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Espaço social da palavra e complexidade do campo político

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Por:   •  29/9/2013  •  Tese  •  2.652 Palavras (11 Páginas)  •  193 Visualizações

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CASOS CONCRETOS

AULA 1

Tema: Espaço social da palavra e complexidade do campo político

Leia, atentamente, o trecho do texto A experiência dos CIEPs, abaixo: Controvérsias em torno da legitimidade de uma Escola Nova de Adelia Maria Miglievich Ribeiro e Paulo Sérgio Ribeiro da Silva Jr, e responda:

1) Qual o espaço social da palavra política ele se refere?

2) A qual tipo de discurso político ele se refere? Justifique as suas respostas.

"Não é de pouca monta a complexidade do debate da educação integral mobilizado pela experiência recente dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) uma vez considerada que a relação entre educação e política não é apoiada em fáceis consensos.

Faz-se necessário redobrar a vigilância epistemológica ao tentarmos ponderar, por exemplo, a singularidade do período de implantação dos CIEPs e o fato incontornável de sua identidade institucional ser atribuída ao intelectual e político Darcy Ribeiro (1922-1997) e ao brizolismo. Isto nos exige, para além do exame do projeto político-pedagógico basilar dos CIEPs que buscou o ideário da escola para todos tendo, entre outros ícones, a ascendência de Anísio Teixeira, a atenção às reconfigurações no campo político, mais especificamente na política educacional no Estado do Rio de Janeiro. De um lado, tais reconfigurações levavam ao extremo as posturas quer de devoção quer de aversão à personalidade pública de Brizola numa conjuntura em que sua popularidade significava o fortalecimento de uma corrida eleitoral que tinha como meta a presidência da república; de outro, há de se considerar o impacto de qualquer inovação política num campo onde práticas já estão estabelecidas e institucionalizadas. Não por acaso, a burocracia e a chamada legalidade foram os principais entraves à implementação mesma dos CIEPs que traduziam uma nova forma de se fazer educação básica de qualidade. Dito de outro modo, um estudo com pretensões de avaliação desta política pública seria inocente se não buscasse olhar a realidade em seus diversos e mesmo antagônicos ângulos.

Como pressuposto dessa pesquisa, que se encontra em fase inicial, entendemos o sistema educacional como relevante estrutura social a contrariar os imperativos do mercado mundial, posto que oferta meios de socialização dos indivíduos e de aperfeiçoamento de suas competências que interferem diretamente na possibilidade de sua inclusão na esfera pública como cidadãos. A escola é, em nossa percepção, em que pesem todos os atuais constrangimentos, espaço político de materialização do ideário da promoção igualdade de oportunidade garantida aos indivíduos nos governos democráticos, na mesma medida que pode se tornar o seu oposto, a confirmação da desesperança para gerações de crianças e de jovens em qualquer sociedade dita moderna. Também, e não menos importante, vemos também na escola a esfera pública numa de suas facetas, nela sendo possível trazer reflexões a dar visibilidade a inúmeros sujeitos e práticas sociais pré-reflexivas que uma vez tematizadas podem apontar para potencialidades emancipatórias.

Deste modo, participamos do debate da educação integral na tentativa de questionar os mecanismos de naturalização dos atos de distinção legitimados em políticas educacionais, examinando o alcance do sistema educacional na (re)distribuição dos bens econômicos, culturais e do tempo livre mediante lutas pela conservação e pela transformação dos padrões de distribuição e reconhecimento existentes na sociedade maior. Esboçamos ainda os seguintes traços: o carisma darcyniano e as implicações da sua representação política; a co-determinação envolvendo essa representação política e o dilema distribuição-reconhecimento abordado por Nancy Frazer (2001)".

AULA 2

Tema: Retórica

Leia, atentamente, o trecho do verbete Retórica de Rafael Mario Iorio Filho, e responda:

1) O que você entendeu por retórica?

2) Qual é a importância da retórica para a política? Justifique as suas respostas.

VERBETE: RETÓRICA (gr. retoriké: arte da oratória, de retor: orador).

1. Noção, origem judiciária e perpetuação no discurso jurídico. A retórica além de ser a arte da persuasão pelo discurso; é também a teoria e o ensinamento dos recursos verbais da linguagem escrita ou oral que tornam um discurso persuasivo para seu receptor. Segundo Aristóteles, a função da retórica não seria somente persuadir, mas ver o que cada caso comporta de persuasivo? (Retórica, I,2,135 a-b). Estudos contemporâneos revelam que a origem da retórica não é literária, mas judiciária. Ela teria surgido na Magna Grécia, em particular na Sicília, após a expulsão dos tiranos, por volta de 465 a.C. Um discípulo de Empédocles de Agrigento, chamado Córax, e seu seguidor, Tísias, teriam publicado uma ?arte oratória? (tekhné rhetoriké), compilando preceitos práticos a serem utilizados, numa época em que não existiam advogados, por pessoas envolvidas em conflitos judiciários. Encontra-se aí o surgimento da disposição do discurso judiciário em partes ordenadas logicamente os lugares (topoi) que servem à argumentação, invenção retórica noticiada pelo ateniense Antifonte (480-411 a.C.). (...)

2. As matrizes gregas: a persuasão e o sistema retórico. A retórica tem como seu primeiro paradigma o pensamento dos sofistas, representados principalmente por Córax, Górgias e Protágoras. Para os sofistas a retórica não visa a argumentação com base no verdadeiro, mas no verossímil (eikos). Seu método opera a partir da existência de uma multiplicidade de opiniões, não raro conflitantes e contraditórias. A persuasão ocorreria mediante a chamada transformação retórica, resultante da habilidade dos retores em confrontar os argumentos contrários. Daí a definição de Córax, que via a retórica como criadora de persuasão. Ela consistiria na arte de convencer qualquer um a respeito de qualquer coisa. Surge neste ponto a interseção da retórica com a erística, fundada por Protágoras (486-410 a.C.), consistindo na arte de vencer qualquer controvérsia, independentemente de se ter razão, per fas

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