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A nova abstração formal

Por:   •  6/5/2017  •  Resenha  •  1.016 Palavras (5 Páginas)  •  3.198 Visualizações

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Capítulo XVII. A nova abstração formal

Pode-se identificar duas correntes nos anos 70. Uma voltada ao estatuto da obra de arte e outra voltada a abstração formal.  

 Em relação a primeira, Oswald Mathias Ungers, arquiteto alemão, concebe uma síntese do repertório tipológico de Rossi, e da nova disciplina da autonomia e onipresença da geometria defendida por Eisenman. Essa arquitetura é batizada como nova abstração formal. Esta diz respeito mais de temas atuais, da desordem do mundo contemporâneo. Desta maneira, partindo da premissa da consciência da condição efêmera do homem moderno há o esquecimento do social, ou seja, a renúncia da arquitetura comunicativa.  

Tal pensamento se faz presente no livro de Peter Eisenman, “o fim do classicismo” o qual faz crítica ao realismo e funcionalismo possuindo formas abstratas e conceitos que facilitam a ruptura para uma nova época. O autor discorre sobre o fim das ficções presentes na arquitetura desde o renascimento. São elas: ficção da razão, da representação e da história.

Tendo como premissa o trabalho em equipe e a experimentação radical, Rem Koolhaas e Elia Zenghelis criam o OMA. O que destacou os primeiros desenhos do escritório foi seu entusiasmo pelas possibilidades das propostas das vanguardas, sua admiração pela estética das estruturas modernas e sua fascinação pela densidade e ecletismo do universo metropolitano.

A relação da arquitetura de Koolhaas com as grandes cidades é simultaneamente de crítica e admiração. Descreve uma cidade genérica, sem uma única identidade. Por este motivo, surgem os edifícios gigantescos, os quais abrigam de forma simples uma diversidade de funções, formas e circulações.  

Tempos depois, na fase em que suas obras passaram a ter grande importância, formou o próprio escritório, o AMO. O que mais importa para Koolhaas é o acontecimento e não mais a arquitetura. Assim, apresenta o corte e as perspectivas de seus projetos de maneira lúdica a fim de indicar o que acontecerá no espaço projetado.

O concurso para o projeto desse parque popular foi lançado em 1982 e tornou-se foco de atenções devido a expectativa de ele se tornar um parque modelo do século XXI. Além disso, era uma grande oportunidade para os arquitetos mostrarem sua nova disciplina compositiva baseada na abstração formal. Bernard Tschumi foi o vencedor, derrotando outros arquitetos como Rem Koolhaas e Zaha Hadid.

O arquiteto já possuía tendência para o caminho das apropriações e contaminações figurativas. Teve como principais fontes de inspiração a literatura e o cinema, sendo a última mais forte, por ser considerada a mais significativa da vanguarda. Procurando aproximar os dois mundos (arquitetura e cinema), Tschumi procura retratar a preocupação com a velocidade, o movimento e o dinamismo; tais elementos são melhor expressos através da descontinuidade, dos fragmentos e o choque entre eles. O autor de La Vilette também possuía como inspiração os projetos de Peter Eisenmann.

Influenciado por essas diversas vertentes, Tschumi projeta o parque a partir da superposição de três tipos de tramas: pontos (representados pelos folies), linhas (corredores lineares) e superfícies (plataformas e volumes). As diversas relações criadas entre essas tramas (sejam de conflito ou de sobreposição) construíram a forma do parque, extremamente geométrico.

A revolução de Tschumi ao projetar esse parque levanta uma questão muito importante até atualmente: como deveria ser um parque na era contemporânea? As opiniões dividem-se em: local que atua como refúgio da vida urbana ou um projeto que recrie as tensões vividas na metrópole, como o de La Vilette.

         Dentro da postura arquitetônica que tende a abstração e os jogos geométricos, encontram-se alguns arquitetos que seguiram um caminho estritamente pessoal, um deles é o japonês Kazuo Shinohara.

Durante a década de 40, sua arquitetura era simples e relacionava o modernismo com as características clássicas da arquitetura japonesa. A partir da década de 60, seus projetos ganham ênfase na busca da objetividade própria e da abstração da forma. Os elementos estruturais passam a ter característica onipresente nos projetos e evidenciam a falta de valor simbólico, espiritual e formal nos elementos estruturais da arquitetura dos mestres do movimento moderno.

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