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Índios Dessana

Por:   •  11/4/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  956 Palavras (4 Páginas)  •  124 Visualizações

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introdução

A etnia dessana tem sua origem no alto do Rio Negro, as margens do rio uaupés e seus afluentes desde o século XIX. Pertencentes da família tukano oriental que engloba pelo menos 16 linguas. Os dessanas alem do tukano oriental, falam a língua geral, o nheenhatu, o que facilita a comunicação entre os povos com línguas paternas diferenciadas.

O rio uaupes tem certe de 1375km e serve de fronteira entre o Brasil e a Colômbia.

Autodenominam-se umukomasã, e existem aproximadamente 30 divisões entre os dessana, entre eles chefes, mestres de cerimônia, rezadores e ajudantes. Estas classificações podem variar de acordo com a fonte.

Ao final do século XIX, com a chegada dos franciscanos e salesianos, sua cultura alem de seu território foi invadido, pois os tais missionários enxergaram suas crenças a partir de uma lente de suas próprias características religiosas, desmistificando as suas três formas básicas de festividade, que são caxiris, tabukuris e os ritos de urupari, perseguindo-os dentro de seu próprio território.

Desenvolvimento

 As cosmologias indígenas retratam modelos complexos que expressam seus pontos de vista a respeito da origem do Universo, da vida e de todas as coisas que existem no mundo.  Como princípio básico, a cosmologia tukano combina perspectiva móvel, replicação da organização social em diferentes escalas da existência - corpo, comunidade, casa e cosmos, e organização análoga entre níveis diferentes da experiência. O universo é feito de três camadas básicas: céu, terra e "mundo inferior". Cada camada é um mundo em si, com seus seres específicos e podendo ser entendidos tanto em termos abstratos como concretos. Em contextos diferentes, o "céu" pode ser o mundo do sol, da lua e das estrelas, ou o mundo dos pássaros que voam alto, ou os topos achatados dos tepuis (topos achatados das montanhas) dos quais descem as águas ou o mundo dos topos das árvores da floresta, ou mesmo uma cabeça enfeitada com um cocar de penas vermelhas e amarelas de arara, que são as cores do sol. Do mesmo modo, o "mundo inferior" pode ser o Rio dos Mortos debaixo da terra, o barro amarelo debaixo da camada do solo onde se enterram os mortos, ou o mundo aquático dos rios subterrâneos.

De toda forma, o que define o "céu" ou o "mundo inferior" depende não somente da escala e do contexto, mas também da perspectiva: à noite o sol, o céu e o dia ficam debaixo da terra e o escuro mundo inferior fica acima.

O mito da criação dos índios Dessana do Alto Xingu diz que antes do mundo não havia nada, as trevas cobriam tudo. O mundo foi criado a partir de uma divindade feminina chamada Yebá Beló, a “Avó do Mundo”, que fez a si mesma.  Ela refletiu sobre o futuro mundo em sua morada de quartzo, e do seu pensamento começou a tomar forma de uma esfera, culminando com uma torre. A esfera incorporou a escuridão. Ainda não havia luz, a não ser no compartimento onde estava a mulher, que era todo branco, de quartzo. Essa esfera ela chamou de Umukowi’i, “Maloca do Universo”.

Yebá Beló criou cinco trovões imortais, a quem chamou de “Avôs do Mundo”, seus irmãos, e lhes deu a tarefa de fazerem o mundo, criarem a luz, os rios e a futura humanidade. A do segundo, no leste, na cachoeira Tunuí, no rio Içana. A do terceiro ficava no alto; nesta é que ficavam as riquezas, os enfeites de dança mágica para formar a futura humanidade. A casa do quarto trovão ficava a oeste, no rio Apaporis. A do quinto, no norte,na cabeceira. Quando estes se provaram incompetentes, a avó do mundo fez surgir um ser de fumaça, Ʉmʉkosurãpanami (Bisneto do Mundo), ou Yebá Gõãmũ (Demiurgo da Terra), e deu-lhe a ordem de fazer as camadas do universo e a futura humanidade.  O Bisneto do Mundo criou o sol com um furo que fez no céu com sua lança, e do raio de sol criou-se toda a forma de vida. Yeba Buró criou a terra e a adubou a partir de seu próprio corpo.

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