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O Capital Psicológico Positivo

Por:   •  25/2/2023  •  Artigo  •  9.819 Palavras (40 Páginas)  •  124 Visualizações

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CAPITAL PSSICOLÓGICO POSITIVO COMO FATOR DECISIVO PARA EMPRESAS SAÍREM ILESAS DA PANDEMIA

SOBRENOME, Nome

RESUMO: 

Palavras-chave:

  1. INTRODUÇÃO

Os problemas de Saúde Mental, seu diagnóstico, intervenção e investigação científica, bem como o reconhecimento da sua incidência epidemiológica e implicações, sob o ponto de vista social e comunitário, tem vindo a aumentar de modo significativo, no último século, sendo a depressão e ansiedade exemplos deste facto. O Instituto Nacional de Saúde, em 2017, verificou que cerca de 19% da população dos Estados Unidos da América, apresentam algum tipo de Problema de Saúde Mental. Com isto, a economia é um dos setores mais prejudicados, pois estas patologias são predominantes, dispendiosas e os números tendem a aumentar (Burnette et al. 2020). Atendendo que o Distress Psicológico influência do dia a dia da população com sintomas de ansiedade, depressão e irritabilidade, de modo a facilitar a compreensão relativamente aos Problemas de Saúde Mental, Davison et al. (2020), abordam o Distress Psicológico como sendo um indicador de comprometimento funcional e de severidade de sintomas. Ou seja, estudos demonstraram que ser mulher (Matud et al. 2014, citados por Davison et al. 2020), estar sem emprego (Thomas et al. 2007, citados por Davison et al. 2020) e ser solteiro (Darghouth et al. 2015, Davison et al. 2020) são preditores de Distress Psicológico. Quando se fala em sintomas de ansiedade, depressão e irritabilidade (Distress Psicológico) é necessário ter em atenção o contexto de trabalho a que o indivíduo pertence, dado que este meio influencia, potencialmente, a Saúde Mental (cf. anexo 1). Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) é necessário conceder um privilégio alargado ao ambiente de trabalho, em primeiro lugar, por ser dos contextos que mais influência detém no dia a dia da população e segundo por merecer um foco quando se aborda o tema de Saúde Mental, principalmente quando se encontra relacionado com o desemprego, baixas médicas ou produtividade e desempenho, por serem situações que mais causam vulnerabilidade na população (Dunleavy et al. 2020). Quanto ao tratamento de sintomas depressivos e ansiógenos, muitos caminhos nos guiam em torno de terapias cognitivo-comportamentais, que têm, como principal objetivo, conduzir o indivíduo a mudanças que o ajudem a lidar com stressores. Assim, o foco passa por tornar os pensamentos, comportamentos e os sentimentos mais adaptativos (Burnette et al. 2020), de modo a alcançar um maior desempenho profissional, elevar os níveis criatividade, saúde e bem-estar, perspetivando a aquisição de competências associadas ao Capital Psicológico Positivo (PatentRocheleau, Bentein, & Simard, 2020). Como foi dito anteriormente, alguns autores afirmam que as competências associadas ao PsyCap, estão associadas ao tratamento de sintomas depressivos e ansiógenos, com auxílio de terapias cognitivo-comportamentais, e sabendo que o meio pode deter influência na Saúde Mental, de modo a melhorar o entendimento relativamente a esta variável de Capital Psicológico Positivo e as suas implicações, podemos ter por base várias investigações realizadas por Corcione (2015), onde foram encontradas correlações fortes entre a autoeficácia, o desempenho laboral e consequentemente, a satisfação, principalmente em organizações com um vasto número de trabalhadores. Acredita-se que o Capital Humano, o Capital Social e o Capital Financeiro estão interligados e que apesar de serem distintos, contribuem para o incremento e desenvolvimento do Capital Psicológico Positivo. Indivíduos com uma maior autoestima, autoconfiança, otimismo e resiliência, ou seja, indivíduos que têm presentes características associadas às quatro dimensões do PsyCap, apresentam uma maior probabilidade de sucesso académico e maior capacidade de aprendizagem de novas tarefas, de forma mais eficaz, e num curto espaço de tempo. Após a vivência de algumas situações onde o êxito foi alcançado, estas características são reforçadas e com elas o Capital Psicológico Positivo vai-se ampliando (Lucas, 2019). de Lima e Nassif (2017) reforçam a ideia de que as quatro dimensões do Capital Psicológico Positivo, em simultâneo, colocam o indivíduo num patamar onde é possível enfrentar todas as tarefas difíceis que possam surgir, resolver problemas e alcançar soluções favoráveis, mesmo para situações desafiantes, ser persistente no que toca a objetivos e não ter medo de experienciar, novamente, o sucesso. É importante salientar que o Capital Psicológico Positivo apresenta, ainda, relações positivas com o engagement (cf. anexo 2), desempenho, satisfação laboral, criatividade, bem-estar psicológico, saúde e relacionamento interpessoal (cf. anexo 3) (Núñez, Jesús, Viseu, & Cárdenas 2018; Lucas, 2015; Bayona & Gueavara, 2018). Deste modo, o objetivo desta investigação é analisar a associação entre o Distress Psicológico, avaliando a forma como o mesmo interfere na vida da população e quais as consequências adjacentes, e o Capital Psicológico Positivo (PsyCap), verificando de que modo, este influencia o Distress Psicológico e quais os seus efeitos na saúde psicológica positiva. O foco deste estudo é, portanto, contribuir para melhorar o conhecimento acerca da população portuguesa e descobrir qual o impacto destas duas variáveis no dia a dia da nossa amostra. A investigação encontra-se dividida entre o Enquadramento teórico e o Estudo Empírico. Na primeira, é concedida uma maior importância à pesquisa teórica, relativamente ao tema em análise, abordando o Capital Psicológico Positivo na globalidade, até serem descritas as suas dimensões de forma minuciosa e a sua relação com a Saúde Psicológica Positiva. Aqui ainda é dada ênfase ao Distress Psicológico e às suas implicações a nível de Saúde Mental e ainda às divergências entre o burnout e engagement. Na segunda parte constam aspetos relativos à metodologia, onde estão presentes aspetos gerais que permitem uma compreensão aprimorada do estudo, como por exemplo a descrição dos objetivos, dos participantes, dos instrumentos utilizados e dos procedimentos realizados, assim como a análise estatística e análise de dados. Seguidamente, são apresentados os resultados obtidos e é levada a cabo a discussão dos mesmos e respetivas conclusões.

  1. CAPITAL PSICÓLIGOC POSITIVO

1. O Capital Psicológico Positivo O conceito de Capital, surgiu com o objetivo de fortificar a ideia de que os humanos são recursos importantes e extremamente valiosos para as organizações e no qual todas as empresas deveriam investir, de modo a capitalizar as suas capacidades e obter melhores resultados, reforçando que se deve olhar as pessoas, para além do que elas são no presente, focando-se no que podem vir a tornar-se no futuro (Fidelis, 2016). Sendo o Capital Psicológico Positivo um constructo multidimensional, o mesmo baseia-se em forças psicológicas, numa valência positiva, onde o foco é alcançar um estado onde o indivíduo consiga, por si só, alterar as suas cognições, emoções e comportamentos (Lucas, 2015). Deste modo, idealiza-se ter confiança para tomar a iniciativa de desempenhar uma tarefa e ser-se bemsucedido nessa ação, assim como apresentar um pensamento positivo relativamente ao presente e ao futuro, conseguir definir objetivos e demonstrar preocupação em concretizá-los e, perante as dificuldades, apresentar a capacidade para superar as adversidades (Núñez, Jesús, Viseu, & Cárdenas 2018). Pode-se, assim, concluir que o Capital Psicológico Positivo se trata de um estado e não de um traço de personalidade, por apresentar como característica abertura, flexibilidade e nunca estagnação (Lucas, 2015). Segundo estudos realizados em 2014 por Fidelis (2016), indivíduos com um maior capital psicológico positivo destacam-se como sendo mais motivados, independentemente do nível de dificuldade para alcançar a meta estabelecida, assim como depositam maior energia no alcance de objetivos, apresentando uma maior resistência a situações stressantes e negativas. Mais pesquisas apontam para uma relação elevada entre o desempenho e engagement, com a motivação e satisfação na realização de uma tarefa (Fidelis, 2016). Perspetivando o Capital Psicológico Positivo enquanto variável podemos assumir que é composta por quatro dimensões que podem ser desenvolvidas ao 13 longo da vida (Woo & Park, 2017): a autoeficácia (1), esperança (2), otimismo (3) e resiliência (4). Corcione (2015) defende que tem de existir uma definição bem explícita de cada dimensão, para que nenhuma seja confundida com outro conceito semelhante e para que o construto e validade da variável sejam sólidos. Gojny-Zbierowska (2018) defende, ainda, que estas dimensões, apesar de se relacionarem, apresentam uma independência conceptual. Nos pontos subsequentes, serão aprofundadas teoricamente cada uma destas subdimensões, fundamentais para a conceptualização do capital psicológico positivo: 1.1 Autoeficácia Derivada da teoria social de Bandura (1986), a autoeficácia é vista com base no desempenho individual, predizendo como o ser humano vai reagir a determinada situação da sua vida. Este fator foi relacionado ao contexto organizacional por Stajkovic e Luthans (1998), onde a motivação, os recursos cognitivos e as ações específicas e necessárias a ter para alcançar êxito numa tarefa, seja qual for o contexto, são consequências diretas do pensamento positivo e da autoconfiança nas nossas capacidades (Nunes, 2015). Acreditando que as ações humanas são consequência da interação cognitiva e ambiental, Fidelis (2016), segundo a teoria sociocognitiva, acredita que quando confrontados com um problema, os indivíduos apresentam um papel primordial no que toca à sua resolução. Ou seja, são os mecanismos, que utiliza para ultrapassar o problema, que são adquiridos através das suas experiências e do ambiente, assim como das suas capacidades cognitivas. Ainda é reforçado que as atitudes humanas são consequência de aprendizagens obtidas através da observação de outros comportamentos, assim como da relação feita dessa ação com determinada consequência (Fidelis, 2016). Segundo Bandura (1986), o ser humano apresenta capacidades para avaliar as suas próprias ações, assim como as condutas de terceiros, discernindo se existe ou não, capacidade de alcançar os objetivos propostos. São as capacidades cognitivas e as experiências, onde se obteve sucesso ou fracasso, que irão predizer os níveis de autoeficácia e consequentemente motivação, para alcançar sucesso em determinada tarefa (Aluicio & Revellino, 2011). 14 Estima-se que quanto maior o nível de autoeficácia, menor é a existência de dúvidas relativamente às capacidades pessoais, assim como tenderá a existir um menor sofrimento quando os indivíduos são confrontados com feedback negativo e outras situações menos positivas, tendendo a apresentar, em geral, um melhor funcionamento e bem-estar (Lucas, 2015). Há ainda quem defenda que a autoconfiança é uma capacidade humana relacionada com o desempenho e que níveis elevados neste âmbito pressupõem uma maior crença na capacidade individual, assim como evidência de maior sucesso a nível de intervenção, dedicação e comprometimento numa tarefa, motivação, ambição para o sucesso e resiliência face às adversidades e ao stress (Nunes, 2015). 1.2 Esperança Segundo Juntunen e Wettersten (2006) a Esperança é um dos alicerces da Psicologia Positiva (cf. anexo 4), podendo ter diversas implicações no contexto organizacional (Martinez, Ferreira, Sousa, & Cunha, 2007). Derivada de um modelo teórico proposto por Snyder, Irving e Anderson (1991) foi perspetivada como sendo um estado motivacional positivo necessário para alcançar o sucesso. Acredita-se que os indivíduos que apresentam níveis elevados de esperança conseguem lidar melhor com as adversidades, assim como definir objetivos mais realistas, perspetivando todas as etapas necessárias para os alcançar e conseguir uma atitude proactiva, visando o caminho do êxito (Bayona & Gueavara, 2018). Snyder (1991) salienta ainda que, na dimensão esperança, é importante referir que os indivíduos apresentam a capacidade de iniciar uma ação com a finalidade de alcançar uma meta (agency) e de criar diversos caminhos para a alcançar, mesmo que surjam adversidades (pathways). Deste modo, a esperança, como estado, apresenta uma correlação entre a energia depositada, para alcançar objetivos, e os caminhos a percorrer para chegar a esse fim, consoante o grau de autodeterminação presente (Nunes, 2015; Fidelis, 2016). A dimensão esperança está relacionada positivamente com a satisfação global, desempenho académico e atividades desportivas e ainda é crucial para alcançar engagement ocupacional (McElravy, Matkin, & Hastings, 2018), pois, segundo a literatura, indivíduos mais esperançosos conseguem, de forma independente, procurar soluções para os problemas que surgem, planeando, 15 autonomamente, que meios utilizar e caminhos seguir (Kim, Kim, Newman, Ferris, & Perrwé, 2019). Apesar de o otimismo e a autoeficácia se focarem na explicação do comportamento positivo do indivíduo, num dado momento em que se exerce uma ação, a dimensão esperança visa o futuro e pretende esclarecer a origem dos objetivos e qual a sua finalidade, motivação e orientação, enquanto que o otimismo está voltado para uma linha temporal focada no presente (Martinez, Ferreira, Sousa, & Cunha, 2007). 1.3 Otimismo Quanto ao otimismo, proveniente das teorias acerca do locus de controlo e interpretação dos acontecimentos de Seligman (1991), está estritamente relacionado com o desempenho organizacional, onde é imprescindível ter um foco positivo, para alcançar a felicidade e satisfação com a vida (Teixeira, Soares, & Lopes, 2015). Luthans (2002), caracteriza o otimismo como sendo uma aptidão emocional e cognitiva que está relacionada com as expetativas que o indivíduo detém acerca do seu presente e futuro e que se irá repercutir na determinação em realizar uma tarefa e alcançar sucesso (Nunes, 2015). O otimismo é caracterizado pelas atribuições causais positivas que o indivíduo faz a um dado acontecimento, no presente, podendo esperançar-se para que ocorra novamente, no futuro. Investigações apontam que as pessoas que se consideram otimistas possuem, consequentemente, elevados níveis de ambição e uma maior persistência, no que toca às metas definidas. Deste modo, apresentam-se com uma maior motivação para percorrer esse caminho, tal como esperança e otimismo (Fidelis, 2016). Sendo uma importante dimensão do Capital Psicológico Positivo, é fundamental que a mesma não seja surrealística e rígida. Assim, uma das críticas apresentadas ao otimismo é a distorção da realidade que poderá ser consequência de níveis elevados de esperança e positividade (Fidelis, 2016). Por fim, é fundamental referir que a dimensão esperança e otimismo podem ser confundidas, pelo facto de terem presente a expetativa positiva, contudo, a diferença está na capacidade de escolher caminhos diferentes para 16 alcançar as metas (pathway), da atribuição realizada a determinado acontecimento (pois um otimista irá fazer uma atribuição externa, enquanto que alguém com esperança faz essa atribuição a características internas) e à experiência retirada da situação de fracasso, pois um otimista irá olhar para o contexto como permitindo uma aprendizagem, algo que na outra dimensão não existe (Fidelis, 2016). 1.4 Resiliência Definida como a capacidade de fazer frente aos obstáculos e a situações de grande adversidade, a resiliência é a última dimensão do Capital Psicológico Positivo, que reforça a necessidade de ter uma flexibilidade mental para lidar com as diversas situações e para se ajustar às mesmas. Luthans, Avolio e Youssef (2007) caracterizam-na como sendo a capacidade psicológica positiva para recuperar das dificuldades e situações de risco, para agir perante a incerteza, o fracasso e os obstáculos (Nunes, 2015). Defendem, ainda, que a resiliência é a dimensão mais abrangente, por se desenvolver a partir da aprendizagem de cada experiência, sendo, assim, aprimorada ao longo do tempo (de Lima & Nassif, 2017). Pesquisas apontam que pessoas resilientes tendem a apresentar maiores níveis de adaptação, elasticidade e uma enorme capacidade de lidar com as suas emoções, o que apresenta todas as características necessárias para ser brilhante no meio organizacional, mantendo sempre uma elevada motivação e ambição de sucesso. Assim, o objetivo da resiliência, segundo Luthans (2002), é que os indivíduos consigam alcançar um estado de bem-estar subjetivo e equilíbrio, contudo, não se pode esquecer que as situações de adversidade podem afetar a autoestima, as crenças e valores individuais, o que poderá prejudicar a dimensão da resiliência (Fidelis, 2016). Outra característica de pessoas resilientes é a criatividade, pois, estas pessoas, em situações de adversidade, conseguem improvisar recursos que para outros não são visíveis e, deste modo, fazer o máximo possível para ultrapassar os obstáculos (Fidelis, 2016). Dadas as semelhanças, Fontes e Azzi (2012) decidiram esclarecer a diferença entre o conceito de autoeficácia e resiliência, deste modo, a autoeficácia, segundo os autores, é a crença nas capacidades individuais de cada 17 um, seja para realizar determinada ação, seja para alcançar os objetivos e metas estabelecidas. Já a resiliência, é a capacidade de preservar um comportamento adaptativo e de conseguir recuperar de situações menos positivas e consideradas stressantes. Apesar destas quatro variáveis serem estados psicológico positivos que, através do treino e experiência podem ser desenvolvidos, podem ser confundidos conceptualmente, pois a autoeficácia pode ser considerada uma crença, o otimismo pode ser considerado um estilo de atribuição, a esperança pode confundir-se com um estado motivacional e a resiliência como uma capacidade ou característica pessoal (Delgado-Abella & Mañas, 2019). Por último, após o término da descrição detalhada e minuciosa relativamente às quatro dimensões do PsyCap importa evidenciar que investigações levadas a cabo por Cid et al. (2020), onde a Escala, que avalia o Capital Psicológico Positivo, foi utilizada, comprovou a existência de antecedentes e consequentes do Capital Psicológico Positivo. Deste modo, seguindo Cid et al. (2020) a nível individual, podemos identificar a personalidade, proatividade e autoestima como antecedentes desta variável. Como consequências pode evidenciar-se um aumento significativo de bem-estar psicológico, satisfação, melhoria nas relações interpessoais, maior capacidade de adaptação, aumento das emoções positivas e maior comprometimento. Ainda reduz o stress, ansiedade, colesterol e o índice de massa corporal (Cid et al. 2020).

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