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Resenha Economia Brasileira Governo Lula

Por:   •  3/3/2017  •  Resenha  •  468 Palavras (2 Páginas)  •  721 Visualizações

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GOVERNO LULA: CONTRADIÇÕES E IMPASSES DA POLÍTICA ECONOMICA

(Luiz Filgueiras e Eduardo Costa Pinto)

        O texto faz uma análise econômica dos dois Governos do presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) e o primeiro ano do Governo Lula (2003). Compara as políticas econômicas dos dois presidentes, o contexto macroeconômico mundial e nacional durante o período dos governos e as conseqüências das políticas adotadas por  eles  para o país. O objetivo dos autores nesta análise comparativa é encontrar dentro do cenário macroeconômico e na situação econômica do país respostas que  justifiquem a manutenção, pelo Governo Lula,  das políticas econômicas do Governo FHC.

        O Plano Real e as políticas econômicas liberais aprofundaram dois problemas estruturais da economia brasileira: a vulnerabilidade externa do país e a fragilidade financeira das finanças públicas. Estas políticas não elevaram o crescimento do país, a indústria apresentou taxas irrisórias e a expansão industrial se apoiou no segmento de bens duráveis, as restrições aos gastos públicos e as privatizações provocaram a retração dos investimentos necessários a ampliação e melhoria da infraestrutura do país, aumentando os problemas em áreas essenciais como transporte e de energia. Os desequilíbrios externos eram transformados em fragilidade financeira no âmbito interno o que deixava a economia brasileira flertando com a recessão a cada crise. Nem as mudanças no regime cambial, a criação do regime de metas inflacionárias e um regime fiscal severo, ocorridas em 1999, conseguiram reverter a vulnerabilidade externa da economia e a fragilidade do setor público. E toda essa circunstância contribuiu para eleição de Lula, que trazia consigo  uma esperança de  mudança nas políticas econômicas, trazendo o país de volta, rumo ao crescimento .

        No 1° ano do governo Lula as tendências econômicas do fim do Governo FHC se mantiveram, pois o PT não implantou  mudança na política econômica, ao contrário, rendeu-se a políticas econômicas liberais, trazendo com isso o apoio de instituições como FMI e Banco Mundial.  

        Segundo Filgueiras e Pinto, “com a dinâmica perversa – de vulnerabilidade externa da economia e a instabilidade cambial, que levam ao aumento da taxa de juros e, como conseqüência, ao crescimento da dívida pública, à estagnação econômica  e à elevação da taxa de desemprego – dificilmente será alterada com a obtenção de superávits fiscais, nem muito menos com as reformas previdenciária, trabalhista e tributária.”  Mesmas medidas, mesmas conseqüências. Para conseguir uma mudança deveria ter havido uma ruptura com aquele modelo econômico liberal, praticado no país por mais de 10 anos.  Não era uma escolha fácil, dado ao momento da economia mundial, haveriam retalhamentos, mas para levar o Brasil de volta ao crescimento era necessária.

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