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A estratégia brasileira para o Shipping - realidade atual

Por:   •  9/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.156 Palavras (5 Páginas)  •  366 Visualizações

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A estratégia brasileira para o Shipping - realidade atual

O transporte é uma atividade que está em evidência nas organizações, e de modo simples, consiste na tarefa de levar mercadorias de um lugar para o outro pelas rodovias (transporte por estradas), ferrovias (linhas férreas, trens e metrôs), hidrovia, (transporte aquaviário feito através de rios – Fluvial e transporte através do mar – marítimo) aerovia, (transporte por ar – aviões e Helicópteros) e dutovia (transporte através de dutos, como é o caso do gás natural, gasolina, óleo diesel e álcool).

Esta atividade aproxima indústrias, comerciantes e consumidores, envolvendo elementos importantes como preço e qualidade de serviços. Assegura entrega dos produtos solicitados pelos clientes de forma pontual e exata. Além de ser uma atividade, transporte é uma estratégia logística que fará com que se aumente a satisfação e a retenção dos clientes, bem como a conquista de novos.

Em tempos em que há grande disputa por clientes no comércio internacional, as empresas precisam transportar suas mercadorias de um país para outro de maneira rápida e eficiente para conseguir cumprir prazos e manter-se competitiva no mercado. Desta forma, a logística, especialmente a de domínio marítimo, está vinculada ao comércio global e ocupa posição de destaque como fator de competitividade e acesso aos mercados. Neste cenário, estão inseridas as empresas do transporte marítimo de carga conteinerizada, com elevada concentração de tráfego e fluxo de cargas crescente distribuído em várias áreas geográficas mundiais, demonstrando o nível de desenvolvimento das economias e sociedades a nível global e regional (MONIÊ, 2011).

Segundo Monié (2011, p.67):

A força econômica da navegação marítima nas últimas décadas tem sido a economia de escala com a utilização de navios porta contêineres cada vez maiores. As empresas armadoras introduzem economias de escala em marketing, operações e gestão por meio da aquisição de uma parte cada vez maior da cadeia logística.

Monié (2011) comenta que praticamente todas as operadoras de transporte marítimo internacionais estão envolvidas em alianças globais e parcerias na qual as transportadoras integram suas atividades.

O modal aquaviário é um dos mais antigos e importantes meios de transporte. É o principal meio utilizado para a realização do comércio internacional. Nesse tipo de transporte normalmente o volume movimentado é bastante elevado, maior inclusive que o ferroviário, e o custo de transporte unitário são um dos mais baixos. Entretanto, para o seu funcionamento é necessário estrutura portuária compatível com o equipamento utilizado, o que exige investimentos elevados em portos e equipamento de movimentação de carga.

No Brasil a maior parte das exportações é realizada por esse tipo de transporte. Segundo Bertaglia (2006) mais de 85% das exportações são realizadas via modal aquaviário. O custo de movimentação de carga pelos portos Brasileiros, entretanto, ainda são muito elevados. Aliado a falta de eficiência e a demora em carregar e descarregar os navios nos portos diminui a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Ele acrescenta que, apesar de existir iniciativa para modernização, os portos no Brasil estão em desvantagem em relação a outros países. Segundo o autor “a falta de tecnologia avançada e a mão-de-obra não qualificada, aliadas aos problemas estruturais das instalações, levam ao aumento de custos e atrasos nas transações de exportação e importação” (BERTAGLIA, 2006, p. 287).

Nota-se também uma grande concentração da movimentação de carga em poucos portos no Brasil, 70% do peso movimentado concentram-se em cinco portos brasileiros: Santos, Itaguaí, Paranaguá, Rio Grande e Itaqui (ANTAQ, 2012).

A maioria das cargas pode ser transportada por esse tipo de transporte, embora seja mais utilizado para transporte de commodities a granel e contêineres. Sua principal vantagem é o transporte de grandes cargas a custos muito baixos para longas distâncias. Sua principal limitação, todavia, está na necessidade de vias navegáveis e de estrutura para atracação, carga e descarga, o que limita seu raio de utilização. Segundo Faria (2011, p.95):

O modo aquaviário não apresenta flexibilidade de rotas e terminais e depende, portanto, de soluções com intermodalidade e de legislação pertinente ao processamento em armazéns alfandegários. Normalmente é utilizado para grandes distâncias, mas apresenta baixas velocidades. Esse modo possui algumas restrições, pois, se tratando da sua utilização do transporte para o interior, é preciso levar em consideração a existência de mares, rios, lagos e canais que sejam navegáveis. Está associado à expansão do uso de contêiner, que foi um grande evento ocorrido na Logística nos últimos anos.

Conforme Ballou (2006), o serviço de transporte aquaviário também depende das condições climáticas para a confiabilidade e disponibilidade do modal. Em especial, em períodos de seca, como nos rios da bacia amazônica, ou de inverno, como nos países de região fria, a navegação pode se tornar inviável por este tipo de meio.

Bowersox e Closs (2008) acrescentam que o transporte aquaviário apresenta custos fixos intermediários entre o rodoviário e o ferroviário, e que as principais desvantagens do meio são sua limitação e velocidade. O autor afirma que ele é usado quando se deseja obter baixos custos de frete quando o fator tempo não é relevante. Segundo os autores:

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