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O Vincenzo Scamozzi Tratado

Por:   •  12/6/2021  •  Seminário  •  472 Palavras (2 Páginas)  •  247 Visualizações

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Vincenzo Scamozzi foi um dos grandes arquitectos da região da Venécia na charneira do Renascimento Tardio e do Barroco.

Publicado em 1615, o seu tratado terá uma grande difusão, e é mais particularmente o livro sobre as ordens de colunas que acederá ao posto de obra de referência do século XVII.

Além dos tratados de arquitectura italianos dos séculos xv e XVI, lê os autores gregos, principalmente Aristóteles, Platão e Euclides, assim como numerosos autores latinos, nomeadamente Plínio e Cícero.

Em 1582, com a ajuda de Marco Antonio Barbaro, que fora amigo de Contarini e um grande protector de Palladio, consegue vencer em Veneza o concurso para o projecto da Procuratie Nuove, o novo Palácio do Procurador, que será a encomenda mais importante da sua carreira em termos de volume de construçäo.

No seu projecto para a construção da catedral de Salzburgo (1604—1607), Scamozzi realiza a síntese do seu estudo de San Giorgio Maggiore, a maior construção sagrada veneLiana de Palladio, e das ideias de arquitectura de colunas e de nichos de Bramante, que ele conhecia sobretudo pela análise teórica de Serlio.

Entre os princípios abstractos que regem a génese do projecto, e a concepção e a execução prática da obra particular encontrase, numa posição de instância mediadora, o conceito mental da ideia (idea).

Para os teóricos do Renascimento, o modelo deste sistema residia na natureza, em particular na imagem do corpo humano perfeito — criado à imagem de Deus e das suas proporções.

Enquanto o Livro I é dedicado à arquitectura enquanto ciência, e à formação do arquitecto, o Livro II incide nas condições geográficas e topográficas da construção.

A linguagem de Scamozzi, as numerosas repetições e o vasto acervo de citações são meios estilísticos de enobrecimento do texto através dos quais o autor sublinha o seu propósito.

As ordens da arquitectura e seus elementos são aí apresentados com o auxílio do texto e da imagem, no estilo de um manual, segundo uma organização sistemática incomparável do conjunto e dos pormenores.

Ele exige que não só a medida e a forma dos elementos sejam submetidos ao princípio regulador da ordem arquitectónica, mas também todas as partes do edifício, incluindo os espaços interiores.

Scamozzi retoma incessantemente o facto de que em todas as partes da construção, mesmo na decoração, devem reinar a ordem e a razão, o que lhe valeu a reputação de ser um arquitecto pré-barroco de tendência clássica.

Neste sentido, na Venécia da primeira metade do século XVII, a sua obra serviu de ponto de partida ao desenvolvimento do «stile severo» (estilo rigoroso) clássico-palladiano, e a sua influência far-se-á igualmente sentir no século XVIII no neo-palladianismo inglês, que tem origem nomeadamente no contacto de Inigo Jones com Scamozzi, no momento em que o arquitecto inglês iniciou uma viagem a Itália, no séquito de Thomas Howard, segundo conde de Arundel.

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