Fiocruz- Cooperações Internacionais e Orientações Estratégicas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

JULIA FERREIRA DE JESUS

FIOCRUZ- COOPERAÇÕES INTERNACIONAIS E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS

DOURADOS

2016

JULIA FERREIRA DE JESUS

FIOCRUZ-COOPERAÇÕES INTERNACIONAIS E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS

Trabalho final para conclusão da matéria Temas em Relações Internacionais apresentado pela aluna da VI Turma de Relações Internacionais da Universidade Federal da Grande Dourados.

Professor: Dr. Márcio Scherma

DOURADOS

2016

Introdução

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nasce em 25 de maio de 1900 com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na bucólica fazenda de Manguinhos. Seu primeiro objetivo era desenvolver uma vacina contra a peste bubônica e desde então teve uma intensa trajetória que se mescla na história do desenvolvimento da saúde publica do país. O bacteriologista Oswaldo Cruz, foi o responsável que levou o Instituto a erradicar a epidemia da peste bubônica e febre amarela da cidade do Rio de Janeiro, mas logo ultrapassou as barreiras da cidade, expandindo para o resto do país. Ao longo de todo o século XX o Instituto passou por varias transformações politicas do Brasil, desde sua perda de autonomia durante a Revolução de 1930 até o inicio do século XXI onde começa expandir e ampliar suas instalações. Já nos dias mais atuais a Fundação exerce uma participação internacional histórica que tem como objetivo promover um intercambio entre as instituições de saúde e pesquisa, que é coordenado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris).

O trabalho tem como objetivo demonstrar o desenvolvimento dos Institutos da Fiocruz em relação ao cenário politico global, devido às cooperações realizadas que ajudaram essa expansão e desenvolvimento não apenas no âmbito internacional, mas também nacional (saúde publica brasileira). As cooperações Norte-Sul tiveram grande importância na historia da Fundação, pois foi o meio que mais ajudou o país alcançar o status de país em desenvolvimento/emergente, o que concedeu à Instituição a possibilidade de adotar novas estratégias e diferentes meios de cooperação, como por exemplo, a horizontal.

Inicio do desenvolvimento internacional

A relação Norte-Sul, que é quase tão antiga quanto o Instituto, teve grande importância para o desenvolvimento da Fundação até os dias atuais. A prospecção realizada por pesquisadores específicos foi o inicio desse desenvolvimento, seguido pela atuação de organismos multinacionais e entidades internacionais. A Fiocruz apresenta um grande e importante papel na saúde global. Está ligada diretamente ao ministério da saúde através da Assessoria Internacional da Saúde (Aisa) e ao Ministério de Relações Exteriores, pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

A Fundação Oswaldo Cruz faz parte das reuniões e decisões realizadas nos conselhos da ONU, OMS e outras organizações e todos os debates que venham a ser feitos que envolvam a saúde e/ou os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Após o Brasil alcançar o status de país emergente, a Fiocruz escolheu uma nova estratégia diplomática que levou a Fundação adotar uma cooperação horizontal (Sul-Sul), apoiando as áreas de saúde dos países em desenvolvimento. Ela também conta com o reconhecimento de instituições como a Organização Pan-americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS e OMS)

No ano de 2013 as cooperações internacionais (Norte-Sul e Sul-Sul) evoluíram colocando a Fiocruz em um patamar mais elevado em relação ao cenário politico global. O numero de missões técnicas, de acordos e convênios cresceram, mostrando o dinamismo da cooperação. A inserção e participação de professores, pesquisadores e tecnólogos mostrou a grande atividade da Instituição no cenário internacional da saúde e da C&T globais.

Orientações Estratégicas

1. Cooperações Norte-Sul dos Institutos Fiocruz

Esse tipo de cooperação, desenvolvida pela Fundação Fiocruz, tem como principal objetivo o desenvolvimento conjunto das instituições de pesquisa cientifica e acadêmica. Desse modo as cooperações permitem que a Fundação receba um “financiamento” para o desenvolvimento de suas pesquisas e promove o intercambio entre pesquisadores e alunos de diferentes instituições, também há uma transferência de tecnologias, o que beneficia o desenvolvimento de seus estudos. Como esse tipo de cooperação, podemos citar alguns exemplos.

A Fiocruz mantem uma estrita cooperação com os EUA. Seus institutos mantem uma relação direta com varias universidades e entidades americanas, como National Institutes of Health (NIH) com quem conta com o financiamento direto e que desenvolve pesquisas clinicas sobre a AIDS; a universidade de Yale com quem, até 2013, possuía três projetos sobre a Leptospirose Urbana; universidade de Louisiana State que possui um projeto para desenvolvimento de um sensor eletrônico para a detecção de malária utilizando monotubos de carbono; Scripps Research Institute de San Diego com quem matem uma colaboração em desenvolvimento de métodos computacionais aplicados a espectrometria de massas; e varias outras entidades. Além dos EUA ser um grande ator nas cooperações realizadas pelas instituições da Fiocruz há outros países que fazem parte dessas colaborações, como Canadá, União Europeia, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Noruega, Holanda, Portugal, Itália, Reino Unido, Suécia, Suíça, Coréia do Sul, Japão, Austrália e Singapura.

Grande parte desses projetos e financiamentos para pesquisas são voltados para o crescimento nacional da saúde, do combate, prevenção e cura de doenças. Os institutos Fiocruz têm desenvolvido grandes projetos que são significativos, não só no âmbito internacional, mas também no cenário nacional. Outra vantagem que esse tipo de cooperação disponibiliza é a transferência de tecnologia para a realização dos estudos e desenvolvimento de projetos. Como exemplo dessa cooperação, podemos citar alguns projetos.

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