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A História das Relações Internacionais Contemporâneas

Por:   •  8/11/2017  •  Ensaio  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  310 Visualizações

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História das Relações Internacionais Contemporâneas

Como a assinatura do Tratado de Versalhes impactou a economia da Europa

Neste ensaio, pretendo fazer um breve panorama da situação econômica da Europa, baseando-me nas ideias de John Meyard Keynes, antes da assinatura do Tratado de Versalhes; explicar o que representou o Tratado e em que contexto o mesmo surgiu; e, por fim, explicar como o Tratado impactou a economia do Velho Continente.

Antes da Primeira Guerra Mundial, a instabilidade na vida econômica da Europa se norteava em quatro elementos principais: a sua população, a forma de organização da sociedade, a psicologia social e a relação que se estabelecia com o Novo Mundo, em especial com os Estados Unidos. Os dois primeiros pontos são de maior importância para o entendimento da ordem econômica. Inicialmente, então, é fundamental perceber que o desenvolvimento econômico da Alemanha, que passou de uma nação agrícola para uma nação industrial, foi de grande importância para a transformação da Europa Central. Os alemães fortaleceram o comércio ultramarino, a exploração e exportação de ferro e carvão, o potencial militar e industrial do seu território e de países vizinhos.

A organização da sociedade europeia nos anos de 1890 dependia majoritariamente da Alemanha. O país crescia em ritmos extraordinários, estabelecendo uma ordem industrial que incluía diversos países (como Rússia, Noruega, Suíça, Áustria, etc), era mercado consumidor de nações vizinhas, inclusive um dos maiores parceiros comerciais da Inglaterra. Assim, a Alemanha se mostrava como uma das maiores potências europeias, tendo influência direta tanto na organização econômica quanto social de vários países.

Com o final da Primeira Guerra, que durou de 1914 à 1918, houve a Conferência de Paris, que beneficiava em suas decisões os países da Tríplice Entente (Inglaterra, França, Estados Unidos e Itália). Ao meu ver a Conferência é muito falha ao não mostrar nenhuma preocupação com o bem estar social do continente europeu, solidariedade econômica entre os países ou estabilidade aos que estiveram em guerra; os representantes ali presentes discutiam questões como expansões territoriais, equilíbrio de poder e vingança contra os perdedores. Assuntos como a reconstrução das nações, os meios de subsistência da população e outras de cunho social, não eram de interesse primordial. Assim, como resultado da Conferência de Paris, foi assinado o Tratado de Versalhes, em 1919, um contrato de aceitação da Alemanha (país perdedor) às exigências de quem a havia derrotado.

A influência da Alemanha nos arranjos social e econômico é completamente eliminada com o Tratado. Os países da Entente confiscaram todo o capital alemão, toda a sua frota naval e militar, não respeitaram acordos que favoreciam a Alemanha, exigiam pagamentos de reparações absurdas e tomaram territórios importantes para a nação industrial germânica, como a Alta Silésia e o Sarre, onde se encontravam minas de carvão utilizadas para a extradição e importação dessa matéria prima. Uma crítica que tenho a fazer, em concordância com Keynes, é que de pouco adiantava os países vencedores tomarem essas áreas de produção do carvão, uma vez que por exemplo, a França, principal beneficiada pelo reordenamento territorial que se fez presente, não dispunha de mão de obra e de parque industrial para a siderurgia. Ademais, os arranjos do Tratado não atrapalhavam só o desenvolvimento alemão, uma vez que a nação era uma das maiores potências centrais e diversos países tiveram avanço e progresso concomitantes com os da Alemanha.

A Europa pós Primeira Guerra e pós arranjos de Versalhes é totalmente insuficiente. Não havia produção satisfatória de alimentos, dado que a manufatura agrícola diminuiu em 40 por cento; o fluxo de fornecimento e comercialização do carvão e ferro caí em trinta por cento, o que gera queda de sua produtividade, baixa de exportação de produtos de suprimento, destruição do seus sistemas de transporte e transformação das matérias primas.

A classe capitalista, antes poderosa, mostrava-se totalmente debilitada. Os números de desemprego aumentavam cada vez mais, o sistema monetário não era estável e a inflação cresceu bastante. A principal causa inflacionária era a emissão de papel moeda, uma decisão muito mal elaborada pelos países numa tentativa de pagar os gastos públicos e tocar a economia. Uma vez que o número de cédulas expandia dentro do sistema financeiro, o preço dos produtos aumentava a níveis que só os poucos ricos podiam pagar, o governo não conseguia interferir na regulamentação dos preços e o dinheiro

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