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Globalização

Por:   •  2/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.299 Palavras (10 Páginas)  •  158 Visualizações

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SEMINÁRIO:

A GLOBALIZAÇÃO E AS TRANSFORMAÇÕES DOS ANOS 90

São Paulo

2014

SEMINÁRIO:

A GLOBALIZAÇÃO E AS TRANSFORMAÇÕES DOS ANOS 90

Introdução

        Vivemos em um período de grande destaque e importância da tecnologia. Ela vem apresentando influência em todos os setores de nossa vida e é claro que o setor econômico não ficou imune. As comunicações exacerbadas e as distâncias encurtadas pela tecnologia exercem seu poderio de forma decisiva.

        Neste trabalho será apresentado de forma resumida e simplificada o que ocorreu no mundo nos anos 90, a influência da globalização, as crises e suas consequências.

Desenvolvimento

        Querendo tratar dos anos 90, devemos buscar a origem do cenário nos anos 80, quando a União Soviética e a China (juntas representando quase 1/3 da humanidade) passaram a integrar os mercados capitalistas, provocando o que se chamou de uma reglobalização.

        A China mesmo sem abandonar o seu regime político centralizado, retornou ao mercado global com muita força, principalmente a partir de 1994, quando desvalorizou sua moeda em mais ou menos 40% estimulando suas exportações.

        Nesse mesmo ano (1994), o México devido a uma onda de especulação desvalorizou sua moeda em 80%. Este fator aliado à proximidade física dos EUA e a entrada em vigor do NAFTA  (North American Free Trade Agreement) – tratado de livre comércio firmado entre EUA, Canadá e México, que entrou em vigor em janeiro de 1994 e que entre outras coisas previa a eliminação de tarifas alfandegárias entre esses três países por um período de 15 anos, aumentaram enormemente as exportações do México para os EUA, que se viram invadidos por produtos baratos tanto oriundos do México quanto da China.

Crise Asiática

        Atuando nesse mesmo cenário, ainda temos a Tailândia, as Filipinas, a Indonésia e a Malásia que começam a perder mercado para a China e o México. O Japão, que emprestava dinheiro a esses países, ficou em situação delicada quando a crise afetou a Tailândia e sua moeda sofreu forte desvalorização de 30%, seguindo-se da Indonésia, Filipinas e Malásia.

        Ainda se desenha um novo acontecimento importante a colaborar com a formação do contexto, em 1º. de julho de 1977, Hong Kong voltou ao controle da China após 100 anos de domínio inglês. Este grande centro financeiro veio fortalecer o já agressivo concorrente dos mercados internacionais e deu destaque a Taiwan. A anexação não foi dócil e criou-se uma situação de desconforto entre os dois governos. Nesta queda de braço houve uma desvalorização do dólar de Taiwan, analisando esta medida uns diziam queera puramente econômica, tomada para equilibrar as taxas de câmbio da região, e outros analistas viam a questão como política, cujo objetivo central era desequilibrar o dragão chinês.

        Esta posição de Taiwan arrastou a Coréia que se viu obrigada a desvalorizar sua moeda, pois não tinha reserva folgada.

        Com esta desvalorização houve uma fuga de investidores da China, como resposta, Hong Kong elevou as taxas de juros e declarou queusaria toda a sua reserva para defender-se do ataque especulativo. Este acontecimento pôs termo a etapa asiática da crise financeira, mas as consequências teriam repercussão em todo o mundo.

Renda Fixa e Renda Variável

        O aumento da taxa de juros assegurou maiores ganhos na renda fixa, mas provocou uma grande saída de investidores da renda variável (Bolsa de Valores), o que repercutiu em várias Bolsas pelo mundo, gerando várias quedas.

        A compensação viria com ganhos ou realização de lucros (venda maciça de ações depois da elevação de cotações).

        Em São Paulo, em 1997, tivemos a venda em massa de ações, o que fez despencar os índices da Bolsa de Valores. Aqui ocorreu o mesmo que em Hong Kong, elevou-se a taxa de juros gerando um resultado com êxito relativo, pois não se mexeu na taxa de câmbio, portanto não se desvalorizou o real, mas os juros muito altos incidiram sobre a dívida externa.

Crise Russa

        Retomando, temos a crise asiática e a recessão japonesa, segue-se a crise no sudeste asiático envolvendo Coréia e Taiwan, crises que trouxeram desvalorizações cambiais e recessões gerando um abalo no crescimento econômico.

        Esses países asiáticos importavam muito petróleo e com a crise reduziram suas compras. Como o petróleo russo é competitivo no mercado internacional, houve significativa redução de suas vendas e as receitas cambiais da Rússia foram fortemente afetadas o que levou o presidente Boris Iéltsin a declarar em 1998 que não pagaria no vencimento os títulos de sua dívida externa, fato que gerou fortes quedas nas Bolsas de Nova York e Frankfurt, grandes patrocinadores do governo Russo (por medo da volta dos comunistas).

        Ao mesmo passo da crise russa havia um escândalo correndo na Casa Branca, envolvendo o presidente Clinton e seus casos extra conjugais, o que causou um certo estancamento em suas políticas administrativas.

Brasil 1999

        Em 1999, o Brasil foi afetado pelo que se chamou de efeito manada (que ocorre quando não há motivo aparente, mas todos correm na mesma direção, matando-se muitos pisoteados pelo caminho).

        Nesse ano, o país sofreu um ataque especulativo e não conseguiu defender sua taxa de câmbio e acabou por desvalorizar sua moeda (como ocorreuna crise asiática de 1997).

        Os mercados funcionam com base em riscos. Há pessoas que se propõe a correr riscos, outras não. Quando os riscos são mais ou menos conhecidos há uma constância no mercado, mas quando fatores capazes de atuar no mercado econômico mudam em grande velocidade e algum investidor importante se dá conta que seu risco aumentou e resolve debandar, muitos outros o acompanham sem pensar, o que causa um grande desequilíbrio econômico.

A Crise Asiática e os Problemas do Crescimento Econômico

        Quando investidores em curto espaço de tempo saem de um país para outro com menos risco ocorre a geração de uma crise cambial importante.

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