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Yi Trc5rvty Ytvt Vtvt

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Por:   •  7/10/2014  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  394 Visualizações

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Uihvuyryuv 7 Rousseau e sua obra: Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens

Na sua obra Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Rousseau descreve a constituição do homem e sua degeneração na sociedade.

Rousseau era contrário ao luxo e a vida mundana, para ele o grande mal dos tempos modernos era a civilização burguesa, com hábitos de luxo e de criação de desejos artificiais. Sua visão a respeito da burguesia era por que ele fazia parte desse meio social, daí que surgiram suas críticas. Em seu Discurso, defendeu a tese da bondade natural dos homens que estavam pervertidos pela civilização. Defendia também que tudo é de todos, podendo um homem usufruir de uma terra apenas para plantar o necessário para a sua subsistência. Refere-se a uma época primitiva em que o homem vivia feliz. Foi a sociedade que o tornou escravo e mau, ele dizia: “o homem é bom por natureza, é a sociedade que o corrompe”.

A época do estado de natureza terminou devido ao progresso da civilização, a divisão do trabalho, a propriedade privada, criando diferenças irremediáveis entre ricos e pobres, poderosos e fracos.

Rousseau fala que “se pudesse escolher onde nascer, escolheria um lugar onde o amor entre os cidadãos fosse maior que o amor à pátria”. A alma humana é moldada nas vivências. Ela está irreconhecível, depois de ter sido influenciada de todas as formas por conhecimentos, erros e pelo impacto das paixões. Deus criou a alma com majestosa simplicidade. O desejo de autoconhecimento vem do homem, o civilizado, que acaba por ignorar-se (Rousseau, biografia, p.1).

Para entendermos a origem da desigualdade entre os homens, nada mais certo que primeiramente entendermos a origem do homem, como pressupõe Rousseau. Não há duas origens do homem, mas há duas origens da desigualdade, portanto, não podemos confundi-las. Em Rousseau a natureza é anterior à sociedade, logo, só há originariamente um homem, o homem natural, o qual pode degenerar para tornar-se o homem civil, sem deixar de ser homem. Já a desigualdade, pode ser ou natural (física), como a da idade, aquela que uma vez estabelecida pela natureza, não pode ser anulada nem transformada ou moral (política), como a de dinheiro, originada pela convenção social, podendo ser anulada e transformada.

Parece que a principal preocupação de Rousseau na elaboração do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens é demonstrar como o direito natural foi submetido à lei civil que teve como substrato principal a violência legitimada pelo engano e ingenuidade do povo ao entregar-se aos ricos e poderosos, em troca de uma suposta segurança, na qual foi garantida se os subordinados entregassem sua liberdade – até porque ela ficaria de certa forma restrita com o surgimento da sociedade civil, os homens não seriam livres tanto quanto antes – e concedessem sua obediência. Os povos instituíram chefes para assegurar a liberdade, para escapar da escravidão, e não o contrário.

A sociedade civil começou com a propriedade. O progresso e a indústria evoluíram com o tempo, pondo fim aos últimos estágios do estado de natureza.

A desigualdade está ligada ao surgimento da propriedade. Mesmo trabalhando tanto quanto o outro, um tem de sofrer, ser escravo do outro. É com a desigualdade que vem um estado de guerra, de todos contra todos, até por que ninguém mais ajuda os outros, apenas fazem o que é de interesse próprio. Para se desvencilhar disso, os vizinhos de uma área precisaram entrar num acordo, estabelecer um contrato. Rousseau tem uma visão negativa a respeito disso, pois o resultado final vai ser favorecer apenas aos ricos, poderosos, senhores de terra, os capitalistas por assim dizer. As sociedades se multiplicaram rapidamente. Esse suposto acordo não impediu os massacres, as desordens, os preconceitos. O principal direito do homem é a liberdade. Os pobres só têm a perdê-la, ou melhor, pode-se dizer que são escravos.

Tendo como pressuposto fundamental a ideia do “isto é meu”, a instituição da propriedade representa efetivamente a passagem da ordem natural para a formação da sociedade civil. O “isto é meu”, além de identificar a posse de algo a alguém, identifica também a acomodação daqueles que permitiram a violação do estado natural com a instituição da propriedade (DA SILVA, p.1, 2010).

Destaca Rousseau em sua obra Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens:

O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado o terreno lembrou-se de dizer “isto é meu” e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não poupariam o gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado aos seus semelhantes: “evitai ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém” (ROUSSEAU, 1983a, p. 259).

A propriedade é entendida por Rousseau da seguinte forma: alguém que diz que tem algo, e esse algo é delimitado, ou seja, pedaço de terra. Nesse pedaço de terra é que são exercidas todas as atividades necessárias para satisfazer

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