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Resumos Economia Brasileira e Contemporânea

Por:   •  18/4/2022  •  Resenha  •  3.104 Palavras (13 Páginas)  •  140 Visualizações

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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Departamento de Ciências Econômicas - DCEC

Curso de Economia  




















RESUMOS

   José Neto de Almeida Vasconcelos

Thalita Souza da Silva

Silvanyara França de Souza











Ilhéus, BA

Jul/2021

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Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC

Departamento de Ciências Econômicas - DCEC 

Curso de Economia













RESUMO

José Neto de Almeida Vasconcelos

Thalita Souza da Silva

  Silvanyara França de Souza

Trabalho apresentado como parte da     avaliação da disciplina Economia Brasileira e Contemporânea I (CEC 034 – T02), ministrada pelo Prof.ª Maria Bernadete Pereira Bezerra,






Ilhéus, BA

jul./2021

  1. Desvendando os governos Jânio/Jango

Nas eleições de 1960 o PSD e o PTB se aliaram, concorreu a presidência, o Marechal Texeira lott, do PSD para a vice-presidência João Goulart do PTB. A UDN como forma de disputar com essa aliança, decidiu apoiar a candidatura de Jânio quadros do PTN, que era um político que estava ganhando bastante atenção no cenário político principalmente em São Paulo onde já havia sido vereador, deputado, prefeito e governador. Além de se aliar com Jânio, a UDN também apoio Milton Campos como vice. Jânio ganhou as eleições à presidência e o vice-presidente eleito foi João Goulart, da chapa oposta.

Jânio era um político carismático e performático, ele discursava de forma muito rebuscada e sempre gesticulando muito. Suas aparições públicas eram sempre preparadas para que todos pudessem ver de perto sua simplicidade procurando parecer ser um homem do povo nos seus comícios, ele queria ser percebido visualmente como parte da população pobre, trabalhadora e sofrida. Tinha como símbolo uma vassoura com a qual ele prometia “varrer” os problemas do país, principalmente a corrupção. Como presidente, adotava medidas conservadoras e de esquerda numa tentativa falha de agradar ambos os lados, também não era preso à nenhum partido político, pois acreditava que assim teria mais liberdade para governar, no entanto, tal atitude dificultou suas negociações com o congresso.

 Em relação à sua política interna Jânio buscou combater a dívida externa e a inflação que foram herdadas dos governos anteriores. Para isto, ele adotou medidas que desagradaram a população como a suspensão do aumento dos salários, a desvalorização da moeda nacional e o corte nos subsídios da importação de trigo e petróleo, resultando no aumento dos preços do pão e dos combustíveis. Foi o presidente responsável por proibir as corridas de cavalo, as brigas de galo, o uso de biquíni nas praias e o uso de lança-perfume no Carnaval. Sua política externa buscava dar autonomia ao país frente aos blocos econômicos da época, reatou relações diplomáticas e comerciais com países do bloco socialista como a China e a União Soviética. Em agosto de 1961, Jânio condecorou Che Guevara com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração brasileira atribuída a uma personalidade estrangeira, tal ato desagradou demasiadamente os conservadores, os militares e a UDN.

 Era perceptível que Jânio não se preocupava em agradar as instituições democráticas, ele queria governar o país de maneira independente, de uma forma próxima a ditatorial. Jânio quadros enviou uma carta ao Congresso, nela ele afirmou que estava sofrendo pressões de forças terríveis e renunciava à presidência. Com apenas 7 meses de governo, Jânio quadros renunciou sem dar muitas explicações e nem falou sobre o que seriam essas forças terríveis. Com a renuncia de Jânio quadros em 1961, quem assumiu provisoriamente a presidência foi Ranieri Mazzili presidente da câmara dos deputados, pois o vice-presidente João Goulart estava em uma viagem diplomática na China. Os militares foram contra a posse de Goulart, partindo do princípio que Jango seria uma ameaça pois estaria comprometido aos interesses comunistas.

 Por outro lado, haviam pessoas que queriam a posse de Jango, como Leonel Brito Brizola, governador do Rio Grande do Sul e o general Machado Lopes. Para evitar uma possível guerra civil o congresso aprovou uma emenda constitucional que mudava o sistema político de presidencialista para parlamentarista, Jango assumiria a presidência mas teria seus poderes políticos reduzidos já que o governo de fato, ficaria a cargo do primeiro-ministro que seria escolhido pelo Congresso Nacional. Em setembro de 1961, Jango assume presidência e lança seu plano de governo chamado Plano Trienal, seu objetivo era combater a inflação reduzir o déficit público, promover o crescimento econômico e favorecer o crescimento industrial. Em poucos meses o plano fracassou e o parlamentarismo tornava-se bastante impopular.

Em janeiro de 1963 ocorreu um plebiscito onde mais de oitenta porcento da população se mostrou contra o parlamentarista e a favor do presidencialismo, neste mesmo ano, foram lançadas as reformas de base, estas buscavam alterar a política administrativa, tributária, eleitoral, agrária e bancária, além de promover uma reforma urbana e educacional. De forma geral essas reformas desagradaram a oposição de Jango, pois viam nessas reformas uma ameaça à ordem liberal vigente, afirmavam também que tais medidas levariam o Brasil ao comunismo. Contudo, dentre tais reformas, a agrária desagradou em demasia os latifundiários, tendo em vista que seriam obrigados a desapropriar suas terras, não só isso, o valor e a forma de pagamento pela desapropriação eram consideradas por eles injustas.

Jango sabia que não teria apoio dos conservadores para aprovar as reformas de base no congresso, portanto, buscou se aliar aos grupos mais de esquerda, aos setores populares, sindicatos e a UNE a fim de obter força no congresso. Em março de 1964 ocorreu o Comício da Central do Brasil, nela, João Goulart reafirmou a suas alianças políticas e anunciou que seu governo seria responsável pela nacionalização das refinarias de petróleo que ainda não estavam sobre o controle da Petrobras, a desapropriação de terras de estatais, antecipou também, a futura reforma urbana que assustou os proprietários de imóveis residenciais nas cidades, além de prometer mudar os impostos taxando os mais ricos. Neste mesmo ano a oposição do governo realizou a passeata chamada Marcha da Família com Deus pela Liberdade, essa passeata ocorreu em diversos lugares do país e significou a resposta de parcela da população ao Comício realizado por João Goulart, e o apelo dessas para a intervenção das forças armadas. Como a parte das forças armadas já queriam tirar Jango da presidência e assumir o poder.

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