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Terceirização

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Por:   •  7/10/2014  •  Trabalho acadêmico  •  5.523 Palavras (23 Páginas)  •  192 Visualizações

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SUMÁRIO

TERCEIRIZAÇÃO

I – Considerações Iniciais

II – Conceitos de Tercerização

• Segundo Anita Kon

• Segundo Sergio P. Martins

• Segundo Carlos Alberto Ramos Soares de Moraes

• Segundo Ciro Pereira da Silva

• Segundo Mauricio Godinho Delgado

• Segundo Rodrigo Lacerda Carelli

• Segundo o livro do SEBRAE “ Comece Certo Pousada”

• Segundo Giovanna Lima Colombo

III – A História da terceirização

• Segundo Anita Kon

• Segundo Sergio P. Martins

IV – Terceirização como Estratégia Competitiva

V – Atividades que podem ser terceirizadas

VI – Riscos da terceirização

VII – Vantagens e Desvantagens de Terceirização

VIII – Referências Bibliográficas

TERCEIRIZAÇÃO

III – História da Terceirização

A origem da terceirização deu-se nos Estados Unidos logo após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, pois as indústrias bélicas tinham que concentrar seus esforços no desenvolvimento da produção de armamentos e passaram a delegar algumas atividades a empresas prestadoras de serviço. Porém, a idéia de subcontratação explícita no conceito não é recente, trata-se de uma realidade histórico-cultural, que deve ser estudada de acordo com a noção de seu desenvolvimento dinâmico no transcurso do tempo. Para Sergio Pinto Martins a Terceirização surge a partir do momento que a desemprego na sociedade.

Segundo Anita Kon, a Terceirização possuí raízes medievais que se expandiram em regiões da Europa a partir do século XVI, por meio da ruralização da indústria de tecidos de lã. Época de crescentes mudanças no mercado onde os preços competitivos levam as empresas à utilização do trabalhador rural.

Na Idade Moderna, a subcontratação, era estabelecida por meio de um arranjo no qual empregador-mercador estabelecia um acordo para pagamento por peça de um volume de produção, sendo os processos de trabalho e os equipamentos responsabilidade do trabalhador ou grupo de trabalhadores. O empregador era apenas o proprietário da matéria-prima que muitas vezes alugava instrumentos de trabalho a trabalhadores sem capital.

Na Inglaterra, no século XIX, a subcontratação de grupos de trabalhadores era comum para evitar as despesas de continuidade do emprego e da infra-estrutura e de controle interno à empresa em momentos de persistentes incertezas do mercado e de pressões competitivas, diminuindo o risco econômico.

Nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial, ressurgiram novas de subcontratação associadas ao desenvolvimento tecnológico, que criou condições para a produção em pequena escala e para a subcontratação continuada.

Segundo Schimitz, a introdução da microeletrônica em setores da indústria, a qual resultou em redução da escala ótima de pro¬dução, levou com freqüência à descentralização da produção na forma de subcontratação ou trabalho externo, reduzindo os custos do capital e au¬mentando a flexibilidade. As formas históricas de sub¬contratação podem ressurgir com o apoio da tecnologia de informação e os arranjos contratuais se estendem para a burocracia, ou seja, para serviços de escritórios e gerência.

Na Itália, desde a década de 1970, as grandes empresas têm reduzido o tama¬nho de suas plantas, descentralizado a produção para as pequenas empresas, oficinas artesanais e traba¬lhadores externos no domicílio. Observa-se, então, um aumento considerá¬vel no emprego em unidades de produção pequenas. Assim como no Japão pequenas firmas fornecedoras de grandes empresas foram estimu¬ladas a aumentar a inovação tecnológica e a se conectar às grandes por meios eletrônicos, para aumentar o controle sobre a produção, segundo Macedo, 2000.

No Brasil a noção da terceirização foi trazida por multinacionais na década de cinqüenta, pelo interesse que tinham em se preocupar apenas com a essência do seu negócio. A indústria automobilística é exemplo de terceirização, ao contratar a prestação de serviços de ter¬ceiros para a produção de componentes do automóvel, reunindo pe¬ças fabricadas por aqueles e procedendo a montagem final do veículo. As empresas que têm por atividade a limpeza e conservação também são consideradas pioneiras na terceirização no Brasil, pois existem desde aproximadamente 1967.

Verificava-se em 1973 no Brasil que a locação de mão-de-obra vinha se tomando freqüente, sendo que havia mais de 50.000 traba¬lhadores nessas condições na cidade de São Paulo, que prestavam serviços a 10.000 empresas . Em termos legais foi nesse contexto que surge a primeira norma que efetivamente tratou de terceirização - embora não com esse nome -, a Lei n. 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que regulou a pratica do trabalho temporário, que já era utilizado em larga escala no mercado antes da edição daquela regra legal, porém sem qual¬quer normatização. O objetivo da lei era regular o trabalho temporário - e não fazer concorrência com o tra¬balho permanente - principalmente porque certos trabalhadores não tinham interesse ou não podiam trabalhar permanentemente, como o estudante; o jovem em idade de prestação de serviço militar; as donas de casa, que não tinham tempo integral para se dedicarem ao trabalho, mas apenas a urna parte dele, em função de seus encargos domésticos; os aposentados, que não queriam ter emprego permanente e até mesmo para aqueles que não se decidiram a qual profissão iriam se dedicar.

Nos anos 90 época de reengenharia, as empresas, a fim de baratear custos, tiveram que verificar exatamente o que é sua atividade-fim e o que é sua atividade-meio. A maioria das empresas começou a terceirizar escolhendo as áreas mais simples como serviços gerais ou segurança.

Neste

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