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A História da Propaganda no Brasil

Por:   •  23/4/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.027 Palavras (13 Páginas)  •  357 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A propaganda está intimamente ligada a cultura e sociedade vigente. É

notável sua capacidade de ditar tendências de moda, consumo, de ampliar as

escalas de comunicação e implementar na população novos anseios de consumir,

transformando mensagens em vendas e lucro. A propaganda se estabelece nos

pilares do pensar, planejamento, comunicação e criação.

Com a emergência do consumo como fenômeno social, econômico e

cultural no Brasil e no mundo, a publicidade assumiu um papel de entender as

demandas dos espaços sociais e agir como narrativa de se concretizar a

linguagem, valores, imagens e símbolos, elaborando representações coletivas e

cotidianas, implicando os estilos de vida, os desejos e a subjetividade.

O presente trabalho trada de uma evolução história da publicidade e

propaganda no cenário brasileiro, permeando o início nos idos de 1808, com o

surgimento do primeiro jornal do país, após, a circulação das revistas, com

publicidades coloridas e maiores, seguidas pelas ondas das rádios. Nos anos

1950 surge o primeiro programa televisivo do Brasil, e com ele, é inaugurado a

possibilidade da publicidade audiovisual. Ao decorrer dos anos a televisão

também foi evoluindo, junto a música e ao cinema, novas tecnologias surgiram e o

país passou a mostrar destaque no cenário internacional com as agências

altamente criativas. Por fim, é apresentado perspectivas da publicidade para o

futuro, esse não estando muito distante, mas inovador.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1: 1808 – 1940: O início da propaganda no Brasil

A propaganda no Brasil teve seu início, quando, D. João VI decretou a

abertura dos portos, em 1808. O imperador e rei veio ao país fugido de Portugal,

e, após sua chegada, liberou a importação de qualquer mercadoria transportada

por navios portugueses ou estrangeiros em paz com a Coroa, favorecendo

principalmente os produtos ingleses, sendo assim, um ponto chave para o início

de como uma cultura exterior iria moldar a sociedade brasileira. (GRAF, 2003,

p.17).

Severino, Gomes e Vicentini (2012) apontam que em 1808, com o

surgimento do primeiro jornal, a Gazeta do Rio de Janeiro, a propaganda deixou

de ser boca-a- boca. O anúncio fundador dos classificados no país foi de um

imóvel; após, os anúncios se diversificavam conforme a sociedade escravocrata

progredia, com venda de escravos, carruagens e oferta de serviços.

Silva e Loutinho (2010) apontam que o objetivo inicial da Gazeta do Rio de

Janeiro era relatar os acontecimentos da Europa, e os anúncios retratavam a

linguagem cotidiana e dos vendedores ambulantes, com textos curtos,

informativos e ausência de ilustrações. Anos após, em 1860, outras formas de

publicidade surgiram, como Severino, Gomes e Vicentini (2012, p.3) afirmam, os

artigos se multiplicavam, assim como os serviços, e após a popularização do

jornal emergiram “cartazes, painéis pintados e panfletos avulsos, que eram

pregados em locais movimentados, como restaurantes e bares, ou entregues nas

ruas em locais comerciais”.

Nos anos 1900 as revistas começaram a circular no Brasil, sendo mais

voltadas para crônicas de problemas sociais, e dentro das revistas as

propagandas de páginas inteiras, com até duas cores, surgiram. Aucar, Rocha e

Pereira (2015, p.34) colocam que “Conhecidos caricaturistas, como Julião

Machado, Luiz Peixoto, K. Lixto, Vasco Lima, passam a desenhar para anúncios.

Aos poucos, as empresas começavam a se preocupar com a fixação de suas

marcas no imaginário do consumidor”.

Além dos cartunistas, os poetas, como Olavo Bilac e Casimiro de Abreu

passaram a desempenhar a função de redatores, fazendo publicidades com base

a uma poesia popular, utilizando rimas. Aucar, Rocha e Pereira (2015, p.34)

colocam que ‘o público considerava as rimas dos textos uma forma de lembrar

nomes e marcas. Casimiro de Abreu foi o primeiro a usar seus versos nos

anúncios e para o Café Fama escreveu “Ah! Venham fregueses! E venham

depressa. Que aqui não se prega. Nem logro, nem peça.”’.

A profissão de agenciador de anúncio, inicialmente interna, começa a

ganhar destaque dentro dos jornais e revistas. Severino, Gomes e Vicentini (2012,

p.4) apontam que o agente responsável pelas propagandas, sozinho ou associado

a um colega, “se transformaria em uma agência, uma empresa desenvolvida para

servir o jornal e a revista, naquilo que significasse propaganda, do anunciante ao

anúncio”.

Foi então que, em 1913, a primeira agência de publicidade surgiu,

chamando-se

...

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