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Globalização

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Por:   •  31/3/2014  •  Resenha  •  2.163 Palavras (9 Páginas)  •  290 Visualizações

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A GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um dos aspectos mais discutidos e polêmicos da nova ordem

internacional. O que vem a ser, então, essa tal globalização?

O atual processo de globalização nada mais é do que a mais recente fase da expansão

capitalista. Pode-se afirmar que a globalização ora em curso está para o atual período científico

tecnológico do capitalismo como o colonialismo esteve para a sua etapa comercial ou o

imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Ou seja, trata-se de uma

expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que é o que de fato move os

capitalistas, produtivos ou especulativos, na arena do mercado. Só que agora essa expansão –

e esse é o dado novo – pode dispensar a invasão de tropas, a ocupação territorial, pode abrir

mão, enfim, da guerra. Tanto é que praticamente todas as guerras atuais têm um fundo mais

nacionalista do que econômico. Agora a invasão é muito mais silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se

de uma invasão bigh-tech de mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. A farda

agosra é o terno e a gravata, pelo menos para os novos "executivos generais". As novas

armas são a agilidade e a eficiência das comunicações e do controle de dados e informações,

obtidos através de satélites de comunicação; da informática (PCs, laptops,

supercomputadores); dos telefones fixos e móveis; dos aparelhos de fac-símile – os fax – ou

dos boeings e airbus, dos supernavios petroleiros e graneleiros e dos trens de alta velocidade.

A guerra é travada nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuros em todos os

mercados do mundo e em todos os setores imagináveis. As estratégias e táticas são traçadas

nos "QGs" das grandes corporações transnacionais, nas sedes dos grandes bancos, nas

corretoras de valores, etc. e influenciam países e até o mundo.

Percebe-se que o jargão militar, numa analogia, adequa-se perfeitamente às relações

capitalistas travadas hoje. Na verdade, o capitalismo sempre foi belicista, do colonialismo ao

imperialismo. Atualmente, a necessidade de praticar a guerra convencional é cada vez menor.

A guerra contemporânea é cada vez mais econômica e o campo de batalha é o mercado

mundial, altamente globalizado.

A invasão de agora muitas vezes é instantânea, on-line, via redes mundiais de

computadores, como a Globex, a Reuters Dealing ou a Internet. A Globex é uma rede

eletrônica que interliga as bolsas de mercadorias e de futuros. Através dela podem-se fazer

negócios em todo o mundo. A Reuters Dealing interliga todas as bolsas de valores, permitindo

que milhões de negócios com ações sejam fechados em vários países ao mesmo tempo.

Essas duas redes mundiais são controladas pela agência de notícias britância Reuters,

que praticamente monopoliza as informações financeiras. Para acessá-las, basta estar

conectado à Internet por meio de um microcomputador, uma linha telefônica e um moldem.

Essa rede mundial de computadores interliga arquivos individuais, empresariais e institucionais,

transportando desde conversas, formais ou informais, até catálogos de produtos de empresas,

passando pela mais atualizada edição da Enciclopédia Britânica ou pelo acervo completo do

Museu do Louvre, de Paris.

Uma invasão típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo,

conhecidos como smart money (dinheiro esperto) ou hot money (dinheiro quente), porque são

extremamente ariscos e ávidos por lucratividade, movimentando-se com grande rapidez em

busca dos mercados mais interessantes. Estima-se que haja em torno de treze trilhões de

dólares vagando pelo sistema financeiro mundial.

Essa vultuosa soma de dinheiro – que em geral pertence a milhões de pequenos

poupadores espalhados pelos países desenvolvidos, os quais colocam seus recursos num

banco ou investem num fundo de pensão, para garantir sua futura aposentadoria – é

transferida de um mercado para outro, de um país para outro, sempre em busca das mais altas

taxas de juros e/ou de maior segurança. Os administradores desses capitais – bancos de

investimento, corretoras, fundo de pensão, etc. – não estão interessados em investir na

produção, que tem retorno demorado, mas em especular, em investir no curto prazo, naqueles

mercados que se mostram mais rentáveis e/ou seguros. Quando algum mercado deixa de sê-

lo, como aconteceu com o México em meados da década de 90, esses investimentos são

rapidamente transferidos.

Sobre essa revolucionária faceta da globalização, é muito ilustrativa a leitura de um

trecho do artigo "O capital errante" , publicado na revista Exame.

Essa massa amorfa de investimentos ganhou flexibilidade nos últimos anos, em

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