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Relatório Síntese da publicação: Manuel Carlos Silva (2008) “Desigualdades de gênero”

Por:   •  15/1/2017  •  Relatório de pesquisa  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  279 Visualizações

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Relatório Síntese da publicação: Manuel Carlos Silva (2008) “Desigualdades de género”, configurações [online]

As desigualdades de género é um problema histórico existente em diversos tipos de sociedade.

Em Portugal existiu uma diminuição das desigualdades de género, principalmente devido aos movimentos sociais feministas e à acção das forças politicas.

Apesar da notável diminuição das desigualdades de género, estas ainda persistem em várias áreas e sectores da vida social nomeadamente nos preconceitos, nas avaliações negativas nos contextos institucionais e nas interacções quotidianas.

Ainda existe também a segmentação sexual de mercados de trabalho, ou seja, expressões de género “Este trabalho é para homens!”, “Isso é trabalho de mulher!” (Ex.: Cabeleireiro, obras). Mas ainda mais importante é a maior dificuldade por parte das mulheres em terem oportunidades de emprego e remunerações equiparáveis às dos homens, assim como a capacidade de progredir na carreira à mesma velocidade dos homens, através disto é possível dizer que durante o percurso profissional as mulheres sobem escadas e os homens sobem de elevadores. Nos anos 70 a sexualidade era um tema tabu.

Na óptica funcionalista e conservadora a sexualidade era vista como forte impulso vindo de energias biológicas instintivas e inatas que deveria ser controlada e evitada. Na perspectiva libertária a sexualidade deveria ir contra o sistema normativo dominante presente nas sociedades tradicionais e na moderna vitoriana. Em ambos os casos, a sexualidade era conceptualizada de modo essencialista como uma força biogenética imparável, próxima da natureza animal e, senão anti-cultural, pelo menos, meta-social e transcultural.

A necessidade de controlo e domesticação da sexualidade, em particular feminina, conheceu várias formas e expressões desde a tortura do corpo na defesa das superiores virtudes da inocência e da virgindade, passando pelas práticas monogâmicas, até à posse e vigia da honra feminina através do controlo da propriedade fundiária na herança e no casamento.

É importante sublinhar como Weels (1986:1555) e Nencel (1994) fazem. Para eles a sexualidade não pode ser abordada como uma espécie de energia bio psíquica apenas derivada de genes, hormonas, instintos ou do inconsciente e, como tal, “naturalizada” e desligada do contexto social e histórico. Ela engloba um conjunto de possibilidades biológicas e mentais (identidade de género, diferenças corporais, capacidades reprodutivas, necessidades, desejos, fantasias, emoções, valores), que não necessitam de estar todas ligadas e, em certas culturas, não o estão.

A nível organizacional e político-administrativo, o maior ou menor grau de interferência institucional, a maior ou menor dose de repressão patriarcal e administrativa com as mais variadas proibições e tabus, em particular sobre as mulheres, é dependente do tipo de sociedade, das mentalidades, doutrinas e ideologias da época, sobretudo ao nível institucional e estatal, em relação aos comportamentos sexuais humanos.

Durkheim (1974) deixava de ser o sociólogo que pretendia explicar o social para cair na armadilha filosófica essencialista, ao assumir que o homem, bem como a mulher, sendo “por natureza” devasso ou possuindo apetites atrevidos nomeadamente os sexuais, necessitava de alguma forma de controlo e regulação. Segundo ele a religião, nomeadamente a católica, constituía, nas sociedades agrárias tradicionais, e em articulação com Estados de cariz conservador, as principais instituições reguladoras de fenómenos “desviantes” ou “patológicos”.

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