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A Utilização de Informações Gerencias para Tomada de Decisão na Percepção de Dirigentes de uma Rede de Associação/Cooperativas de Reciclagem Popular

Por:   •  29/7/2020  •  Artigo  •  2.513 Palavras (11 Páginas)  •  142 Visualizações

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A Utilização de Informações Gerencias para Tomada de Decisão na Percepção de Dirigentes de uma Rede de Associação/Cooperativas de Reciclagem Popular

Economía Social y Solidaria en diálogo de saberes: Nuevaspedagogías y metodologías para lacomprensión y articulación de losterritorios

Palavras-chave: Reciclagem Popular; Economia Solidária; Redes Sociais; Informações Gerencias. 

  1. INTRODUÇÃO

        O presente estudo tem como objetivo geral: analisar a percepção do(a)s dirigentes das cooperativas e/ou associações que compõem a Rede Reciclar sobre a relevância de ter informações gerenciais confiáveis para o processo de tomada de decisão. Busca compreender a estrutura organizacional das associações e ou cooperativas da Rede Reciclar; verificar quais, e como são apresentadas, as informações gerenciais nos empreendimentos de economia solidária; identificar os processos decisórios nas associações e ou cooperativas. Este estudo justifica-se por ter como objeto de pesquisa uma rede de cooperativa/associação de recicladores, cuja sua principal meta de possibilitar a organização dos processos de gestão financeira. Para analisar esses dados, levou-se em consideração os conceitos de Reciclagem Popular, Economia Solidaria - ECOSOL, Redes de Economia Solidaria - RES, Contabilidade, Sistema de Informação e Tomada de Decisão.

No século XXI, o termo reciclagem vem sendo cada vez mais abordado no Brasil, a partir disso os autores Fadini e Fadini (2001, p.17) afirma que a reciclagem:

“É o resultado de uma série de atividades através das quais materiais que se tornariam lixo ou estão no lixo são desviados, sendo coletados, separados e processados para uso como matéria-prima na manufatura de bens, feitos anteriormente apenas com matéria-prima virgem.”

        Com isso a reciclagem popular proporciona uma nova economia, possibilitando a criação de novas cooperativas ou associações, facilitando a geração de trabalho e renda para as pessoas que no momento estão desempregada, a partir disso se consegue uma melhoria da qualidade de vida dos cooperados, associados e população em geral, em virtude garante a preservação do meio ambiente (NASCIMENTO et al. 2006).

        De acordo com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis – MNCR (2019) o Brasil conta com mais ou menos 800 mil catadores(as), sendo feito através do trabalho informal, na qual exerce a função de catador(a) autônomo, atuando nas ruas, lixões, aterros sanitário, também conta com os catadores(as) organizados, que podem ser  classificadas como empreendimentos coletivo (cooperativas ou associações), que exercem a função dentro de galpões de triagem, vale ressaltar que são pessoas que sofrem com a vulnerabilidade social, são pessoal sem escolaridade ou baixa escolaridade, sem acesso aos direitos trabalhistas, sofrem com vários problemas como: alcoolismo; drogas; familiares, e que se deparam fora do mercado formal, e que têm na coleta de materiais recolhidos e comercializados para uma cooperativa/associação sua única fonte de renda, consequentemente percebe que a reciclagem gera uma viabilidade financeira para o seu sustento social (ZANIN; GUITIERREZ, 2011). Os catadores organizados em cooperativas ou associações, passam a realizar o trabalho associativo, fazendo com que estes deixem de realizar um trabalho informal, e possibilitando o empreendedorismo associativo, que gera processo de aprendizagem, inserção comunitária e renda mínima para os trabalhadores (FERRARINI; VERONESE, 2010).

        As cooperativas/associações que trabalham na perspectiva da Ecosol devem visar a autogestão e se utilizar das pratica dos princípios cooperativista, sendo assim os cooperados/associados tem a mesma responsabilidade dentro do empreendimento, e se faz necessário conhecer todo o processo produtivo da organização, é uma forma de fazer todos participarem de forma ativa (VIEIRA, 2005).

        Assim, conforme Vieira (2005, p. 20) descreve que:

A finalidade maior da economia solidária é a possibilidade do desenvolvimento sempre mais integral da pessoa e da comunidade, e o progresso de uma nação ser medido pela realização das condições que favorecem a cada pessoa, a cada comunidade e a sociedade como um todo, um desenvolvimento integral, suficiente e sustentável.

        Apesar das dificuldades, a Ecosol tem se mostrado uma alternativa para uma organização justa e solidária, assim todo o trabalho realizado desde a produção, comercialização e consumo.

        Lisboa (2005, p. 115) descreve que a Economia Solidaria “constitui um novo modo de produção, pois se trata de novas relações tanto na produção quanto na repartição do excedente”. O intuito dessas práticas é melhorar a situação econômica de determinados grupos sociais, principalmente no que tange as associações de catadores(as) de materiais reciclável, assim contribuindo para sair do desemprego, tornando-se uma forma colaborativa para promover o bem viver de todos os envolvidos nessas organizações.  

        Os desafios dos empreendimentos de econômicos solidários vão além da gestão interna, é preciso ultrapassar ainda as barreiras comerciais, por isso a  iniciativa de formar redes de empreendimento constitui uma forma de aumentar a quantidade de material, permitindo assim melhorar as condições de comercialização, por si só conquista uma preço mais justo, permitindo assim uma diminuição da dependência dos atravessadores, e ainda garante a convivência e experiências de outros grupos de catadores de matérias recicláveis (SILVA, 2017).

        Neste contexto, Soto (2011), salienta que a atuação em rede de cooperativas de catadores está se alargando no Brasil perante a necessidade de se posicionar no mercado e avançar na estrutura de comercialização de materiais recicláveis, sendo alternativa de geração de trabalho e renda, e com isso uma forma de contribuir com a econômica de custos na gestão dos resíduos sólidos dos municípios onde estão inseridos, permitindo o desenvolvimento do município que está inserido. 

        As RES vêm ao longo de sua história colaborando de modo positivo no contexto econômico e social. Dentre as RES, as redes de cooperativas de catadore(a)s têm aumentando no Brasil, mostrando sua importância em se posicionar no mercado, eliminando a figura do atravessador, e ainda possibilitando melhorias na estrutura de processos contábeis, de forma transparente, e com isso tendo a capacidade de gerar informações para a tomada de decisão, visando a continuidade das cooperativas (SILVA, 2015).

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