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Análise de documento retirado das “Monumentas Missionárias Africanas”

Tese: Análise de documento retirado das “Monumentas Missionárias Africanas”. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/10/2013  •  Tese  •  1.032 Palavras (5 Páginas)  •  367 Visualizações

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Trabalho: Análise de documento retirado das “Monumentas Missionárias Africanas”.

O documento a ser analisado trata-se de uma descrição do geógrafo Al-Bakri da região do Reino do Gana, localizado na região subsaariana do continente africano, a partir do relatos de viajantes e comerciantes entre os anos de 1067 /68.

O documento inicia-se com uma breve descrição do autor sobre a vida do rei do Império do Gana, explicitando a forma de sucessão ao trono que girava em torno da Família do então rei Tunka Manin. O interessante a ser destacado de início seria a forma como o autor expõe sobre a conduta do rei em permitir a convivência entre religiões diferentes. Mais do que isso, o autor cita que o rei “levava uma vida louvável por conta de seu amor à justiça a da amizade com os muçulmanos”. A partir desta análise, entende-se que, quem aceita e traçava uma amizade com os muçulmanos seria bem visto. Diante disso, vale acrescentar que o autor compartilhava desta mesma religião, ficando mais explícita e tendenciosa a sua avaliação quanto à “boa” postura do rei com os muçulmanos. Um outro relato que coloca em evidência a valorização da questão muçulmana, é quando ele cita a forma como estes são respeitados na cidade de Gharantal [centro de um poderoso império] e que não é habitada por muçulmanos, mas que mesmo assim os recebe muito bem e sempre lhes abre o caminho para passagem.

O rei por sua vez, possui o paganismo como religião e o autor define as pessoas que pregavam este tipo de culto religioso, como “feiticeiros”, sendo um tanto quanto pejorativo. Resume a religião do povo do Gana de forma breve, sendo esta cercada pela adoração aos seus ídolos e aos túmulos de seus reis. Podemos a partir desta citação, presumir a importância que esta população dava aos seus ancestrais, através do culto realizado aos antigos reis. Uma passagem interessante do documento, seria a narrativa quanto à forma de se portar diante do rei. Descreve que os pagãos quando se aproximam do rei, caem sobre os joelhos e polvilham pó sobre a cabeça, sendo esta a amaneira de cumprimentá-lo, ao passo que os muçulmanos “apenas” o cumprimentam batendo palmas, ou seja, quase que sugerindo uma maior subordinação e subserviência destes que professavam a mesma religião que o rei.

A partir do documento também é possível perceber que a sociedade do Gana, além de se tratar de uma sociedade hierarquizada, é regida pelo status e o poder. A narrativa quanto à cegueira do rei e a simulação por ele realizada aos seus súditos, para evitar que os mesmos descobrissem a sua nova condição, demonstra a sua necessidade de se portar diante do seu reino enquanto um homem forte e poderoso, visando a manutenção do seu poder e respeito do povo.

Um outro fator que demonstra o caráter hierárquico do reino do Gana é quanto à vestimenta, pois segundo o autor, somente o rei e o seu herdeiro poderiam vestir roupas costuradas e os demais, vestiam roupas de algodão, seda, conforme o seu “meio”. O autor ao descrever os adornos utilizados pelo rei, como pulseiras e colares, demonstra certo preconceito, ao compará-lo à uma mulher, pois trata-se de uma conduta, provavelmente, adversa ao seu meio social.

No âmbito econômico, Al-Bakri detalha que o Reino do Gana era uma espécie de “terra do ouro”, por ser um grande reduto deste tipo de minério. O mesmo era utilizado como moeda de troca, como por exemplo, na compra de sal vindo de fora do país. Tal comentário demonstra uma relação comercial entre diferentes países. As pepitas encontradas em todas as minas do país eram reservadas ao rei, intensificando mais ainda o seu poder, sendo reservado ao povo somente o ouro em pó. O mito também está presente nesta sociedade, onde conta-se que o rei é dono de uma pepita do tamanho de uma grande pedra.

O Reino também apresenta um

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