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Contextualização das relações econômicas internacionais do México

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Por:   •  6/10/2014  •  Tese  •  1.267 Palavras (6 Páginas)  •  263 Visualizações

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Barreiras técnicas ao comercio no âmbito das negociações do Acordo Estratégico de Integração Econômica Brasil – México.

Brasil e México se destacam como as duas principais economias da América Latina, ocupando respectivamente a nona e a decima quarta posições em termos do produto interno bruno em 2010, na lista do Fundo Monetário Internacional. Ambas tem participação ativa no G-20 Financeiro e no G-20 dos países em desenvolvimento.

No continente americano o México esta entre os três membros do Tratado Norte- Americano de Livre Comercio (NAFTA), ao lado dos EUA e do Canadá, enquanto que o Brasil se destaca como potencia regional da América do Sul, liderando, a um só tempo o Mercosul e a Unasul. Desde o final de 2008, em meio a crise econômica dos EUA, as duas potencias iniciaram um processo de aproximação, tendo como objetivo comum, obter maior integração da América Latina. As relações entre o Brasil e o México visando a assinatura do Acordo Estratégico de Integração Econômica, impacta positivamente não só o relacionamento bilateral mas também o desenvolvimento da América Latina. O estudo visa a subsidiar as negociações sobre Barreiras Técnicas ao Comercio( TVT), um tema essencial e sempre presente no estabelecimento de acordos regionais.

Contextualização das relações econômicas internacionais do México.

A partir da década de 1930 o México adotou uma politica de industrialização substitutiva das importações. Essa iniciativa enquadra-se em uma estratégia nacionalista, que visava o desenvolvimento do país. Como por exemplo, a nacionalização da indústria de petróleo em 1938 por Lázaro Cárdenas. Vale ressaltar que esse enfoque mais nacionalista foi possibilitado pela conjuntura internacional as vésperas da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Da década de 1940 a década de 1970, o México passou por um período de significativo crescimento econômico, se tornando autossuficientes em vários bens de consumo. A partir da década de 1970 o aumento dos gastos fiscais e a crise do petróleo elevaram a inflação e desequilibraram a balança de pagamentos. Como consequência o governo mexicano uma significativa desvalorização do peso (moeda utilizada). A situação do México continuou a deteriorar-se, culminando na crise de 1980.

A crise econômica que se iniciou no México espraiou-se para os demais países Latino-americanos, tornando os anos 1980 conhecidos como a ”década perdida”. Inflação, baixo crescimento ou recessão e dificuldades crescentes de honrar os compromissos externos caracterizaram o período. No México em decorrência da crise, observa-se o inicio da abertura comercial do país durante a presidência de Miguel de La Madrid. Esse quadro começa a ser alterado em 1983, mediante a realização de uma abertura unilateral, acabando com as autorizações previas para a importação.

Em 1986, dando continuidade ao seu programa de liberação comercial, o México aderiu ao GATT (acordo geral sobre tarifas e comercio). Em contraste com o Brasil, que foi um dos signatários do GATT em 1947, o México levou quase 40 anos para integrar ao acordo. Até o presente, essas negociações resultaram na assinatura de 11 acordos comerciais envolvendo mais de 40 nações. A experiência acumulada ao longo dessas negociações levou o México a formar uma equipe de negociadores comerciais de alto nível.

Firmado em 1994, o NAFTA visava a promover profunda liberalização do comercio e dos investimentos entre o México, os EUA e o Canadá. O NAFTA foi o primeiro grande acordo comercial entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estão inclusas clausulas trabalhistas e ambientais, Proteção da propriedade intelectual e um mecanismo de resolução de disputas, o que lhe tornou diferente de outros arranjos de livre comércio. Entre os 11 acordos comerciais firmados até agora pelo México, o NAFTA foi o mais importante para o país servindo como base para a negociação dos demais acordos.

O impacto do NAFTA sobre o México, revela dois lados : por um lado o país ampliou significamente o valor de suas exportações notadamente para os EUA, e por outro lado, a ampliação do comercio exterior não obteve um aumento significativo do crescimento econômico do país, capaz de acompanhar o aumento da demanda de emprego. Além disso, a abertura do México em relação a importação de produtos agrícolas exerceu um impacto bastante negativo sobre o meio rural mexicano. Incapaz de competir com os EUA no seu próprio mercado interno, o México passou a importar milho, uma das bases de sua alimentação, do vizinho. Isso aumentou de mexicanos dispostos a imigrar para os EUA. Outra consequência negativa da adesão do México ao NAFTA foi o aumento da dependência econômica do pais em relação aos EUA, 80% das exportações do México vão para os EUA.

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