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LISTA DE FENÔMENOS DE SUPERFÍCIE

Por:   •  19/8/2019  •  Exam  •  1.441 Palavras (6 Páginas)  •  163 Visualizações

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ESTUDO DIRIGIDO II

  1. O pós-fordismo se foi uma nova forma de produção na qual a flexibilidade e a inovação são levas ao máximo a fim de satisfazer as necessidades da demanda (pessoas). As vastas estratégias usadas pelo método ao qual também era conhecido como Toyotismo foram: a produção flexível, trabalho em equipe, produção em grupo,         “habilidades múltiplas” e o treinamento no emprego.

A produção flexível é um diferencial do fordismo e taylorismo. Nesses sistemas antigos a produção era em larga escala, não havia produções pequenas ou produtos personalizados para atender um grupo específico de clientes. Com o surgimento do Toyotismo, as produções em pequena escala ou produtos feitos para atender a necessidade de determinado grupo, também começaram a ser feitas, com equipes especializadas e profissionais extremamente capacitados em suas funções, além de novas tecnologias. Isso aumentou muito produtividade, pois ao invés de todos serem obrigados a comprar um único modelo, ou uma única roupa, um produto padronizado, passou-se a depositar no mercado produtos que variavam com maior frequência, o que causava uma maior circulação do capital.

A produção em grupo permite que determinado grupo de trabalhadores participem no processo de produção, ao invés de exigir um trabalho mecanizado com a exaustão por repetitivas ações no trabalho. É uma modificação estupenda do Taylorismo, pois passa a reconhecer o trabalhador como agente participante na produção ao possuir o conhecimento especializado.

O trabalho em equipe é fundamental para essa mudança, as empresas não contêm mais cargos fixos, com tarefas específicas, mas passa a ter agora um ambiente de constante mudança, fazendo com que a parte colaborativa entre os trabalhadores aumente circunstancialmente.

Com todas essas mudanças no cenário do modo de produção, com o surgimento de uma infinidade de produtos, os trabalhadores passaram a ter muitas especializações, a fim de realizar inúmeras tarefas dentro da empresa, diferentemente de antes que os trabalhadores tinham funções específicas no trabalho e morriam fazendo sempre a mesma coisa, no novo modelo de produção o trabalhador como conhecedor de todo o processo de produção e com inúmeras responsabilidades e tarefas, dinamizava a forma de produzir, aumentando a confecção dos mais variados produtos.

Além disso, os trabalhadores começaram a receber treinamentos a respeito de todo modo de produção e das inúmeras tarefas que o constituíam, isso levou o trabalhador a desenvolver novas habilidades. Esses treinamentos tinha um baixo custo e uma alta eficácia, fazendo com que os trabalhadores agilizassem o processo produtivo.

  1. A mudança dos modos de produção Fordista e Taylorista resultaram em uma tendência interessante no mundo do trabalho, afinal antes tínhamos uma indústria mais verticalizada, com trabalhadores fixos, ou seja, com funções fixas, que eram mais estáveis e passava toda sua vida exercendo a mesma função. Agora, com dinamização da produção, a horizontalização do capital, esse trabalhador fixo deu origem ao trabalhador com múltiplas tarefas, com menos estabilidade e com a constante pressão entre desemprego=falta de produção. Essa foi uma das tendências no mundo do trabalho, o proletariado da indústria vertical, com função fixa e estável foi substituído pelo trabalhador versátil.

  1. A definição formal do desemprego é estar sem trabalho, mas a simplicidade desse termo não esconde a complexidade que gira ao redor do assunto, afinal, o trabalho para a sociedade capitalista representa uma atividade remunerada em uma função, uma ocupação. Pessoas ditas como desempregadas, podem estar exercendo diversas atividades, como cuidar das funções domésticas, empregos de meio turno. Para a Organizacional Internacional do Trabalho o desempregado é aquele indivíduo que não tem emprego, que tem a disponibilidade de começar a trabalhar em duas semanas e que procurou emprego no mês anterior. Muitos consideram necessário levar em consideração duas situações especiais: trabalhadores desestimulados e trabalhadores involuntários de meio turno. Trabalhadores desestimulados são aqueles em plenas condições físicas de ter um trabalho, mas já estão tão cansados de procurar, que preferem o desemprego ao esforço na tentativa e possível negação de uma vaga de emprego. Trabalhadores involuntários de meio turno são aqueles como o próprio nome já diz são aqueles que fazem bicos ou tem um trabalho com redução de salário devido à meia jornada de trabalho, e mesmo esses trabalhadores querendo um trabalho com jornada completa, eles não obtêm o êxito de conseguir. Existem dois tipos de desemprego: o desemprego friccional e o estrutural. O desemprego friccional ou temporário se caracteriza pelas constantes entradas e saídas dos trabalhadores no mercado de trabalho, devido à mudança de trabalho em virtude da demissão, da busca de um novo emprego por causa da conclusão de um ensino superior, pela situação de doença grave. O desemprego estrutural tem mais haver com as circunstâncias que afetam diretamente a economia e que estão além do indivíduo, como uma crise na empresa, gerando seu fechamento e o desemprego de toda sua classe trabalhadora. O desemprego afeta de forma muito devastadora o indivíduo, pois em um mundo capitalista como o nosso em que o indivíduo só tem importância para a sociedade enquanto ser consumidor não ter uma renda é algo impensável, se o indivíduo não tem proteção familiar, ou ajuda do Estado, essa pessoa está condenada as ruas ou a morte. Então as consequências variam de sociedade para sociedade. Se o Estado tem políticas públicas fortes de combate ao desemprego, suas consequências são mais maleáveis, do que em uma sociedade sem proteção alguma aos desempregados. Um problema grave, hoje, advindo do desemprego é a depressão e a falta de otimismo, o impacto inicial da falta de trabalho é muito forte, mas logo é seguido por um grande otimismo com relação as novas oportunidades de emprego, e quando, essas novas expectativas são frustradas levam o indivíduo a períodos de extrema depressão e negação a si mesmo pela forte influência que não ter emprego em uma sociedade extremamente capitalista faz sobre o indivíduo. O trabalhador que não tem um emprego é muito discriminado na sociedade, é visto como um ser separado, uma categoria diferente das demais, como ser que deixasse de participar do sistema devido a sua falta de função para ele. Esse tipo de sistema de trabalho gera grandes inseguranças e como dito anteriormente o surgimento de doenças psicológicas e físicas. A ideia de emprego para toda uma vida inteira é quebrado e passa-se a ter um trabalhador com maior número de especializações e funções, os chamados trabalhadores de portfólio. Aquela ideia de carreiras contínuas pertencerá a uma pequena quantidade de pessoas, elas darão espaço aos trabalhadores com muitas habilidades e diversas experiências com vários trabalhos diferentes. Esse contexto mostra como inconstantes são as sociedades atuais, pois o indivíduo não tem a noção exata de segurança, afinal, a mudança de trabalho é intensa ao longo da vida, modificando, assim, a forma de vida do indivíduo em particular.
  1. O precariado é uma nova classe social que surge nesse mundo globalizado capitalista e são, justamente, os trabalhadores de portfólio, nos quais a insegurança e a incerteza norteiam suas vidas constantemente. Durante as grandes revoluções industriais o capital buscava levar o proletariado a uma vida e emprego com estabilidade, já o capital, hoje, busca levar o precariado a uma vida de insegurança e constantes mudanças de trabalho. Essa nova classe tem relações de distribuição bem definidas, com a dependência enorme do salário nominal, vivendo em flutuações e sem o rendimento seguro. Com relação ao Estado, o precariado é a parte da sociedade que tem menos direitos outorgados, isso gera uma grande insegurança no tocante dos direitos válidos de cada cidadão. Então, um aspecto crucial da classe social em ascensão (precariado) é a insegurança intensa. O precariado foi resultado de diversos movimentos como o neoliberalismo e o toyotismo. O Toyotismo surgiu como modo de produção que tinha a função de dinamizar o trabalho e aumentar a produção, toda essa flexibilidade, gerou trabalhadores com diversas funções ou especialidades. O aumento da mão de trabalho qualificada resulta em uma grande quantidade de desempregados e em trabalhadores inconstantes que aceitam e se sujeitam a qualquer condição de trabalho que o dê um salário, ou seja, uma condição de “sobrevivência”. O trabalhador de portfólio colabora intensamente para a ascensão do neoliberalismo, caracterizado pela mínima intervenção do Estado na economia, deixando para o capital privado a função de controle da economia. Esse tipo de trabalhador é o pilar principal desse modelo econômico na qual o capital selvagem é sua principal arma de ação, como o desejo é sempre produção, produção e produção, as pessoas cada vez mais são obrigadas a ter várias especializações, ou seja, terem diversas funções, flexibilizar sua mão de obra, e viverem na insegurança de vida e desemprego. O precariado fica sujeito a uma condição de trabalho intenso e nunca visto antes devido, principalmente, pela necessidade do salário.

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