A Obtenção de Álcool Etílico
Por: Matheus Barbosa • 2/4/2017 • Relatório de pesquisa • 3.893 Palavras (16 Páginas) • 821 Visualizações
Assunto
Obtenção de Álcool Etílico
Introdução
O etanol e o metanol são os combustíveis renováveis mais utilizados no mundo, havendo destaque também para o biodiesel. Os biocombustíveis que fazem parte da matriz energética brasileira são produzidos pela transformação do açúcar por microrganismos (fermentação), no caso do etanol, por meio de transesterificação de gorduras, no caso do biodiesel e por destilação seca de madeiras ou pela reação do gás de síntese (produzido a partir de origens fósseis, como o gás natural), uma mistura de H2 com CO2 passando sobre um catalisador metálico a altas temperaturas e pressões no caso do metanol.
O álcool pode ser obtido por meio de diversas formas de biomassa, sendo a cana de açúcar a mais eficiente. A produção de álcool etílico a parti da cana-de-açúcar consiste nos processos de moagem, aquecimento do caldo, adição de microrganismos, fermentação e destilação, usada na separação de líquidos com diferentes volatilidades.
O Brasil é o maior exportador de etanol, mesmo apresentando uma área relativamente pequena para o plantio de cana, tornando essencial o emprego de novas técnicas, biotecnologia, para otimizar o processo de obtenção do álcool etílico. O Brasil também se destaca na produção de biodiesel. O país é o terceiro maior produto dessa fonte energética do mundo, atrás apenas da Alemanha e dos Estados Unidos.
Os biocombustíveis são uma excelente alternativa para geração de energia elétrica, além de combustíveis menos poluentes. Também apresentam uma possibilidade de se utilizar materiais que até então eram considerados lixos como matéria-prima. Um exemplo dessa aplicação é a extração de álcool do bagaço da cana.
- Objetivos
3.1 Objetivos Gerais
Aprender o processo de obtenção do álcool etílico, bem como o processo de separação dos componentes por destilação simples.
Objetivos Específicos
Obter noções do processo fermentativo de obtenção do álcool etílico;
Aprender conceitos sobre destilação.
Fundamentação teórica
Uma fonte de energia é considerada renovável quando não é possível estabelecer um fim temporal para a sua utilização, as energias renováveis são virtualmente inesgotáveis, mas limitadas em termos da quantidade de energia que é possível extrair em cada momento. Dentre elas pode-se citar: energia eólica – vinda dos ventos; a solar – aproveita a radiação solar (converte luz em energia); a maré-motriz – utiliza a energia potencial das diferenças dos níveis das marés e também das correntes marinhas; a hidrelétrica – aproveita a energia potencial das águas de rios represados; a biomassa – aproveitamento energético de matéria orgânica.
As principais vantagens resultantes da sua utilização consistem no fato de não serem poluentes e poderem ser exploradas localmente. A utilização da maior parte das energias renováveis não conduz à emissão de gases. A única exceção é a biomassa, uma vez que há queima de resíduos orgânicos, para obter energia, o que origina dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio.
As fontes de energia renováveis ainda são pouco utilizadas devido aos custos de instalação, à inexistência de tecnologias e redes de distribuição experimentadas e, em geral, ao desconhecimento e falta de sensibilização para o assunto por parte dos consumidores.
Estas surgem como uma alternativa ou complemento às convencionais. No Brasil as energias renováveis representaram 41,0% da matriz energética, sendo essa originada da soma da participação das fontes Hidroelétrica, com 12,5%; lenha e carvão vegetal, com 8,3% e lixívia e outras com 4,2%. As energias não renováveis ainda dominam nossa matriz energética, tomando 59% de sua totalidade, sendo as principais fontes o petróleo e derivados (39,3%), o gás natural (12,8%.), o carvão mineral (5,6%) e o urânio (1,3%).
Mesmo com mais da metade de sua matriz energética dominada pelas fontes não renováveis o Brasil ainda apresenta-se bem a frente da média mundial, como representa a Figura 1: [pic 1]
. [pic 2]
[pic 3]
Dentre as energias renováveis, dá-se destaque à biomassa, uma vez que dentro deste grupo inserem-se os biocombustíveis, alternativas renováveis aos combustíveis utilizados nos veículos e em algumas termoelétricas.
A designação biomassa é genérica que engloba o aproveitamento energético da matéria orgânica, ou seja, dos resíduos provenientes da limpeza das florestas, da agricultura e dos combustíveis resultantes da sua transformação. A energia pode ser obtida através da combustão direta dos materiais ou a partir de uma transformação química ou biológica, de forma a aumentar o poder energético do biocombustível.
Englobam-se dentre os biocombustíveis o biodiesel e etanol. Através da transformação de certos óleos vegetais obtém-se o biodiesel que pode ser misturado ao diesel e alimentar motores deste tipo. Outra fonte de matéria-prima é a recuperação dos óleos usados em frituras, mediante uma recolha seletiva. Estes óleos podem ser transformados em biocombustível, tendo como vantagem acrescida a eliminação de uma fonte de poluição.
A Lei 11.097/05 estabelece o percentual obrigatório de 5% de adição de biodiesel ao diesel a partir de 2013, entretanto este valor foi alterado para 7%, aumentando assim a participação deste biocombustível na matriz energética brasileira.
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