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Produção Textual Individual

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Por:   •  28/10/2014  •  4.019 Palavras (17 Páginas)  •  260 Visualizações

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................................................................................3 DESENVOLVIMENTO......................................................................................8 CONCLUSÃO.................................................................................................11 REFERÊNCIAs.....................................................................................................15

INTRODUÇÃO "Minha terra tem palmeiras,/Onde canta o Sabiá;/As aves, que aqui gorjeiam,/Não gorjeiam como lá." (Gonçalves Dias, Canção do Exílio, 1843) O Presente trabalho tem como proposta principal a compreensão e a contextualização das estratégias organizacionais mediante a resolução de um estudo de caso. Com base no texto "Minha terra tem Palmeiras"_ trabalho resultante de uma parceria entre SEBRAE/MA, SEBRAE/MG, SEBRAE/RJ, PUC-Rio, IBMEC-RJ_ podemos observar que em um pequeno município do Maranhão, chamado Lago do Junco, o uso de plantas medicinais era muito usado pela população, pois lhes faltavam recursos financeiros e instituições médicas. O uso de plantas para a cura de doenças é uma prática tão antiga quanto a existência do homem e no município essa tradição era passada de mãe para filho. Com uma grande e diversificada flora, o Maranhão tem, entre as várias tradições de seu povo, especialmente os que vivem na zona rural, a prática do uso de plantas medicinais para o tratamento de várias doenças. Em Lago do Junco (cidade formada em 1961 e pertence à região dos cocais, está situada a 315km da capital São Luís; no ano 2000, segundo o IBGE sua população era de 9.211 pessoas sendo que destas aproximadamente 60% viviam na zona rural) essa prática se diferenciou por melhorar a qualidade de vida por meio da implantação do Horto e da Farmácia Fitoterápica. A vegetação predominante de Lago do Junco é a palmeira de babaçu, da qual podem ser produzidos telhados, óleo, sabonetes, cestos, esteiras, alimentos com propriedades medicinais, entre outros. A extração do babaçu representava para uma parcela considerável da população rural, uma das poucas fontes de renda. As quebradeiras de coco, que sempre fizeram parte da paisagem local, sempre foram guerreiras que lutavam pelo direito de trabalharem. Uma conquista muito importante foi a lei do "Babaçu livre", que deu à elas o direito de colherem o fruto do babaçu sem terem que pagar por isso. Outra conquista foi a criação da Cooperativa das Quebradeiras de Coco de Ludovico, onde produziam-se de forma artesanal sabonete e extraiam o óleo do babaçu que era vendido para a Indústria de cosméticos Body Shop, a qual comprava vinte e cinco por cento da produção e pagava o dobro do preço de mercado pelo litro de óleo. O óleo foi exportado; para todos os lugares onde houvesse uma Body Shop. A educação era bancada pela Prefeitura, porém não havia material didático para todo o ano letivo, o que acabava por dificultar tanto o aprendizado do aluno quanto o trabalho do professor. Havia apenas um curso profissionalizante de Magistério, o que não atendia a todas as necessidades e ao interesse dos alunos. A saúde sempre foi um indicador comprometedor do desempenho do município, já que o IDH (Índice de desenvolvimento Humano) era um dos mais baixos do estado. Em 1997, iniciou-se a reorganização dos serviços de saúde com a formação do Conselho Municipal de Saúde (CMS), criação do Fundo Municipal de Saúde (FMS) e programas voltados a saúde pública. Também existia o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), com 28 agentes comunitários atendendo 7025 pessoas, totalizando 72,87% das famílias do município. De um modo geral, todos usavam a medicação fitoterápica e grande parte possuía as plantas em casa. Essa era a realidade do município até 1999, quando foi instalado no município o DLIS (Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável ) que procurou valorizar a participação comunitária e estimulou o comprometimento dos moradores em relação ao desenvolvimento. Como resultado formou-se então o Fórum de Desenvolvimento Local do Lago do Junco, tendo como principais parceiros a Prefeitura Municipal, a Arquidiocese e as Lideranças locais. Com o diagnóstico socioeconômico realizado pelo Fórum do local, a diversificada flora fez com que ficasse definida a implantação de um horto e de um laboratório para a manipulação de fitoterápicos. Quando o programa comunidade ativa aportou na cidade, encontrou um terreno propício para desenvolver suas atividades e então o município foi um dos cinco municípios maranhenses escolhido para realizar a experiência piloto do DLIS. Com o propósito de sensibilizar a comunidade com a questão do desenvolvimento sustentável e conquistar seu comprometimento, a equipe do DLIS juntamente com a Prefeitura e Lideranças comunitárias realizaram seminários. A partir daí, as ações partiram da própria comunidade, por meio do fórum, que organizada, passou a dividir tarefas e agir firmando parcerias e desenvolvendo atividades econômicas sustentáveis melhorando a qualidade de vida de todos.

O próximo passo foi capacitar os membros deste Fórum. O SEBRAE ofertou aos participantes dois cursos, reforçando a capacidade de liderança, estimulando a capacidade empreendedora, o trabalho em equipe e o conhecimento da realidade local. Fazer acontecer um lugar depende muito do potencial da localidade e da força impulsionadora de seu povo. Foram realizadas oficinas de capacitação específica, para a execução seguintes atividades: · Implantação do horto medicinal com 30 canteiros para produção de massa verde, construídos em sistema de mutirão pelos agentes se saúde. · Implantação da farmácia. · Construção do fluxo do processo produtivo de forma operacional e participativa. · Capacitação de 30 agentes de saúde em controle de qualidade dos medicamentos fitoterápicos. · Definição e implantação da estrutura organizacional da farmácia verde de forma participativa. · Sensibilização dos agentes de saúde na identificação de potencial local para o desenvolvimento de produção de matéria-prima complementar, através da articulação de parceiros. O SEBRAE, a Prefeitura Municipal e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), celebraram um convênio para o desenvolvimento da ação, viabilizando estágios para estudantes de Farmácia e Agronomia, que funcionavam como multiplicadores das técnicas de cultivo e fabricação dos remédios. A ação teve início com a capacitação de 30 agentes de saúde, em cultivo e coleta, além de secagem e manipulação de plantas medicinais, sob a responsabilidade da UFMA. Durante o processo de capacitação dos Agentes de Saúde, surgiu a idéia de comercializar os medicamentos e utilizá-los como forma preventiva de doenças por meio da ação dos Agentes

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