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A ROBÓTICA E A INDUSTRIALIZAÇÃO QUAIS HORIZONTES PODEMOS VISLUMBRAR?

Por:   •  9/2/2019  •  Artigo  •  940 Palavras (4 Páginas)  •  163 Visualizações

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A ROBÓTICA E A INDUSTRIALIZAÇÃO QUAIS HORIZONTES PODEMOS VISLUMBRAR?[1]

Thyago Ezequiel de Melo[2]

Alguns questionamentos, feitos pela sociedade, sobre a automação e a inteligência artificial adentrar no local de trabalho, principalmente na manufatura, torna alarmante o fato de uma futura substituição dos empregos, principalmente os de renda média, exigindo uma demanda de pessoas com competências em um raciocínio complexo, inteligência social e emocional, criatividade e percepção sensorial, assim sendo capazes de reinventar e resolver rapidamente problemas[a][b]. Buscando saber o que a sociedade japonesa pensa sobre tal futuro foi realizado um estudo divulgado pelo Centro de Pesquisas Pew[3], os japoneses já dizem que as crianças encaram um futuro sombrio, já que 76% acreditam que as crianças de hoje esperam uma situação financeira pior que a de seus pais. Consideram ainda que confiar mais em robôs e computadores levará ao desemprego e à desigualdade de renda. Contudo, 74% dos japoneses creem que a economia se tornará muito mais eficiente.

Em debate entre parlamentares que ocorreu no Festival de Filosofia de Abrantes no dia 17/11/18, teve como tema a “Robótica no trabalho: desafios políticos”. Nessa ocasião, Patrícia Fonseca (CDS), reconheceu a flexibilidade do trabalho por meio de uma “requalificação profissional”, permitindo, assim, para as pessoas uma melhor “gestão do tempo[c]”, sendo assim as pessoas seriam mais livres para exercerem outras atividades, devido sua especialização permitir mais tempo vago. Ainda no mesmo debate, Duarte Marques (PSD) admitiu que alguns empregos vão desaparecer, mas novos surgirão, tendo apenas como incerteza “a qualidade dos empregos a criar”. Por fim, Hugo Costa (OS) enfatizou que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) não é indicador de felicidade, mas caso bem aplicada a tecnologia pode ser um caminho para essa felicidade, na qual as pessoas estariam livres para exercerem atividades além do trabalho pesado, que já seria realizado por maquinas, com tarefas mais facilitadas e trabalho[d] menos exaustivo.

A robótica não fica para trás quando o assunto é facilitar nossas vidas. A Allience Bernstein Holding, por exemplo, aprimorou sua assistente virtual Abbie[4]; agora, ela é capaz de sugerir os melhores títulos[e] do mercado financeiro para comprar e vender com base em preços, facilidade de negociação e riscos, podendo analisar milhões de pontos de dados para filtrar o universo de títulos em circulação em segundos.

Outra tecnologia recente que gerou muitas discussões foi o Jornalista robô, desenvolvido pela empresa Sogou, e transmitido no Xinhua (Agência de notícias oficial do governo Chinês). A agência diz que as simulações podem ser usadas em seu site e nas mídias socias, reduzindo os custos e melhorando a eficiência.[5]

Vale ainda falar da Dra. Luzia, inteligência artificial capaz de analisar, fazer petições e acelerar decisões judicias, sendo especialista em execuções fiscais, que originalmente foi programada para trabalhar em procuradorias da Fazenda. Alexandre Pacheco da FGV diz que o avanço “afetará profissionais em início de carreira e os que por terem uma formação menos completa ou dificuldades de encontrarem clientes se dedicam a atividades simples e repetitivas”.[6]

O alto nível da industrialização contemporânea, apresenta aspectos de alto nível tecnológico como na China, por exemplo, que em muitos setores de sua indústria tem liderado dentre todos os países na inserção de robótica e inteligência artificial[f]. Enquanto isso países como EUA e Brasil visam apenas custos baixos do trabalho, os quais estão fadados a ficarem para trás dos asiáticos. Sendo uma grande aposta, a capacitação tecnológica dos recursos humanos pode ser considerada como um investimento na “mentefatura”[7], o que significa que as pessoas teriam capacidade de atuar em diversos setores da nova economia[g], devido a necessidade ser mais do saber como pensar e como manusear os equipamentos.

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