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A Beleza e o Bem estar .

Por:   •  4/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.045 Palavras (17 Páginas)  •  297 Visualizações

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1- INTRODUÇÃO

        

        Estamos inseridos em uma sociedade globalizada e desenvolvida em que, a cada dia mais, as pessoas preocupam-se em estar bem e sentir-se bem. Atualmente ouve-se muito falar em saúde, beleza, bem estar, vaidade e, com isso, as pessoas mudaram sua antiga visão e ampliaram seu conhecimento a respeito dessa abordagem.         

        Na realidade, um dos fatores que estão intrinsecamente influenciando esse comportamento, é o fato de que a indústria da beleza e do bem estar cresceu rápida e significativamente em nosso país. Ela não só simplesmente cresceu, ela segmentou seu mercado e abrangeu vários agrupamentos, quebrou os antigos paradigmas que antes diziam que essa abordagem era somente para público feminino e mostrou que esse é um bom investimento a se fazer.

        Além de alcançar altos retornos para as empresas que investem nesse mercado e garantirem o seu sucesso, as indústrias da beleza e do bem estar preocupam-se com a satisfação das necessidades do consumidor. Essas indústrias utilizam uma estratégia muito simples, porém, poucos sabem condizer com essa simplicidade. Investir em beleza e bem estar não é simplesmente abrir um salão ou uma academia, por exemplo. Para investir nesse ramo, as empresas assumem altos riscos, assim como em qualquer outra área. Proporcionar a busca do belo e da felicidade, o estar bem e sentir-se bem, o viver bem, é uma tarefa que necessariamente implica em preocupações para deixar nossos consumidores satisfeitos.

        O presente trabalho tem como principais objetivos descobrir a importância dessas indústrias para o mercado do consumidor e porque a cidade de Frutal - MG deve investir nessas abordagens, pois, ao que aparenta, Frutal - MG, por ser uma cidade pequena, localizada em uma região onde predominam como principais atividades econômicas a agricultura e pecuária, não possuí muitos lugares que atendam a esses requisitos.

        Portanto, as indústrias da beleza e do bem estar podem ser definidas como uma das melhores estratégias adotadas até hoje por empresas que estão dispostas a investir alto para alcançarem a máxima eficiência em seus processos e o máximo retorno desses investimentos. Com isso, elas contribuem gradativamente para o crescimento da economia do nosso país.         

2 - INDÚSTRIA DA BELEZA

2.1 - Conceito e Aspectos Históricos.

        A indústria da beleza surgiu há muito tempo e alguns sociólogos já tinham opiniões formadas a seu respeito desde a década 80. O "Self"- assunto super utilizado e evidenciado pelas pessoas que estão inseridas na mídia atual, já era fundamentado desde 1987 por Anthony Giddens. Podia ser definido naquela época como " a busca da auto identidade , ou seja, é produto de um projeto reflexivo e o indivíduo o principal responsável por ele. "(Giddens, 1987).  Hoje, porém, com o crescimento da indústria da beleza no nosso país, o "Self" estabelece uma relação psicológica, pois torna-se o escopo da vida pessoal e social.  O constante processo de redefinição do "Self" implica na construção de um estilo de vida no qual o corpo assume papel central. A vaidade, busca da aparência, status social, vestes, são algumas de suas principais características.

        Não podemos nos esquecer, também, que somos moldados todos os dias por uma sociedade que estabelece padrões. Continuamente, construímos nossas personalidades que são distintas, porém, todas estão inseridas no mesmo ambiente social. A busca da beleza nada mais é do que "um conjunto de pensamentos e ideias inconscientes que permitem vislumbrar características próprias que, quando evidenciadas fisicamente, nos distinguem dos demais" (Definição do grupo). Deste modo, a construção da aparência envolvendo adornos, posturas e modos de vestir  passa a depender cada vez mais das formas e volume corporais e torna-se elemento central no projeto reflexivo do "Self". Daí o evidente crescimento da indústria da beleza, que coloca o corpo como elemento central na busca de sentidos e referências mais estáveis, talvez por constituir-se, supostamente, em único domínio ainda controlável pelos indivíduos.

        Portanto, se partimos desse pressuposto de que o corpo configura-se como importante território de construção de identidades, apresenta-se dados relativos ao desempenho de setores econômicos ligados à indústria da beleza em busca dos contornos da materialidade do culto ao corpo, traço cultural que atravessa a sociedade

contemporânea como um todo e envolve um conjunto de técnicas, habilidades e consumo de bens materiais para sua realização.

2.2 - Aspectos Econômicos na atualidade.

        Partindo dos pressupostos acima descritos - procurando contribuir para a compreensão da relação entre economia e cultura - que propomos a presente reflexão, buscando apresentar a dimensão material de um dos traços culturais mais significativos da cultura contemporânea: a obsessão pela construção da aparência que se expressa na busca por um padrão corporal estabelecido socialmente. Para tanto, abordaremos a evolução do desempenho financeiro dos setores econômicos envolvidos com a produção da aparência.

        O Brasil é o terceiro mercado mundial de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, atrás apenas de Estados Unidos e Japão e à frente de gigantes como a China. Segundo os últimos dados disponíveis, o setor faturou 42 bilhões de dólares no país no ano passado, o que representa um crescimento de 87% desde 2011.

Nesse ritmo, o Brasil deve alcançar a vice-liderança no consumo mundial de cosméticos até 2017. Tudo isso torna o país um mercado decisivo para as maiores companhias de beleza do planeta, sobretudo em tempos de retração das economias americana e européia.

        O ritmo do crescimento nesse setor contribui muito para o desempenho mundial, tomando-se como referência, por exemplo, o ano de 2011, quando o setor no mundo todo cresceu 9,84%. Em volume de vendas, a alta foi de 4,2%. Foram comercializadas 1.258,3 milhão de toneladas em 2012, contra 1.207,6 milhão de toneladas registradas em 2011.

        Os números são tão altos, que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) já começou medir os números de inflação da famosa indústria da beleza. E, como não poderia deixar de ser, constatou que os custos e as despesas com produtos e serviços estão cada vez mais altos. Para se ter uma ideia, o mercado de beleza e cosméticos no nosso país cresce 13% ao ano.

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