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O Dinheiro E Os Bancos

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Por:   •  13/3/2013  •  3.121 Palavras (13 Páginas)  •  958 Visualizações

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O que são os bancos?

Antes que as moedas e cédulas existissem, já havia algo parecido com os bancos atuais. Na Babilônia, uma das regiões mais ricas do antigo Oriente as pessoas iam aos templos para guardarem neles objetos de valor – metais preciosos, joias ou cereais, como a cevada e o trigo –, porque ali estariam seguros e ninguém poderia roubá-los.

Os sacerdotes não cobravam para cuidar desses bens, mas podiam emprestar uma parte deles para quem precisasse e, em troca, recebiam algum pagamento. Dessa forma, podia acontecer de algum agricultor que tinha terras muito boas, mas não tinha nenhum grão para plantar nelas, pegasse emprestado e após algum tempo, quando o agricultor colhia sua plantação, voltava ao templo e, além de devolver o que tomara emprestado, entregava ao sacerdote uma quantidade a mais, como pagamento pelo favor recebido.

Mais tarde, surgiu o dinheiro. As pessoas que o utilizavam na compra e na venda de mercadorias precisavam de maneiras e lugares seguros para guardá-lo. Então começaram a aparecer cambistas (pessoas que trocavam um tipo de moeda por outro) e prestamistas (pessoas que emprestavam dinheiro) gregos, romanos e árabes.

Posteriormente, na Idade Média, foi a vez de os ourives (pessoas que trabalhavam o ouro e outros metais preciosos) se encarregarem de trocar, emprestar e cuidar do dinheiro. Eram, em geral, homens de confiança, que guardavam em seus depósitos as riquezas de alguns clientes e as emprestavam a outros, cobrando por esses serviços.

Os ourives entregavam recibos às pessoas, com anotação da quantidade de dinheiro que elas lhes davam para guardar. Aconteceu que muitas daquelas pessoas, em vez de voltarem ao ourives para retirar o dinheiro, começaram a utilizar os recibos para fazer pagamentos. Assim surgiram as primeiras cédulas.

Com esse negócio de guardar, emprestar dinheiro e dar recibos, os ourives se tornaram os primeiros banqueiros, e suas oficinas (ateliês) começaram a ser chamadas de bancos.

Os bancos tornaram o comércio mais fácil e seguro, não só para os que moravam numa mesma cidade, mas também para aqueles que negociavam entre cidades e países diferentes.

Assim, um comerciante da Itália que tinha seu dinheiro em um banco que também funcionava na França (ou que tinha negócios com um banco francês), podia comprar mercadorias de um vendedor da França, por meio de um acordo entre os dois na qual o comprador só pagaria quando o papel que assinasse fosse entregue ao banco.

Os comerciantes gostaram muito dessa forma de fazer negócio, pois não tinham o trabalho de carregar dinheiro, e nem corriam o risco de serem roubados durante as viagens. Os banqueiros também gostaram, pois podiam cobrar pelos serviços prestados. E por isso as pessoas procuravam os bancos para fazer seus negócios. À medida que o comércio cresceu no mundo, os bancos também cresceram e se tornaram cada vez mais necessários.

Hoje, para todas as pessoas, é muito mais seguro e fácil guardar o dinheiro em um banco e retirá-lo ou fazer seus pagamentos utilizando cheques, cartões de crédito,caixas automáticos, fax, computadores e até telefone. Pode-se dizer que, no mundo todo, os grandes negócios são feitos por meio dos bancos.

É importante notar que por intermédio dos bancos modernos circula o dinheiro de um país.

Existe um grupo de pessoas que tem dinheiro e quer guardá-lo e outro grupo que precisa de dinheiro para investi-lo ou usá-lo em negócios, mesmo que se conhecessem, poderia não haver confiança entre as pessoas, a ponto de umas pedirem dinheiro emprestado às outras. Então, os bancos oferecem para aquelas que têm dinheiro uma forma segura de guardá-lo – uma conta de poupança, por exemplo – e lhes pagam juros ou rendimentos. E, às pessoas que precisam de dinheiro para investimentos, os bancos fazem lhes empréstimos e recebem juros pelo serviço.

Dessa maneira, os bancos movimentam o dinheiro. Usam as economias de uns para emprestar a outros.

Além do mais, acontece algo que pode parecer curioso: os bancos fazem com que o dinheiro se multiplique.

Quando as pessoas guardam seu dinheiro no banco, deixam-no depositado por algum tempo. Sabendo disso, os bancos só conservam em seus cofres uma pequena parte de tudo aquilo que recebem, para atender aos clientes que solicitarem alguma quantia. A outra parte, bem maior, é emprestada a outras pessoas. Com a diferença entre os juros que recebem das pessoas que tomam empréstimo e os juros que pagam às pessoas que guardam o dinheiro (em uma conta de poupança, por exemplo), os bancos pagam a seus empregados e obtêm seus lucros.

Por isso, muitos clientes dos bancos podem adquirir bens, como um carro ou uma casa, sem ter dinheiro na hora. Eles tomam dinheiro emprestado e assumem o compromisso de fazer o pagamento no futuro. Os bancos, por confiarem neles, garantem o negócio.

Tudo isso permite que dentro de um país circule maior quantidade de dinheiro para as indústrias e o comércio, que haja mais empregos e que todos possam ter uma vida melhor.

Entretanto, quando os donos dos bancos utilizam o dinheiro de forma errada, emprestam mais do que deveriam, emprestam para pessoas que fazem maus negócios ou gastam o dinheiro em beneficio próprio, os bancos podem entrar em falência, ou seja, ficar sem condições de funcionar, por não terem como pagar suas dívidas.

Essa situação prejudica a todos. Além de muita gente correr o risco de perder suas economias, também se perde a confiança nos bancos, circula menos dinheiro, o país fica mais pobre e aumenta a quantidade de pessoas desempregadas.

Para evitar que isso aconteça, existem leis para proteger aqueles que depositam seu dinheiro nos bancos e autoridades que fiscalizam o cumprimento dessas leis.

Como você pode perceber os bancos de hoje, além de servir para guardar dinheiro, são também muito importantes para o desenvolvimento da economia das nações e para o comércio entre elas.

Quando um país tem um sistema bancário que cuida e utiliza bem o dinheiro de seus clientes, cobrando preços justos por seus serviços e funcionando de acordo com suas necessidades, cresce a riqueza desse país e o bem estar de seu povo.

CURIOSIDADE

Bilhete: vem do francês billet e do latim billa, que quer dizer cédula, nota ou folha de papel. Era a denominação que se dava aos recibos emitidos pelos bancos a quem lhes entregasse ouro para guardar.

Banco: vem do alemão bank, que significa “banco de madeira”, usado por aqueles que se dedicavam ao ofício de trocar e emprestar dinheiro. A partir da Idade Média, começaram a se chamar assim as

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