvel.

Dentre os métodos de cromatografia plana, tem-se cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia em papel (CP). A CCD consiste no processo de adsorção, nela uma camada de adsorvente é inserida em uma placa de vidro. A CP consiste no processo de partição e, nesse caso, uma pequena parte do papel é inserido na fase estacionária. Em ambos os casos, a mistura será a fase móvel, a qual irá aumentar, separando as espécies químicas, possibilitando a identificação dessas.

Durante essa prática, aplicou-se o método em canetas hidrográficas, logo, deve-se observar manchas verticais nas placas. Dentre essas distâncias percorridas, espera-se que determinado composto percorra sempre a mesma distância quando se trata do mesmo solvente, essa relação é descrita como fator de retenção.

1. OBJETIVOS:

        A prática de cromatografia plana foi efetuada tanto por cromatografia plana como por cromatografia em camada delgada, com o objetivo de separar as espécies químicas presentes nos pigmentos de canetas hidrográficas, contudo esse procedimento poderia ser aplicado em demais produtos, possibilitando, então, identificar e quantificar as espécies químicas que o constituem.  

1. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS:

3.1 Materiais:

Ao longo da prática foram utilizados lâminas de microscópio, béqueres, régua, uma estufa, canetinhas hidrográficas, papel filtro de café, placa de sílica gel ativada, uma capela para evaporação de compostos tóxicos ou inflamáveis. Além disso, utilizou-se os seguintes componentes químicos: sílica , água , etanol ,  alaranjado de metila (C14H14N3NaO3S), azul de metileno (C16H18N3SCl), hexano puro , hexano 70% de acetato de etila 30% e acetato de etila puro (C4H8O2).[pic 3][pic 4][pic 5]

 

            3.2 Procedimentos:

        Inicialmente o grupo preparou algumas placas, sendo necessárias 4 e as outras para garantia caso ocorresse algum erro de operador, as placas foram preparadas a partir da imersão das lâminas de microscópio em suspensão de sílica, para ativação elas foram postas em uma estufa e efetuou-se uma separação de mistura de componentes.

        Na separação cromatográfica em papel de filtro de café, uma quantidade de tinta das canetinhas foi depositada em alguns papéis , após isso esses papéis foram colocados em um béquer que continha uma fase móvel de eluente composto de água e etanol, após o solvente atingir quase o topo dos papéis, mediu-se a distância em que o solvente percorreu no papel bem como a distância que o composto presente nas tintas percorreu, a partir disso obtém-se a relação de fator de retenção, que representa a razão entre a distância percorrida pela amostra e a distância percorrida pela fase móvel. O fator de retenção é utilizado para comparar os componentes desconhecidos de uma amostra com os valores da literatura, a fim de denotar quais compostos estão presentes na amostra.

        Na separação cromatográfica em camada delgada, utilizando um capilar, aplicou-se alaranjado de metila em uma das placas de sílica de gel ativada e azul de metileno em outra das placas, após isso o cromatograma se desenvolveu usando os seguintes solventes como eluente: hexano puro, hexano 70% de acetato de etila 30% e acetato de etila puro, após o solvente atingir o topo da placa , evaporou-se o solvente na capela para assim revelar o quanto o soluto se deslocou.

1. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

4.1        Separação cromatográfica em papel

        A partir do procedimento descrito anteriormente, estrutura-se a Tabela 01 com o objetivo de representar os dados de deslocamento da tinta das canetas hidrográficas em função da fase móvel composta por água e álcool, assim como o Fator de Retenção (RF), que relaciona a distância relativa percorrida pela amostra em relação a distância percorrida pela fase móvel.

                

 

Tabela 01: Dados da separação cromatográfica a partir do papel de filtro
Cor inicial	Seperação de cores	Deslocamento da Amostra (cm)	Deslocamento da Fase móvel (cm)	RF
Rosa	Rosa	4,7	5	0,94
Verde claro	Laranja	0,8	5	0,16
Amarelo	1,5	5	0,3
Verde	3	5	0,6
Azul	4,8	5	0,96
Vermelho	Vermelho	3,4	5	0,68
Marrom	Rosa	3,5	5	0,7
Violeta	4,6	5	0,92
Verde escuro	Verde	3,1	5	0,62
Azul	4,7	5	0,94
Fonte: Autoria própria