As Descrição Redes

As empresas se encontram em um ambiente que vem sofrendo relevantes mudanças, sendo estas predominantes as de estrutura econômica e tecnológica, criando novas condições competitivas para as empresas. Sendo assim, o relação entre empresas também sofre expressivas mudanças.

Na administração clássica, cada entidade fixa um procedimento específico, preocupando-se com: seu lucro, na diminuição dos seus custos de produção e na coordenação de suas operações em posição pessoal para conquistar metas pensadas  no mercado. Dada essa inserção no mercado, cada empresa auxilia para o desenvolvimento e fornecimento de certo serviço ou produto. Desta maneira, uma empresa precisa estabelecer relações com outras para assegurar o fornecimento dos bens que precisa e para adquirir serviços que não possui, tais que são integrantes à atividade que exerce. Também precisam transferir a seus clientes os serviços ou produtos que oferecem, recompensando o empenho produtivo que executam para seguir operando no mercado.

Para permanecer e crescer no mercado, as organizações precisam de recursos, sendo poucas as chances de  que comandem os mesmos. Consequentemente, obter esses recursos provoca custos de transação, isto é, os custos (de negociação: contratos, viagens, negociadores) que os agentes incorrem ao recorrer ao mercado ou evitar ações oportunistas, sendo estes recursos necessários para localizar possíveis parceiros e efetivar as transações.

 A partir da visão de que as empresas não conseguem sozinhas permanecer no mercado, podemos ressaltar a importância da cooperação entre elas. Segundo Schermehorn (1975) apud Balestrin e Verschoore (2008) "No momento em que duas empresas ou mais organizações percebem a possibilidade de alcançar conjuntamente seus objetivos e obter ganhos mútuos, a cooperação entre elas se desenvolve. Sendo assim, pode se afirmar que a cooperação interorganizacional decorre do desenvolvimento deliberado de relações" (BALESTRIN; vERSCHOORE, 2008, p. 40). Ou seja, as empresas inclinam-se a colaborar quando notam que só alcançariam seus objetivos de forma coletiva.

A determinação das decisões estratégicas de uma empresa, inserida no ambiente de mercado,  é dada segundo as expectativas que ela associa à disposição da empresa com quem está se relacionando. Situação esta vista na teoria dos jogos no campo econômico, podendo ser entendida através do Dilema do Prisioneiro. Neste jogo, duas pessoas responderão a ação de um para o outro, de maneira oportunista, não-cooperativa ou cooperativa. Em qualquer uma das condições há uma expectativa do resultado para qualquer indivíduo. Dessa maneira, se os dois não cooperam, os dois perdem, se os dois cooperam, ambos ganham e se, um não coopera e o outro sim, o que não cooperou toma vantagem sobre o que cooperou. Estes resultados são alcançados de entendimento à ação que os indivíduos possam escolher no jogo. Como um deles não conhece qual será a alternativa do outro, a estratégia mais praticável a se escolher é a de não cooperar, que pode gerar uma vantagem superior para um  se o outro confia que ele vá cooperar. Se o outro da mesma forma não desejar cooperar, os dois terão os mesmos maus resultados. De maneira que  não cooperando nunca perderá, no mínimo, empatará. Contudo, o que se apura é que esta estratégia, independentemente de ser predominante, a mesma não concede aos indivíduos a obtenção do resultado mais satisfatório possível. Se a decisão de ambos fosse de cooperar, os dois alcançariam resultados satisfatórios. Em relação a cooperação neste ambiente, podemos concluir que "Muitas vezes cooperar significa abrir mão de ganhos individuais imediatos em troca de ganhos coletivos futuros. A obtenção dos ganhos de cooperação requer, portanto, que os agentes econômicos adotem estratégias que viabilizem o comportamento colaborativo por parte de todos os envolvidos e tenham em vista resultados futuros" (BALESTRIN; VERSCHOORE, 2008, p. 48)