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Derivativos de taxa de juros resumo concluido

Por:   •  27/9/2015  •  Artigo  •  1.554 Palavras (7 Páginas)  •  836 Visualizações

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Universidade Estácio de Sá

Gestão Financeira e Controladoria – 2792

Mercado Financeiro de Capitais – NPG 1255

Derivativos de taxa de juros (IRD1) 

São instrumentos financeiros cujo valor deriva ou resulta do preço de títulos básicos de renda fixa ou do nível de índices de taxa básica de juros.

O motivo fundamental para o uso de IRDs é o gerenciamento de exposição a taxas de juros. À medida que uma empresa aumenta as taxas de juros, seu caixa precisa de aumento, possivelmente por conta de uma redução de fluxo de caixa gerado internamente ou de aumentos previstos em investimentos estratégicos. Com isso a empresa pode usar receitas advindas de IRDs para controlar seus pagamentos a seus credores sob certas circunstâncias, de forma a não arriscar sua estratégia de negócios.

Inicialmente, Swaps de taxa de juros aparentemente foram criados para explorar discrepâncias entre diferentes mercados. Uma empresa tinha acesso relativamente barato a fundos corrigidos por taxas de juros flutuantes, mas teria preferência por obrigações corrigidas por taxas pré-fixadas. Outra poderia facilmente levantar fundos a uma taxa fixa, mas preferia ter obrigações a uma taxa flutuante. A solução natural era que cada uma levantasse fundos naquele mercado em que tinha uma vantagem comparativa e então trocar pagamentos de juros para obter a exposição desejada. Usando os swaps, as empresas (e o intermediário financeiro que as assistia) capitalizaram sobre as diferenças entre esses dois mercados.

Usuários de IRD citam uma grande variedade de razões adicionais para preferir esses produtos a outros instrumentos financeiros. Em geral por permitirem que às empresas customizassem completamente seu perfil de risco de taxa de juros, e também por terem risco de crédito mais baixo e maior liquidez.

Seis principais derivativos de taxa de juros
Existe uma variedade quase infinita de IRDs. Seis dos contratos mais básicos estão brevemente descritos abaixo: swaps, acordos de taxa e termo, futuros de eurodólar, opções de títulos, caps/floors/collars,5 e opções de swap (ou swaptions).

A. Swaps
Um swap flutuante-fixo é um contrato entre duas entidades (ou “contrapartes”) que sustenta a troca regular de pagamentos entre elas de modo que uma paga uma taxa fixa de juros e a outra, uma taxa flutuante de juros, ambas calculadas com base num valor principal fictício (“nocional”). Em um “swap par” padrão, o valor de mercado do swap no seu começo é zero, então, não há troca de caixa quando o swap é acordado. Além disso, nenhum principal seria trocado entre as partes no começo ou na maturidade do swap.

Swaps não são negociados em Bolsa, mas são parte do mercado de balcão (OTC9). Instituições financeiras, incluindo bancos comerciais e de investimentos e firmas de negociação, atuam tanto como corretores. A taxa fixa é expressa como “margem de swap”, ou um número de pontos básicos acima do valor mobiliário de Tesouro com a mesma maturidade do swap. O operador comprará swaps (pagará fixo) a uma taxa fixa do então vigente rendimento do título do Tesouro em 3 anos mais 100 pontos básicos.

O swap descrito acima é “genérico” ou “sabor baunilha”10. Na prática, existe um número de
variantes, inclusive os seguintes:

  • Swaps não-pares (non-par swaps): o valor de mercado do swap em seu início não é zero e, portanto, uma parte paga à outra no começo do contrato.
  • Swaps bases (basis swaps): as partes trocam a diferença entre duas taxa flutuantes.
  • Swaps intensificados (step-up swaps): seu valor principal nocional aumenta com o
    tempo.
  • Swaps de mora recomposta (arrears-reset swaps): a taxa flutuante é determinada e
    paga ao final do período.

B. Acordos de taxa e termo (FRA11)
Um acordo de taxa e termo (FRA) é um contrato OTC entre duas partes que implica na troca de
pagamentos entre elas sobre um período único de contrato futuro. Uma parte se compromete a pagar uma taxa fixa de juros (determinada no início do contrato) e a outra, a pagar um taxa flutuante de juros (determinada no começo do período contratual) sobre valor nocional predeterminado. Um FRA é semelhante a um acordo de
swap que cobra apenas um período futuro de pagamento de juros.

FRAs são comumente acordados entre bancos comerciais para travar uma despesa de taxa fixa de juros fixa em depósitos a taxas variáveis ou antecipados, ou para travar receitas de taxa fixa de juros fixas em empréstimos de taxa variável ou antecipados.

C. Futuros de eurodólar
Um contrato de futuros de eurodólar é semelhante em muitos aspectos a um acordo de taxa e termo (FRA). Um futuro de eurodólar é um contrato negociado em Bolsa entre duas contrapartes que replica o efeito econômico de uma troca de pagamentos entre elas sobre um futuro período contratual único de 3 meses. Uma parte se compromete a pagar uma taxa fixa de juros (determinada no início do contrato) e a outra, a pagar uma taxa flutuante de juros (determinada no começo do período contratual), com base num valor nocional predeterminado.  

D. Opções de títulos

Contratos de swaps, FRAs e futuros de eurodólar requerem comprometimento. Opções de compra de obrigações, no entanto, dão a seus detentores o direito, mas não a obrigação, de comprar instrumentos a preços de exercício predeterminados. Analogamente, opções de venda dão a seus detentores o direito de vender instrumentos de renda fixa a um preço de exercício predefinido. Essas opções são às vezes chamadas “opções físicas”, porque o instrumento básico é um valor mobiliário real de renda fixa. Além disso, opções de compra ou venda às vezes são baseadas não no próprio valor mobiliário, mas em seu contrato de futuro.

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