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Internacionalização

Por:   •  28/9/2015  •  Resenha  •  454 Palavras (2 Páginas)  •  540 Visualizações

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A Internacionalização é um conceito com aplicação em várias áreas. Segundo o sociólogo Guy Rocher, a internacionalização se refere as trocas econômicas, políticas, culturais entre nações, e as relações que daí resultam, pacíficas ou conflituosas, de complementaridade ou de concorrência. Harris e Wheeler (2005) define a internacionalização como um processo no qual a empresa comercializa os seus produtos ou serviços fora do seu mercado local ou de origem, focando assim o seu envolvimento também em mercados externos.

A partir de 1956 através do governo JK, a indústria brasileira experimentou um salto significativo no que diz respeito à consolidação de seu processo em patamares inerentes a um capitalismo mais maduro e avançado. Este período é largamente conceituado pela literatura como o período da internacionalização do capital no Brasil.

Em linhas gerais, o período primário-exportador anterior à década de 1930 que denota a segunda fase do processo de industrialização no Brasil, primou-se pela baixa acumulação de capital, vez que a economia se calcava, basicamente, na monocultura latifundiária, numa estrutura muito restrita inibindo a formação de um mercado de trabalho mais consolidado, com baixíssima remuneração de mão-de-obra. Enfim, eram características inibidoras a uma maior acumulação de capital que pudesse gerar recursos internos suficientes e capazes de alavancar um processo de crescimento e desenvolvimento econômico mais latente.

Ademais, o excedente da produção do período primário-exportador é marcado muito mais pela abundância de terras existente no Brasil, isto é, em função do caráter extensivo das fronteiras latifundiárias do que através da acumulação de capital mediante aumento de produtividade oriundo de inovações tecnológicas ou de forma mais intensiva da exploração do solo.

Outra questão não menos importante diz respeito à transferência do excedente ao exterior, que seja através dos baixos preços de comercialização dos produtos primários exportados, quer seja pelos altos juros pagos ao sistema financeiro internacional para o financiamento de bens de capitais necessárias às atividades primarias da economia interna.

Posto isto, evidencia-se, claramente, a baixa acumulação de capital verificada no período em referência e, por conseguinte, os estrangulamentos ao processo de crescimento da economia brasileira, bem como de sua industrialização.

O Brasil se mostrava como mercado pujante de oportunidades, apresentando enormes lacunas e demandas de interesses ao capital internacional que visava, por sua vez, uma nova etapa de acumulação de capital, através da busca de novos mercados e de novas fronteiras, além dos limites geográficos de origem daqueles países, que já haviam cumprido seu processo de revolução industrial.

Se anteriormente não havia consenso quanto à melhor forma de se buscar o crescimento e o desenvolvimento econômico brasileiro, o momento histórico, político e econômico da época do governo Juscelino Kubitschek, possibilitou ao Brasil trilhar os caminhos que o levaram a se inserir mais plena e maduramente no contexto do capitalismo internacional mediante sua efetiva industrialização.

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