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SETOR EXTERNO

Por:   •  12/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.364 Palavras (10 Páginas)  •  185 Visualizações

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Setor Externo

Introdução

Em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos; contudo as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade. Com tudo examinar e verificar a assertiva implica em estudar não apenas os fundamentos econômicos favoráveis a um aumento da corrente de comércio externo como meio para alcançar o desenvolvimento econômico e social, mas, sobretudo, verificar se há aderência entre o discurso econômico e político. Os posicionamentos teóricos contemporâneos, por outro lado, sobretudo os que se referem à importante questão das proteções erigidas pelos países desenvolvidos em torno de seus produtores agrícolas, servem para sustentar uma análise recente sobre o sentido da “globalização econômica” para o comércio internacional e a relação dessas proteções com as possibilidades de desenvolvimento de nações mais atrasadas.

As novas teorias de comércio internacional corroboram as evidências empíricas ao incluir novas visões a respeito das vantagens do livre-comércio, além da tradicional Teoria das Vantagens Comparativas (sugere que cada país deva se especializar na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Esta será, portanto a mercadoria exportada, por outro lado este país deverá importar aqueles bens cuja produção implicar um custo relativamente maior.). As teorias de comércio internacional possuem como argumento comum a defesa do livre-comércio, ou seja, a liberalização do comércio internacional como um fator determinante do desenvolvimento econômico dos países em geral, gerando, como potencial consequência, um aumento significativo do bem-estar geral.

Partindo do pressuposto isto é, o de que o comércio internacional é uma das principais variáveis condicionantes do desenvolvimento econômico, através do modelo explicado pelas teorias que defendem ideias protecionistas, via intervenção do Estado. As políticas internas e externas são operacionalizadas por meio de instrumentos comerciais de proteção, tais como tarifas, cotas, subsídios, restrições às exportações, entraves burocráticos e outros.

1. Fundamentos do comércio internacional

Desde os tempos remotos o Comércio Internacional gerará vantagens globais - embora não iguais - para todos os países intervenientes, o comércio totalmente "livre" poderia induzir certos problemas. O comércio internacional, tal qual o conhecemos, surgiu na época histórica denominada mercantilismo, quando as nações dominantes da época iniciaram suas expedições rumo às índias na busca de produtos raros e de alto valor (especiarias, tecidos, pedras e metais preciosos, etc.). Os economistas clássicos fornecem a explicação teórica básica para o comércio internacional através do chamado Princípio das Vantagens Comparativas. O Princípio das Vantagens Comparativas sugere que cada país deva se especializar na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Esta será, portanto a mercadoria exportada, por outro lado este país deverá importar aqueles bens cuja produção implicar um custo relativamente maior.

Deixando bem claro que não se trata de reduzir a importância do comércio mundial, mas sim de colocar as coisas em seus devidos lugares, pois, historicamente, foi o crescimento do comércio internacional que derivou do crescimento da economia, e não o contrário tendo como objetivo aplicar todo o conhecimento e ferramentas disponíveis visando transpor milhares de quilômetros por terra ou mar na busca dos melhores produtos, adquiri-los por quantias ínfimas e revende-los no mercado europeu por preços exorbitantes, garantindo assim uma alta lucratividade e a riqueza dos empreendedores da época. O conceito básico era identificar e fornecer produtos escassos e desejados pelo mercado, buscando-os onde fossem abundantes e pouco cobiçados. Nascia então o motor que poria em movimento uma reação em cadeia que se transformaria no comércio internacional que conhecemos hoje. A história contemplaria ainda inúmeros momentos marcantes que contribuiriam para a formação do comércio internacional, dentre eles o monopólio comercial ao qual se sujeitavam as colônias. A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817.

2. Determinação da taxa de câmbio

A determinação da taxa de câmbio pode ocorrer de dois modos: institucionalmente, através de decisão de autoridades econômicas com fixação periódica das taxas (taxas fixas de câmbio), ou através do funcionamento do mercado, onde as taxas flutuam automaticamente, em decorrência das pressões de oferta e demanda por divisas estrangeiras (taxas flutuantes).Ou seja é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional. A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação à outra. As cotações apresentam taxas para a compra e para a venda da moeda, as quais são referenciadas do ponto de vista do agente autorizado a operar no mercado de câmbio.

As operações de câmbio têm diferentes características, de acordo com a natureza de cada uma, com custos administrativos e financeiros também diversos. Assim, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação, etc. As taxas de câmbio divulgadas normalmente são médias apuradas para simples referência.

       Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessariamente em jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas. A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países. Exemplo: dólar pode custar 0,97 de real, 1 libra pode custar 1,27 real etc.

As principais teorias sobre a determinação das taxas de câmbio são as expressas por diversos tipos de modelos: o modelo de preços flexíveis, o modelo de preços rígidos, o modelo de equilíbrio de portfólio e o modelo monetário de diferencial de taxas de juros.

O modelo monetário de preços flexíveis apoia-se nas hipóteses da paridade do poder de compra (PPP) e da existência de demandas estáveis por moeda nas economias doméstica e externa. Entretanto, o enfoque monetário simplista de preços flexíveis não se ajusta aos fatos observados, por assumir a PPP na sua forma contínua. Nessas condições, a taxa de juros real não pode, por definição, variar. Uma tentativa de reabilitar o modelo monetário levou ao desenvolvimento de uma segunda geração de modelos monetários, começando com Dornbusch (1976). Trata-se do modelo monetário de preços rígidos , que aceita desvios tanto da taxa de câmbio nominal quanto da real, em relação aos níveis de equilíbrio da PPP, porque as variáveis voláteis do sistema – taxas de juros e câmbio – compensam a pouca mobilidade das outras variáveis, especialmente os preços dos bens.  

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