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Fichamento: Negros nas Cidades Brasileiras (1890-1950), Ana Barone e Flavia Rios Expressões espaciais das relações raciais: algumas notas, Renato Emerson dos Santos

Por:   •  27/3/2023  •  Trabalho acadêmico  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  64 Visualizações

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AUP 0276 - Planejamento Urbano: Introdução

Fichamento: Negros nas cidades brasileiras (1890-1950), Ana Barone e Flavia Rios

Expressões espaciais das relações raciais: algumas notas, Renato Emerson dos Santos

SANTOS, Renato Emerson dos. Expressões espaciais das relações raciais: algumas notas. In: Barone, Ana; Rios, Flavia. (Org.). Negros nas cidades brasileiras (1890-1950). 1ed.São Paulo: Intermeios; FAPESP, 2019, v. 1, p. 77-96.

O livro “Negros nas cidades brasileiras (1890-1950)” foi escrito por Ana Barone, pesquisadora, arquiteta e urbanista e docente da área de Planejamento Urbano na FAUUSP, e por Flávia Rios, sociologa e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial. A obra foi escrita em 2019 e propõe-se a analisar os efeitos da escravidão, descriminação e dos movimentos em prol da igualdade racial, nos espaços urbanos durante o período de intensificação da urbanização no Brasil, entre 1890 e 1950. O trecho lido, da página 76 a página 96, apresenta notas sobre como o Movimento Negro contribui para as disputas pelo espaço urbano.

Primeiramente, são apresentadas as duas ideias centrais do texto. A primeira afirma que “há uma organização espacializada das relações raciais” (BARONE e RIOS, 2019, p 77)., ou seja, há lugares em que as experiências sentidas por um grupo racial, são diferentes das sentidas por outro grupo. A segunda ideia afirma que “as relações raciais grafam o espaço” (BARONE e RIOS, 2019, p. 77), dessa forma, os grupos raciais delimitam e constroem fronteiras temporárias em espaços. Essas disputas por espaço são influenciadas por movimentos ativistas.

Em seguida, o racismo é apontado como um sistema de dominação no mundo capitalista e que a cor é considerada importante para definir o nível de poder em certas áreas. Assim, ocorre a delimitação das "áreas duras”, onde há a descriminção pela cor e há o constrangimento a indivíduos vistos como indesejáveis, e as “áreas moles”, onde a cor não dificulta. Essas áreas são construídas por “fronteiras invisíveis" que definem o que aceitável e o que não é, isso torna visível que há momentos e espaços onde ocorre uma horizontalidade, que é marcada pela integração e igualdade entre raças, e há momentos em que ocorre a verticalidade, onde existem hierarquias e desvantagens entre raças. Em uma sociedade em que horizontalidade, integração e igualdade coexistissem, não haveria descrimanação e desigualdade. A luta antiracismo contribui para criação e intensificação dos “espaços negros”, onde ocorre a valorização da negritude em todos os sentidos e que é delimitado pelos frequentadores e pelos seus traços culturais. Importante ressaltar que a segregação também resulta em espaços negros, sendo favelas e comunidades — lugares onde a população desvalorizada se acumulava — os maiores exemplos desses espaços.

Por fim, evidencia-se as diversas formas de propagação do racismo na sociedade e reflete sobre a questão dos movimentos que lutam para combatê-las. A questão que surge é se devemos pensar no Movimento Negro e nas lutas antirracistas como uma pluralidade ou como uma unidade, uma

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