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A economia do Nordeste brasileiro no século XXI

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Por:   •  26/9/2014  •  Artigo  •  1.055 Palavras (5 Páginas)  •  297 Visualizações

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Foco regional

O Nordeste brasileiro entrou no século XXI com uma nova imagem: o de uma região repleta de oportunidades. Desde 2002, o Produto Interno Bruto (PIB) nordestino não registra queda e avança a taxas maiores que o PIB nacional em praticamente todo o período. A única exceção foi em 2007. A participação no PIB brasileiro passou de 13% em 2002 para 13,5% em 2010. Os investimentos captados nos últimos cinco anos e projetados até 2015 somam cerca de R$ 125 bilhões. O ganho médio do trabalhador foi para R$ 948, quase o dobro de dez anos atrás. Mesmo assim, ainda está bem longe da média de R$ 1.638 recebidos pelos empregados do Sudeste. Por outro lado, um de cada dois analfabetos brasileiros mora no Nordeste e 78% dos municípios ainda se enquadram na categoria de baixo índice de desenvolvimento humano.

Os instantâneos da realidade nordestina foram captados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), e Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan). E indicam que o Nordeste tem pelo menos quatro grandes desafios. Manter os altos índices de crescimento econômico; equacionar os gargalos logísticos; melhorar os indicadores sociais e aumentar a oferta e a qualidade dos serviços públicos prestados à população. "O Nordeste não pode se contentar com os ganhos dos últimos anos e dormir em berço esplêndido. Ainda há muito a fazer para melhorar os indicadores sociais e existem muitas ameaças à continuidade do desenvolvimento", alerta Tânia Bacelar, professora do programa de pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco.

Mas há também muitas oportunidades. Uma delas é a expansão do consumo propiciada pela melhoria de renda da população, resultado da política federal de aumento do salário mínimo e do programa Bolsa Família, que beneficia pouco mais de 50% dos nordestinos e deve colocar cerca de R$ 10,7 bilhões na economia local neste ano. "A população de baixa renda movimenta R$ 4 bilhões por ano na Bahia", comenta José Sérgio Gabrielli, secretário do Planejamento do Estado. "Com melhor poder de compra, a economia das pequenas e médias cidades registrou forte incremento", explica Tânia.

O bom desempenho da economia nordestina se consolidou com uma onda de investimentos privados sem precedentes nos últimos cinco anos, de aproximadamente R$ 125 bilhões, entre captados e projetados, quase 75% dirigidos para a indústria de transformação. As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por sua vez, preveem inversões de R$ 40,6 bilhões entre 2011 e 2014 apenas no eixo de transportes.

"A Bahia vive um dos ciclos mais importantes de desenvolvimento dos últimos cem anos. Com a diversificação da base produtiva e a chegada de novos empreendimentos às regiões mais afastadas e carentes, o crescimento se democratiza", afirma Gabrielli. Até 2015, a iniciativa privada deve investir US$ 37 bilhões. Entre as obras que desembarcam na Bahia, destacam-se o complexo acrílico da Basf e o Estaleiro Paraguaçu, da Odebrecht, em sociedade com a OAS, a UTC e a Kawasaki Heavy Industries. No ano passado, o Estado cresceu 3,1%, bem distante dos 0,9% nacionais.

"Enquanto o Brasil está se desindustrializando, Pernambuco se reindustrializa. O desafio para os próximos anos é manter o ritmo de crescimento, que teve expansão de 2,3% em 2012", diz Márcio Stefanni Monteiro Morais, secretário de Desenvolvimento Econômico. Só no Complexo de Suape, os investimentos são de R$ 50 bilhões. Com a chegada da Fiat - e seu batalhão de sistemistas - e a consolidação dos polos vidreiro e farmoquímico, cerca de R$ 20 bilhões vão irrigar a economia da região da Mata Norte.

"Os maiores investimentos privados de toda a história do Ceará acontecem agora", diz o governador Cid Gomes (PSB), lembrando que, no ano passado, o PIB estadual cresceu 3,65%, quatro vezes mais que o brasileiro. Apenas a construção da Companhia Siderúrgica do

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