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Comunicação Empresarial

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Por:   •  18/11/2014  •  1.625 Palavras (7 Páginas)  •  182 Visualizações

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Comunicar faz parte do cotidiano do ser humano, que influencia no processo de formação da sociedade e da identidade do indivíduo. Por meio das interações sociais se obtém a percepção de mundo, da sociedade e de homem; constroem-se valores, crenças e ideologias, que justificam os comportamentos e as escolhas que as pessoas fazem no dia-a-dia. “A comunicação, neste aspecto, é vista como um processo no qual se articulam sentidos, símbolos, significados culturais e sociais que promovem a interação entre as pessoas, entre as organizações, e do intercâmbio de diálogos que envolvem sujeitos ativos e contextos históricos e culturais de produção e difusão de mensagens. Pode-se pensar na comunicação como uma ligação que torna possível o relacionamento entre as pessoas, um fio condutor por onde se estabelecem relações sociais entre os homens e seja possível potencializar os relacionamentos humanos". (Kerbauy, 2010)

Nesta esfera, a comunicação em uma organização é elemento básico para sua sobrevivência, é por meio da comunicação organizacional que as empresas ou organizações transmitem informação e conhecimento e promovem a interação social e organizacional (Valentim; Zwaretch, 2006) que mediam seu cotidiano e impulsionam suas atividades, processos, funções e negócios. Concordamos com Valentim; Zwaretch,(2006, p. 55) ao afirmarem que “os fluxos informacionais ocorrem apoiados pela comunicação organizacional”. As autoras destacam o “ importante papel da comunicação nas questões informacionais do ambiente corporativo” (Valentim; Zwaretch,, 2006, p. 55). Por comunicação organizacional entendemos como “o processo, através do qual, os indivíduos da organização obtêm as informações pertinentes sobre ela e as mudanças que nela ocorrem, desempenhando a função de fonte de informação para os indivíduos da organização” (Valentim; Zwaretch,, 2006, p. 45). A comunicação organizacional é um processo contínuo em que palavras, signos e significados da organização e do ambiente corporativo são constantemente decodificados pelos indivíduos e ressignificados no espaço comunicacional da organização. Ao produzir novos conhecimentos os indivíduos estarão ressignificando informações que foram percebidas e incorporadas; intencionalmente organizadas gerando inovações, e transferidas e disponibilizadas por meio da comunicação organizacional eficiente.

Cabe, dessa forma, a comunicação organizacional criar e promover espaços dialógicos e informacionais para que os conhecimentos sejam socializados, incorporados, apropriados e traduzidos em inovação. Para Belluzzo e Cabresté (2008) o grande desafio está em justamente fazer com que informação e conhecimento se transformem em conhecimento novo e a sua aplicabilidade à inovação. Portanto, falamos aqui em uma comunicação com capacidade de compreender uma nova noção de informação em um ambiente em que as organizações de forma geral necessitam inovar para atenderem as novas exigências de uma era de mudanças paradigmáticas. Temos em Belluzzo e Cabestré que: “ a própria noção de informação não corresponde mais à simples idéia de notícia e incorpora várias concepções: informação de base (bancos de dados, acervos digitais, arquivos multimídias), informação cultural (filmes, vídeos, jornais, programas televisivos, livros etc.) e know-how (invenções, patentes, protótipos etc.)”. (Belluzzo e Cabresté, 2008, p. 143)

Ao se ampliar o escopo da informação as organizações deverão se estruturar para apreendê-lo e, a partir do uso inteligente das várias concepções de informação apresentadas por Belluzzo e Cabresté (2008), difundi-las e partilhá-las com diferentes stakeholders que participam do cotidiano organizacional por meio de uma comunicação eficiente. A eficiência comunicacional pode ser entendida como a capacidade de transmitir mensagens, que sejam apropriadas pelo receptor/usuário, com um significado mais próximo do objetivo previsto pelo emissor, pois a mensagem apropriada pelo receptor/usuário nem sempre é recebida com o significado que o emissor intenciona justamente pelas barreiras comunicacionais como: as mecânicas (falta de equipamentos, falhas, barulho do ambiente); a genética ou biológica (surdez, gagueira); as semânticas (linguagem inadequada) e as psicológicas (impacto da mensagem sobre valores e crenças individuais), mas também as barreiras administrativas (sistemas inadequados) e o excesso ou carências de informações que gerem cansaço ou dúvidas respectivamente (Rego, 1996; Kunsch, 2003).

Além dessas barreiras ainda podemos indicar que existem outras relacionadas a colaboradores mais intrínsecos às organizações. Pimenta (2009) ao citar Megginson (1998), aponta algumas delas, quais sejam:

- Níveis organizacionais: diz respeito à complexidade da estrutura organizacional. Quanto mais complexa esta estrutura mais possibilidade de distorção da mensagem poderá existir. Dessa forma, a organização e seus departamentos funcionam como filtros da comunicação que vão se modificando de acordo com seus movimentos – ascendentes e descendentes - na medida em que são decodificados em diferentes estágios e por diferentes públicos.

- Autoridade da administração: dependendo do tipo de administração a comunicação pode ser dificultada, pois existem controles e manipulações que são feitas pela administração das empresas para evitar tornarem-se vulneráveis aos diferentes desafios impostos no cotidiano empresarial. Por outro lado, essa comunicação sob controle poderá se tornar uma importante aliada para os administrados no sentido de harmonizar relações conflituosas.

- Especialização: a departamentalização por especialidades pode configurar-se em setores estanques, particularizados no interior das organizações. Dessa forma, as organizações poderão ser dividas em deferentes grupos com interesses, atitudes e comportamentos variados.

- Sobrecarga de informações: possuir informações de qualidade não implica, especificamente, em uma quantidade e um volume excessivo de informação. As informações estratégicas devem ser filtradas, selecionadas, analisadas e disseminadas nas organizações.

Essas características podem afetar os fluxos informacionais e comunicacionais das organizações porquanto comprometem a interface entre o que se emite e o que se decodifica e se interpreta da mensagem. Por fluxos informacionais entendemos ser o “ resultado da interação tanto formal quanto informal entre os setores e as pessoas de uma determinada organização” (Valentim; Zwaretch, 2006, p. 53). Enquanto que os fluxos de comunicação são movimentos simultâneos dentro da organização (Rego, 1986). No fluxo ascendente, por ser emanado dos colaboradores aos diretores

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