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Departamento de Relações Internacionais Graduação em Relações Internacionais

Por:   •  23/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.261 Palavras (6 Páginas)  •  220 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Departamento de Relações Internacionais

Graduação em Relações Internacionais

Laura Mattar Notini

Trabalho Temático Relações Internacionais

Belo Horizonte

2020

FUNDAMENTALISMO

Estamos vivendo em um momento em que há um grande processo de explosão informacional das novas tecnologias e novas formas de informação e comunicação, sendo um mundo globalizado. Desta forma somos afetados por crises econômicos, e pelas transformações radicais no modo de trabalho, buscando sempre uma nova identidade e um significado para se construir uma cidadania. Identidade então é a fonte de significado e experiência do povo, não conseguimos compreender e conhecer o outro se não estabelecermos primeiramente o autoconhecimento, que é uma construção de necessidade, para se conhecer algo, conforme palavras de Calhoun no texto de Castells. Podendo muitas vezes ser estabelecidas por identidades múltiplas que são atributos inter relacionados, que estabelecem sobre outras fontes de significa.

Em contrapartida, ressalta o surgimento de uma onda poderosa de identidade coletiva que desafia a globalização e o cosmopolitismo em função da singularidade cultural e autocontrole individual. Nesse sentido, o autor fundamenta a discussão nos movimentos sociais e na polÌtica, como resultantes da interação entre a globalização, induzida pela tecnologia, o poder da identidade e as instituições do Estado. Informando que a sociedade é conectada pela convergência de telecomunicações, computadores e redes.

Já no texto do Hall, a questão de identidade é o principal foco, em que as “velhas identidades” que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, criando identidades do passado, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, sendo visto como um sujeito unificado. A assim chamada “crise de identidade” é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e acaba influenciando as maneiras de compreender os sujeitos e suas culturas, de uma visão estável no mundo social. O autor também amplia a compreensão de hibridismo, sinalizando que as identidades culturais são híbridas, ou seja, movidas por mudanças, encontros e desencontros. Dessa forma, reforça seu entendimento em torno da identidade, alegando que não é possível afirmar que temos uma “identidade”, mas que somos compostos por uma identificação, passível de mudança e transformação.

Contudo, Hall sugere uma nova maneira de trabalharmos com a temática, percebendo que toda identidade é móvel e pode ser redirecionada, indicando a possibilidade de utilizarmos o termo identificação ou a expressão processo identitário para compreender de maneira mais significativa as representações que formam (e transformam) as culturas, os sujeitos e os espaços ou seja, uma vez que defende que nenhuma identidade é fixa ou imóvel, acabamos não sendo capazes de encontrar verdades absolutas sobre as identidades. Somos constituídos por representações, sendo essencial compreendermos o mundo por esse olhar, em que as mudanças acontecem, as culturas se misturam e as certezas são inconstantes.

No texto, Castells examina as duas grandes tendências conflitantes que moldam a sociedade da informação: a globalização e a identidade. Estuda a sociedade em rede, no âmbito da revolução tecnológica e informacional e da nova economia, analisando as caracterÌsticas como globalização, instabilidade de emprego, individualidade de mão de obra entre outras coisas. Hall em seu texto, faz uma análise do descentramento do Ocidente. Nas palavras do autor: "a globalização não parece estar produzindo nem o triunfo do global nem a persistência, em sua velha forma nacionalista, do local. Os deslocamentos ou os desvios da globalização mostram-se, afinal, mais variados e mais contraditórios do que sugerem seus protagonistas ou seus oponentes" (página 97).

No capítulo ParaÌsos comunais: identidade e significado na sociedade em rede, existem muitas definições de o que é identidade e como é formada, fazendo o processo de construção de significado com base em um atributo cultural. Conjuntos de atributos culturais inter relacionados geram outras fontes de significado. Tendo o principal enfoque na identidade coletiva, contudo todas as identidades são construídas.

Todavia, Castells estuda os tipos de identidades relacionadas ao contexto específico do surgimento da sociedade em rede e examina os processos fundamentais para a construção de uma identidade coletiva. Assim, discorre sobre o fundamentalismo religioso, o nacionalismo, a identidade Ètnica, a identidade territorial e apresenta linhas de questionamento resultantes de processos contemporâneos de (re)construção de identidade com base na resistência comunal. Conclui que esses processos são reações defensivas a três ameaças da sociedade neste fim de milênio: à globalização; à formação de redes e à flexibilidade; e à crise da família patriarcal.

É uma escolha do ser humano adotar e procurar consolo em algo que pense que o fará se sentir melhor, neste exemplo temos a religião. O fundamentalismo religioso é uma das

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