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Principais vidrarias de laboratório (Acondicionamento e esterilização)

Por:   •  23/6/2017  •  Monografia  •  2.844 Palavras (12 Páginas)  •  403 Visualizações

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DBC- Departamento de biotecnologia, genética e biologia celular

Tecnologia em biotecnologia

Pâmela Altero Prado; 67300

Prof. Dra. Verônica Elisa Pimenta Vicentini

2º ano; noturno

Principais vidrarias de laboratório (Acondicionamento e esterilização)

Preparo de meio de cultura ADMEM e PBS

Repique de células

Maringá

2017

Introdução

        O cultivo de células se iniciou no século XX com Harrison, em 1907, e Carrel, em 1912. Essa técnica foi desenvolvida como um método para estudar o comportamento de células animais fora do organismo, em um meio ambiente controlado e é uma importante ferramenta de pesquisa em laboratórios de todo o mundo.

        O maior avanço na cultura de célula ocorreu por intermédio dos experimentos de Hayflick e Moorhead em 1961, nos quais utilizaram células de vida finita. Em 1962, Nakamura e colaboradores no Japão, estabeleceram a linhagem VERO, originada de rim de macaco-verde africano (Cercopithecus aethiops). Essa célula é uma das poucas, na atualidade, aprovadas para uso em produção de vacinas pela OSM (organização mundial de saúde), se tornando um modelo no avanço de produção de vacinas. Hoje a cultura de células não se limita somente em estudar o comportamento de determinados tecidos, também auxilia no avanço da medicina com o tratamento de doenças degenerativas e tratamento com células-tronco. Sendo assim um protagonista do avanço tecnológico mundial.

        Temos a cultura de células in vitro e in vivo, e as duas são diferentes pois por mais próximo que esse modelo esteja da realidade, o processo in vitro ainda causa problemas para o desenvolvimento celular. Sua adesão celular célula-célula é reduzida, e não possui as características (heterogeneidade e arquitetura tridimensional) de um tecido in vivo, uma vez que seu meio nutricional e hormonal estão modificados.

        Nessas aulas praticas estudamos e aprendemos que na cultura de células é muito importante o acondicionamento e a esterilização dos materiais utilizados durante os processos para que não ocorra contaminação do meio e das células, o que poderá acarretar a morte celular ou a mutação das mesmas. Também estudamos e aprendemos a preparar o meio de cultura DMEM e o PBS, importantes para o crescimento e desenvolvimento celular, em um meio que não esteja contaminado e seja rico em nutrientes e, por fim, aprendemos com fazer o repique das células, para que possamos sempre ter células para estudarmos, fazemos o repique das células onde podemos acondicionar essas células para serem utilizadas posteriormente. Esse processo de repique é uma renovação de células de um recipiente para outra e é chamado de passagem. O número de passagens se refere ao número de vezes que essa cultura foi subcultivada.

        Muitas linhagens contínuas são capazes de manter as características iniciais do tecido original com algumas passagens, enquanto as células transformadas não mantém as características originais e são capazes de permanecer em cultura por um grande número de passagens (chegando até virtualmente ao infinito número de passagens).

1. Esterilização e acondicionamento de materiais

        Na cultura de células é muito importante o acondicionamento e a esterilização, dos materiais que serão utilizados durante o manuseio do meio de cultura e no repique de células, para que o experimento não seja contaminado e perdido. O objetivo principal da esterilização é eliminação das formas de vida microbiana (bactérias, fungos, vírus e esporos), Temos vários métodos de esterilização por agentes químicos (óxido de etileno (ETO), Peróxido de hidrogênio, Formaldeído, Glutaraldeído e ácido Peracético) e físicos (calor seco (estufa), calor úmido (vapor sob pressão-autoclave), radiação (gama-cobalto 6,0 cobalto ultravioleta)).

        O que utilizamos no laboratório de cultura de células é a esterilização por meio físico, a autoclave (figura 1.1), esterilização por calor úmido, que requer temperaturas superiores ao valor da água fervendo, operando geralmente na temperatura de 120º C, e sua eficiência depende do tempo, da temperatura e da pressão e do vapor em contato direto com o material para eliminar todos os microrganismos, onde nessas condições ocorre a desnaturação das enzimas e proteínas estruturais, levando à morte das células microbianas.

        Os materiais geralmente autoclavados são pipetas de vidro (com algodão onde colocamos o pipetador), béqueres e também algumas garrafas e meios de culturas resistentes a temperaturas de 180º C (garrafas quando são autoclavadas devem ter suas tampas levemente abertas para que dentro das mesmas também seja autoclavada), ponteiras e micropipetas, água, plásticos que podem ser autoclavados e algodão, no laboratório de cultura de célula utilizamos o papel kraft e barbante para acondicionar os materiais, (figura 1.2). Temos que verificar frequentemente se a autoclave está sendo eficiente à esterilização, para isso é colocado um indicador biológico que é frequentemente autoclavado com o material, este indicar consiste em tubo de cultura que contem uma ampola com meio estéril e uma fita de papel coberta de esporos, depois de autoclavada a ampola é quebrada em fluxo laminar e a cultura incubada por vários dias, se a bactéria não crescer no meio a esterilização foi realizada com sucesso. (PERES, 2005).

        Também no laboratório como temos que utilizar tudo estéril, todo procedimento deve ser feito na câmara de fluxo laminar, (figura 1.3), um equipamento do laboratório que cria áreas estéreis para manipulação de matérias que não possam sofrer contaminação do meio ambiente.

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Figura1.1: Autoclave;                                       Figura1.2:materiais acondicionados;

                                   

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Figura 1.3: câmara de fluxo laminar;

        Alguns materiais que esterilizamos e utilizamos na cultura de células são:

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