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A Auditoria Interna como ferramenta de Controle e Gestão de Riscos

Por:   •  31/8/2017  •  Artigo  •  1.448 Palavras (6 Páginas)  •  476 Visualizações

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A Auditoria Interna como ferramenta de Controle e Gestão de Riscos

Lílian Kamilla Argôlo Salmeiro

RESUMO

Este artigo almeja analisar e propor a importância de equipe de auditoria interna para credibilidade das empresas e uma boa gestão empresarial. Para isso será apontado um breve histórico do que seja auditoria, suas ferramentas, importância e relevância para o meio empresarial. Apresentando a auditoria na sua verdadeira forma, desmitificando conceitos e opiniões será mais simples provar aos empresários que investir em uma auditoria é investir num crescimento seguro para sua empresa. O método utilizado será quanto aos fins em pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, e quanto aos meios, em dados bibliográficos. Ao final, será possível perceber quão fundamental a auditoria pode se tornar para o desempenho da empresa e dessa forma ser valorizada como deve.

Palavras-Chave: auditoria; fraudes; organização; crescimento;

1 INTRODUÇÃO

Diante do cenário atual, onde fraudes coorporativas e empresas acabam falindo constantemente, a auditoria surge como mediador de controles e ferramenta fundamental para um gerenciamento empresarial eficaz.

Segundo CONAB (2008) “essa nova postura corporativa tem proporcionado a materialização e a aplicação de diversos mecanismos, objetivando não apenas detectar e mensurar possíveis problemas, como também o oferecimento de alternativas de soluções. Entre esses mecanismos, destacam-se as políticas de gestão de riscos relacionadas à auditoria interna.

A auditoria está subdividida em algumas áreas, mas é comumente tratada em duas vertentes: auditoria interna e externa. A diferença de ambas provém de que a auditoria interna é composta por um auditor que fica constantemente na empresa e, normalmente, trabalha junto à diretoria executiva ou à presidência. A importância desse tipo de auditoria procede na administração e averiguação de todos os procedimentos internos e políticas definidas pela empresa. Já a auditoria externa ou auditoria independente, apesar de possuírem interesses comuns, suas extensões são diferentes. O auditor externo trabalha de forma independente, sem vínculo empregatício, porém também trabalha em parceria com o auditor interno, para testar a eficiência dos sistemas utilizados. Geralmente, o auditor externo funciona como um consultor e tem sua atenção voltada para a confiabilidade dos registros contábeis.

Mas o termo “auditoria” exerceu ao longo dos anos uma visão equivocada diante do que realmente preza a auditoria e o que de fato ela contribui, qual a finalidade da mesma, seus benefícios e graus de importância. Geralmente falar em auditoria é sinônimo de punição, repreensão, onde na verdade a auditoria retrata um trabalho de auxilio, de consultoria, de orientação na organização de modo que proporcione um trabalho de melhoria à empresa.

A contabilidade é o meio de orientação técnica ao auditor, e proporciona o combate a erros e fraudes, contribuindo dessa forma para a transparência e confiabilidade das demonstrações contábeis e financeiras. Portanto, a ferramenta básica para realização de  auditoria é uma contabilidade apurada e pessoas hábeis a utilização da mesma.

Pesquisas apontam que a aplicação de uma auditoria interna proporciona a entidade uma maior valorização e prova que o princípio contábil da continuidade pode ser possível, afinal uma entidade que atua de forma ética tem como retorno vida longa e lucrativa no mundo dos negócios.

Mas para que uma auditoria atinja o propósito de organização é imprescindível que o profissional auditor possua requisitos como domínio das novas tecnologias, forte conhecimento de gerenciamento de risco além do profundo conhecimento dos negócios da empresa.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Manual de Auditoria CONAD 2008,

“A auditoria interna é o conjunto de técnicas que visa avaliar, de forma amostral, a gestão da Companhia, pelos processos e resultados gerenciais, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou normativo. Trata-se de um importante componente de controle das Corporações na busca da melhor alocação dos recursos do contribuinte, não só atuando para corrigir os desperdícios, as impropriedades/disfunções, a negligência e a omissão, mas, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos, em especial sob a dimensão da eqüidade, intimamente ligada ao imperativo de justiça social. Os trabalhos desenvolvidos pela Unidade de Auditoria Interna objetivam, em última

instância, a adequação da gestão de riscos operacionais, dos controles internos administrativos e do processo de governança corporativa proporcionando uma razoável garantia de que tais processos funcionam de acordo com o planejado”.

        O Conselho Federal de Contabilidade complementa que, “a auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da Entidade”.

        Para FRANCO E REIS (2004)

“Muitas vezes, as conseqüências de controles internos inadequados chamam a atenção da administração. As empresas devem ser preventivas e não reativas. Prevenção nem sempre é possível, mas minimização pode ser encontrada desde que todo o pessoal-chave envolvido na determinação de políticas, práticas e procedimentos estejam cientes e empenhados em acreditar nesse caminho.”

Para esses autores, cabe à auditoria convencer ao mais alto escalão da Entidade que pode auxiliá-la no crescimento dos negócios ao identificar os problemas e sugerir correções. Porém eles sugerem que para isso os auditores necessitariam:

“1. Ter acesso irrestrito ao universo da empresa;

2. Fazer exames regulares dos segmentos da empresa para averiguação da efetividade do cumprimento das suas funções de planejamento, contabilização, custódia e controle;

3. Reportar prontamente ao pessoal que precisa ser informado sobre os resultados dos exames praticados pela auditoria e

4. Corrigir condições apontadas como deficientes até que se atinja disposição satisfatória.” (FRANCO E REIS. 2004)

Dessa forma, para a efetiva auditoria é necessário o desenvolvimento de um planejamento com objetivos definidos, analisado com sólidas bases técnicas e seguido por roteiros, métodos, planos e programas.

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