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Quem foi Sófocles?

Por:   •  4/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.770 Palavras (8 Páginas)  •  501 Visualizações

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  1. Quem foi Sófocles?

         Sófocles, nascido em Atenas, foi um grande escritor de tragédias gregas. Ganhando vários concursos trágicos, Sófocles e suas aproximadamente 120 peças teatrais (das quais apenas sete tragédias completas chegaram até nós) inovaram no teatro grego já que nelas foram introduzidas inovações na técnica dramática. As suas obras retratam personagens nobres e da realeza e contém sofrimentos que originaram ou de um fim premeditado, ou do excesso de paixão.  O teor destas se torna muito útil no estudo do direito, já que, com base na interpretação de filósofos, como Focault, podem ser obtidas noções jurídicas, tendo como exemplo a junção de meias verdades obtidas através do testemunho para a formação de uma verdade completa e coesa.

  1. Explique resumidamente a temática de duas importantes obras de Sófocles: Édipo em Colono e Antígona.

          Em Édipo em colono, a temática da continuidade a historia de Édipo rei. Os filhos disputam o trono e expulsam Édipo, uma vez que este os amaldiçoou. O rei vai para um bosque em colono com sua filha (Antígona) [mais tarde recebe a segunda filha (Ismene)] e fica sob a proteção do rei de Atenas (Teseu). A disputa pelo trono se acirra e Édipo profetiza que um dos seus filhos matará o outro. Em seguida o anterior rei de Tebas ouve o trovão de Zeus que prenunciaria a sua morte e desaparece com a ajuda de Teseu. Após o sumiço do pai, as filhas pedem para voltar a Tebas com o intuito de evitar a luta entre os irmãos, que resultaria na morte de um deles.  A temática em Antígona gira em torno da decisão de Antígona de enterrar seu irmão, Polinices, contrariando a ordem de seu tio, Creontes, com a justificativa de que o seu direito era mais válido, sendo assim um exemplo de embate entre as leis e o direito natural.

  1. Pesquise sobre os antecedentes que marcaram a história de Édipo.

        Os antecedentes de Édipo rei dão início a partir de uma maldição profetizada a Laio, devido a um amor homossexual que ele tivera antes do casamento. A maldição dizia que Édipo mataria o próprio pai e casaria com a própria mãe. A partir dessa previsão, Laio decide matar o filho ainda recém nascido, para não ter sua morte dessa maneira, entregando-o a um de seus serviçais. O pastor, a quem foi entregue o menino, por piedade, entrega o menino a um rei que cria Édipo como um filho. Após um desentendimento, Édipo abandona seu lar e se encaminha para Tebas, onde a Esfinge aterrorizava a região com seus enigmas, matando, no caminho, um homem e seus serviçais. Após a chegada em Tebas, Édipo vence a Esfinge e se torna rei da cidade, casando-se com Jocasta.

  1. Elabore um  texto resumindo a tragédia Édipo Rei.  

        Édipo rei se inicia no momento em que uma praga atinge a cidade de Tebas. Ao consultar Apolo, Creonte leva a noticia ao rei de que é preciso que um ser impuro, que cometeu um crime, seja punido para que acabe o sofrimento do povo. A seguir, Édipo pede a Corifeu que vá buscar o profeta Tirésias, a fim de descobrir o culpado e o crime praticado. Tirésias revela que o crime é o assassinato do rei Laio e que foi Édipo quem o cometeu, porém o rei encara as palavras do profeta apenas como ofensas. Após conversar com sua esposa, o rei requisita o depoimento do único servo que conseguiu fugir do ataque a Laio e, pouco antes da chegada do servo, um mensageiro entrega a notícia que Pôlibo, suposto pai de Édipo, havia morrido e que este não era de fato o pai do rei. Essa informação, somada com o relato do pastor, antigo serviçal de Laio, e com a reflexão do rei sobre sua trajetória até Tebas, faz com que Édipo descubra que ele é o assassino do pai, cabendo a ele ser punido para o fim da cólera, portanto.

  1. Como os deuses são definidos na referida tragédia? Cite três fragmentos do texto que ilustram suas características.

         Em Édipo rei, os deuses são seres imortais que interferem nas ações e no destino dos mortais, atribuindo-lhes maldições, por exemplo. “Ordena-nos Apolo com total clareza que libertemos Tebas de uma execração oculta agora em seu benevolente seio, antes que seja tarde para erradicá-la.” Nessa primeira passagem fica evidente a interferência do deus Apolo na vida na terra, assim como nas seguintes passagens: “Ele foi morto: o deus agora determina que os assassinos tenham o castigo justo, seja qual for a sua posição presente.” e O meu desejo, Apolo, é que dispares com teu arco dourado flechas rápidas, inevitáveis, para socorrer-nos, para nos proteger;

  1. Indique uma idéia ou uma passagem do texto que lhe chamou atenção. Justifique sua resposta.

          Uma idéia que me chamou a atenção na tragédia foi o uso dos variados personagens e seus relatos vividos na construção de uma verdade por completa. Essa idéia me chamou atenção, pois ela pode ser aplicada diariamente no mundo judiciário, sendo mais bem contextualizada em um tribunal, por exemplo, em que várias testemunhas podem compartilhar os seus testemunhos de forma a construir um relatório da situação capaz de incriminar o réu ou até mesmo livrá-lo de uma possível pena injusta.

  1. Estabeleça uma relação do fragmento com toda a trajetória de Édipo no decorrer da tragédia.

          O fragmento em questão retrata resumidamente a trajetória de Édipo. A começar pela caracterização como o decifrador de enigmas, o fragmento remete a quando Édipo chega a Tebas e livra a cidade da Esfinge que a aterrorizava. O trecho “foi um senhor poderoso e por certo o invejastes em seus dias passados de prosperidade invulgar” descreve o período em que Édipo se mantém rei e guerreiro vitorioso no início da história e a parte “Em que abismos de imensa desdita ele agora caiu!” indica o encerramento da obra em que o rei descobre ser o assassino do pai e marido da mãe, caindo assim em grande desgraça.

  1. Qual é a posição de Foucault diante da interpretação da psicanálise em relação ao mito de Édipo?

            Para Foucault, a temática do poder está presente em toda a peça e é essencialmente o poder que faz com que Édipo se sinta ameaçado, uma vez que ele é um tirano que está constantemente ameaçado de perder o seu poder. Na visão de Foucault, a busca pela resolução do problema (a doença que afronta a cidade) é puramente interesse do Édipo de se manter no poder. Isso é possível ser visto em momentos como quando o escravo diz a Édipo que este não é filho de Pôlibo e a seguir o rei diz que o escravo só diz isso para envergonhá-lo e que mesmo não sendo filho do rei de Corinto ele merecia estar no poder. Além de ser caracterizado pelo poder, o rei também detinha um saber que é definido como a capacidade de usar o conhecimento e poder ver o problema,  de modo que juntando essas capacidades é possível resolver desafios, como o enigma proposto pela Esfinge que só Édipo conseguiu resolver utilizando o saber.

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