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Vida E Obra De Taylor

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Por:   •  14/4/2014  •  2.819 Palavras (12 Páginas)  •  964 Visualizações

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VIDA E OBRA DE TAYLOR

Este livro é dessas obras que devem ser lidas e

meditadas. Urgia, assim, que fosse publicado em

português, a fim de se tornarem mais difundidas e

acessíveis as famosas idéias que contém. Eis,

portanto, a presente tradução, que visa a preencher

uma lacuna de há muito deplorada.

Hoje, não condensa este volume somente as

valiosas observações e experiências reunidas por seu

autor, durante trinta anos. Representa também, pelo

renome que alcançou, um marco crucial na evolução

das idéias sobre a produção, riqueza e relações

harmônicas entre empregadores e empregados. Os

princípios, que desenvolve, têm sido divulgados e discutidos em todo o mundo e

continuam, com a força sugestiva das idéias precursoras, a despertar interesses

pelos problemas ligados à vida e ao conforto dos que trabalham.

Frederick Winslow Taylor foi o iniciador da eficiência industrial, sendo chamado,

com inteira justiça, o “Pai da Organização Científica do Trabalho”. Contribuiu de

forma eficaz para o desenvolvimento industrial do século XX.

Aqui vamos contar a história de sua vida, o significado de seus trabalhos e

invenções e expor, em linhas gerais, o conteúdo de suas obras.

Frederick Winslow Taylor nasceu em Germantown, subúrbio de Filadélfia,

Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, no dia 20 de março de 1856. Era

“bem nascido”, no mais elevado sentido da expressão: seus antepassados eram

“quakers” ingleses, e sua mãe descendia de uma família puritana, de sobrenome

Spooner, que chegou à América no “Mayflower”.

A família de Taylor pertencia à classe média; não era rica nem pobre: sua

situação financeira era razoável, a ponto de permitir a passagem do jovem Fred

por alguns colégios dos Estados Unidos. Matriculou-se na “Philips Exeter

Academy”, onde se preparou para o exame de vestibular, pois era desejo dos

seus que fosse a Boston para se formar em Leis, na Universidade de Harvard.

Alguns biógrafos afirmam que Taylor era tão estudioso que não pôde realizar a

sua ambição de tornar-se advogado, por haver arruinado a vista nos estudos. Mas

parece que seus preparativos não foram brilhantes e que, por uma ou por outra

razão, abandonou os livros aos dezoito anos. Obrigado a desistir da idéia de

estudar, aos 18 anos entrou para uma oficina mecânica, perto de sua casa, onde,

como aprendiz, trabalhou em máquinas-ferramentas e na fabricação de modelos.

Certa vez ficou o rapaz muito impressionado com um comentário que lhe fizera

o velho dono das famosas Oficinas Sharpe, ao perguntar-lhe qual a idéia que fazia

do êxito.

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— Quero ser mecânico e ganhar dez cêntimos por dia!

Ao que Sharpe lhe respondeu:

— Esta não é uma meta suficiente. Quando eu tinha a tua idade, decidi que

aprenderia a trabalhar um pouco mais cuidadosamente que os outros e que

cada ano faria o trabalho melhor que no anterior.

A aprendizagem de Taylor havia terminado justamente no final de um longo

período depressivo que se segui ao pânico de 1873; os negócios estavam muito

difíceis naquela época, sendo impossível a muitos mecânicos obter serviço. Por

esse motivo, foi obrigado a começar como operário, e não como mecânico,

quando, em 1878, aos vinte e dois anos, conseguiu emprego nas oficinas de

construção de máquinas Midvale Steel Company.

Mas a sorte favoreceu-o: pouco depois, o contador da firma, por motivo de furto,

foi despedido. Dado o seu preparo, no curso que fizera no colégio, foi chamado a

ocupar o cargo, provisoriamente, e depois em caráter definitivo. Pouco depois

colocaram-no como torneiro, em vista de apresentar maior rendimento do que os

companheiros. Alguns meses depois, era-lhe confiado o lugar de mestre dos

tornos. Nesse posto destacou-se rapidamente, graças à sua vontade de trabalhar

fora de hora e aos cuidados que dispensava às máquinas. Três anos trabalhou

sob as ordens de William Sellers, engenheiro de grande fama. Certo dia

aproximou-se dele para se queixar de certo encarregado de mau gênio que o

havia tratado mal. Contou-lhe as mágoas com riqueza de detalhes. Depois de

ouvi-lo atentamente, o engenheiro respondeu:

— Sabes que, contando-me isto, dás-me a impressão de que ainda tens muito a

aprender? Antes de chegares à minha idade, perceberás que te toca engolir

muitas asneiras. Continuarás a engoli-las, até que fiques realmente saturado.

O jovem Taylor tomou essa resposta muito a sério e decidiu não debilitar seu

caráter

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