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As Privatizações De Dilma Salvarão O Governo?

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Por:   •  30/9/2013  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  419 Visualizações

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As privatizações de Dilma salvarão o governo?

Everaldo Leite

Para garantir que os investimentos serão bem realizados, criaram mais uma estatal, a chamada Empresa de Planejamento e Logística, que vai “planejar” estradas, portos e aeroportos no Brasil

A ignorância completa sobre como lidar com o capitalismo e os seus ciclos tem levado a equipe econômica do governo Dilma, e outros crédulos úteis, a enfrentar a crise internacional com ferramentário totalmente equivocado. Claramente, isso ocorre por que essas autoridades notáveis acreditam que existem alternativas a serem consideradas, segundo a sua filosofia econômica, que não podem estar de acordo com o modo como o mercado e os agentes econômicos se comportam, mas sim em conformidade com suas convicções keynesiano-marxistas. É lógico que não poderiam agir de outra forma, já que o pensamento ou entendimento econômico que melhor se adequou à ideologia esquerdista já impregnada em outros setores do poder foi justamente esta. E, sejamos complacentes, não que não houvesse algo sério nos estudos que até hoje os fundamentam, mas o arcabouço teórico que ampara as suas práticas, como qualquer economista mais atento já verificou, há muito se mostrou insuficiente, ineficiente e assaz ingênuo. O resultado tem sido o mesmo do esperado quando um neurocirurgião resolve abrir a cabeça do paciente com um pé de cabra.

Mas porque Keynes e porque Marx? Ora, está evidente que os “pensadores” do governo, notadamente os que determinaram essa política econômica do país, não gostam de pensar pelos próprios meios — tendo de realizar cálculos microeconômicos ou discutir modelos econométricos antes de tomarem suas decisões públicas —, preferindo ou escolhendo copiar modelos e pensamentos

econômicos já prontos e acabados, mas especialmente, ideias que não necessitem de cálculos muito complicados. Marxistas, ao usar qualquer lógica, não chegam além do esquema de reprodução capitalista conhecido como “dinheiro-mercadoria-mais dinheiro” (D-M-D’, como expunha Marx), que quer dizer quase nada, quando muito que (heureca!) o empresário precisa de financiamento para utilizar fatores de produção na transformação de bens que serão vendidos no mercado, retornando ao capitalista em forma de mais dinheiro e lucros. Keynesianos, por sua vez, e como já estamos cansados de saber, acreditam no ativismo fiscal do governo, no intervencionismo e no protecionismo, preferencialmente sem precisar calcular em qualquer momento o impacto preponderante e os efeitos colaterais de suas iniciativas inoportunas. Sua única virtude — aliás, também improfícua — é compreender o funcionamento da economia no curto prazo, mas essencialmente se você estiver na década de 1930.

Na verdade, esse “keynesiano-marxismo” que defendem não pode ser aproveitado nem como monografia de graduação, muito menos como modelo para decisão. En-tretanto, os chefões do governo, a saber, a presidente Dilma, o ministro Mantega, Luciano Coutinho (BNDES) e o “muppet” Tombini (Banco Central), ao deliberarem acerca de política econômica ou política industrial, têm levado em consideração ou têm satisfeito as vaidades de um grupo de economistas (ou algo próximo disso) que vêm publicando e apresentando opiniões baseadas nesse tipo de pensamento desde a década de 1990, e agora cada vez mais com a ascensão dos petistas ao poder, se utilizando principalmente das edições do Ipea. As suas teses heterodoxas e populistas — travestidas de discernimento intelectual — estão quase todas concentradas na disposição do governo em interferir na economia interna com força extrema (mão pesada, mesmo), ou em qualquer ação que vá contra o livre-mercado, às privatizações e à globalização. Em suma, recomendam que o governo gaste mais do que se arrecada (ouça o Franklin Serrano, professor do IE da UFRJ); o protecionismo resoluto e o controle de capitais (leia os textos do economista João Sicsú, ex-chefe do setor de macroeconomia do Ipea); a intervenção ativa no câmbio (veja as defesas confusas do economista Oreiro, baseadas numa controversa desindustrialização); a ingerência irrestrita na economia (Marcio Pochman, Wilson Cano e diversos economistas originários da Unicamp); o déficit sistemático da previdência (escute o economista Paulo Passarinho); e a derradeira legitimação do socialismo como sistema de produção, substituindo o capitalismo (Leda Maria Paulani); dentre outras apologias desconfiáveis.

Pode-se dizer que essas pessoas perderam o raciocínio inicial que desembocou na construção científica da economia, abandonando as dimensões organicista (funções, circulação, fluxos), mecanicista (estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças, etc.) e do indivíduo (liberdade e desenvolvimento), para implementar suas utopias histórico-dialéticas cheias de coletivismo, igualitarismo e mediocridade. Pior, ao servirem de base teórica para as escolhas da equipe econômica, perpetraram uma confusão generalizada em toda a sociedade, que agora não sabe

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