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Relações Internacionais - FRB Granja Vian

Por:   •  29/10/2018  •  Resenha  •  1.791 Palavras (8 Páginas)  •  162 Visualizações

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Relações Internacionais - FRB Granja Viana - 2º semestre

Leticia Maki Konishi da Silveira RA: 210831

Como se mede a renda das pessoas e das famílias?

No Brasil os censos demográficos são feitos de 10 em 10 anos, ¾ da população responde um questionário simples, que serve para estudar a quantidade de habitantes, o gênero e a idade enquanto ¼  da população responde um questionário mais específico sobre renda mensal de cada morador, proveniente de trabalho, pensão, juros e etc. A partir dessas pesquisas é possível de forma generalizada apurar quantas pessoas tem renda até um salário mínimo, dois e assim por diante.

Dentro destes censos realizados pelo IBGE, temos a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios, onde informações sobre a renda das pessoas e das famílias são obtidas para que seja possível estabelecer aproximadamente como a distribuição de renda evolui no Brasil, ano a ano. Como toda pesquisa esses dados estão sujeitos a erros, já que no país, a parcela da população com maior renda declara ter menos do que realmente tem e vice-versa.

Independentemente da omissão de renda por certa parcela, mesmo com a margem de erro é possível averiguar se a renda se concentrou ou não e se a pobreza relativa aumentou ou diminuiu.

Medidas de concentração de renda

A partir dos dados obtidos nas pesquisas podemos separar a população entre os 10% com maior renda e os 10% com menor renda, calculando a participação de cada um na renda total. Com essa divisão fica mais claro como a desigualdade é presente no país, pois ainda dentro daquele grupo dos mais ricos conseguimos dividir ainda entre mais dois grupos, um com aqueles 5% com a renda ainda maior e dentro deste, temos um grupo de 1% com a renda maior ainda. O aumento do grupo dos mais ricos é uma consequência do aumento do grupo dos mais pobres, já que isso causa uma monopolização da renda na mão de poucos.

Desenvolvimento e repartição de renda

Quanto menos desenvolvido o país é, a centralização de renda é maior. Em um país agrário onde a maior parte da população se encontra no campo com uma renda muito baixa, e os ricos com uma renda maior mas nem tanto, quando começa a se desenvolver, parte da população migra para as cidades e começa a trabalhar com o que gera uma maior remuneração, assim, aumentando a renda - a renda global cresce e se torna mais concentrada pois a maioria ainda continua no campo. No maior estágio de desenvolvimento, a industrialização faz com que a resto da população migre mas por terem chegado por último e apenas conseguirem trabalhos que pagam menos, a renda permanece na mão de 5 a 10% da população.

Cada país passa por processos econômicos, sociais e políticos diferentes que regem a distribuição de renda. Por isso é complicado formular uma teoria geral das relações entre industrialização e concentração de renda que se aplique a todo o mundo.

Porque há ricos e pobres? Posição neoclássica

Todos são diferentes, tem aqueles que trabalham mais e economizam o dinheiro e aqueles que trabalham menos e gastam tudo o que tem, nesse caso, nós mesmo somos responsáveis pela quantidade de renda que recebemos, não importando a classe social a qual pertencemos considerando que teríamos oportunidades de trabalho iguais para todos, não faria diferença se nascemos em família rica e sempre tivemos oportunidade ou se nascemos miseráveis.

As grandes diferenças de trabalho são explicadas por diferenças de produtividade, isso envolve a teoria de “capital humano”. Quando investimos em nós mesmo em questões de educação superior melhor irá pagar depois quando conseguirmos um trabalho e um salário melhor do que de quem trabalhou a vida toda porém tem baixa escolaridade, o “valor” do diploma sobressaia o valor do trabalho duro.

Esse fator é aplicado claramente até hoje, quem tem um currículo melhor tem mais chances de se inserir no mercado de trabalho, quanto mais você complementa sua “sabedoria” maior a sua chance de se encaixar em um cargo mais elevado que lhe proporcionará melhores oportunidades na vida.

Porque há ricos e pobres? Posição marxista

Os marxistas apontam a culpa da repartição de renda nas classes sociais pois é a classe social em que o trabalhador está que determina o quanto ele vai ganhar de salário.

No capitalismo temos a noção de que as grandes empresas e comércios, estão concentrados na mão de uma pequena parcela da população, forçando o resto da população a trabalhar para esses proprietários. Dessa forma podemos dividir a sociedade entre a burguesia e o proletariado.

O proletariado, são aqueles que não tem forma própria de sobrevivência, de forma que é necessários que eles trabalhem para que tenham acessa a aquilo que necessitam para sobreviver e para que sejam capazes de trabalhar para manter essa condição, sendo assim o proletariado depende da burguesia para poder trabalhar e viver. A estrutura de classes no capitalismo moderno tem portanto seu eixo principal não na propriedade jurídica, mas na posse real dos meios de produção. Esta posse real se manifesta como domínio, como poder de decisão sobre empresas ou setores de empresas ou sobre setores do aparelho de Estado. Embora formalmente a dominação seja de organizações, ela se exerce realmente sobre os que trabalham nelas. Pertence à burguesia quem manda e decide e pertence ao proletariado quem obedece e executa.

  É preciso notar que a inserção dos indivíduos nas diferentes classes sociais se faz fundamentalmente pelo nascimento. A grande maioria nasce em famílias proletárias ou pequeno-burguesas e está destinada a ficar em uma ou outra destas classes. A transferência de indivíduos de uma classe para outra ocorre em geral sob a forma de proletarização de pequenos burgueses, embora se registrem também movimentos no sentido inverso. Excepcional é a passagem de alguém do proletariado ou da pequena burguesia à classe dominante, embora tais casos sejam amplamente divulgados com o fito de alimentar o mito da ascensão social como oportunidade aberta a todos.

Repartição de renda entre as classes

 No modo de produção capitalista, a repartição da renda entre burguesia e proletariado se dá mediante determinação recíproca de lucros e salários. Os capitalistas sendo os donos dos meios de produção, das empresas, pertencem a elas todo o valor criado a partir do trabalho, uma parte é paga aos trabalhadores em forma de salário. O que resta constitui o lucro bruto, parte do qual os capitalistas redistribuição como juros, aluguéis, renda da terra e tributos respectivamente a prestamistas, proprietários de imóveis ou terras e ao Estado.

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