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Gripe H1N1

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Por:   •  25/11/2014  •  4.789 Palavras (20 Páginas)  •  369 Visualizações

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1- Introdução

A gripe é uma doença infecciosa com alto potencial de contágio causada pelo vírus Influenza. Este vírus apresenta três tipos, sendo eles o sorotipo A, B e C. Observam-se entre esses tipos aspectos importantes que denotam seu grau de virulência e sua participação em pandemias ao longo da história. O tipo A H1N1, possui amplo potencial de mutagenicidade e esteve ligado a várias pandemias mundiais. O tipo B apresenta menor susceptibilidade às mutações e, portanto, epidemias mais localizadas com menor potencial de transmissão. Desta forma, o tipo C é o tipo que apresenta maior estabilidade relacionada a mutações, sem grande importância clínica. A gripe sazonal, ou seja, aquela mais infecciosa em determinada época do ano faz parte do tipo A da influenza, e foi fundamental para o surgimento das gripes mais patogênicas. A forma de contágio ocorre pela dispersão de aerossóis contaminados por portadores do vírus no ar, que ao entrarem em contato com superfícies de mucosas, como mucosa nasal, oral e ocular, podendo provocar a infecção O Ministério da Saúde sugere também evitar locais de aglomeração de pessoas, o contato direto com pessoas doentes, o compartilhamento de alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal, além de lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

A Influenza A (H1N1) ou gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus tipo A que normalmente provoca surtos de gripe entre os suínos. Este novo subtipo do vírus da influenza A (H1N1) é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e secreções respiratórias de pessoas infectadas. Diante da pandemia de influenza o Ministério da Saúde elaborou diretrizes com o objetivo de adaptar e padronizar as principais ações que constam no Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, publicado em 15 de julho de 2009, para as equipes de saúde da Atenção Primária e com isto levar informação aos profissionais que atuam nesse nível de atenção.

2- Revisão de Literatura

Antes de 1918, a influenza em humanos já era bem conhecida, mas nunca havia sido descrita nos suínos. Nesse ano, houve uma pandemia de influenza humano A (H1N1) (a gripe espanhola), responsável por 50 milhões de mortes. Simultaneamente, foi identificado nos porcos uma forma clínica semelhante a humana. A adaptação viral a uma nova espécie de hospedeiro é um processo complexo, envolvendo adaptação a novos receptores de superfície

celular, alterações nos tropismos celulares na imunidade inata e nos mecanismos de transmissão. O vírus da influenza A (H1N1) ultrapassou essas barreiras e emergiu em 1918 de uma fonte aviária simultaneamente no homem e nos suínos.

No início do mês de abril de 2009 uma nova variante do vírus Influenza A (H1N1) foi notificada nos EUA e em um mês foram notificados cerca de 640 casos, sendo assim, o “Centers for Disease Control and Prevention” (CDC) confirmou que esses casos foram causados por um vírus suíno geneticamente modificado capaz de infectar o homem. Embora não se saiba se tal fato confere imunidade cruzada, esse novo vírus tem três segmentos de genes em comum com o influenza humano A sazonal (H1N1) e três segmentos em comum com o influenza A (H3N2). Rapidamente o vírus foi notificado em mais de 29 países segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Este novo subtipo do vírus da influenza A (H1N1) é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e secreções respiratórias de pessoas infectadas. Segundo dados do site do Governo do México, os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias e a transmissão ocorre principalmente em locais fechados. Segundo a OMS, não há registro de transmissão deste novo subtipo da influenza para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e produtos derivados. Durante os últimos dois meses a estratégia de enfrentamento desta ESP (Emergência de Saúde Pública) foi baseada em medidas de contenção - identificação precoce, tratamento e isolamento de casos e no seguimento de seus contatos próximos. Diante do cenário atual, medidas mais integradas de monitoramento da situação epidemiológica, diagnóstico precoce, acompanhamentos dos casos leves e moderados, além da priorização da assistência aos casos graves ou com potencial de complicação, são necessárias para evitar maior circulação do vírus e desfechos fatais.

3- Histórico

No início do mês de abril, os meios de comunicação do mundo circularam a notícia da ocorrência de casos de gripe causados por uma nova variante do vírus Influenza A. Passado apenas um mês da notificação do primeiro caso, já estão disponíveis na literatura científica informações sobre o vírus, assim como a descrição de 642 casos da infecção com o vírus influenza A (H1N1) identificados nos Estados Unidos. Até 10 de maio de 2009, segundo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), 29 países tinham relatado 4.379 casos de infecção pelo referido vírus. O México, país em que surgiu a epidemia, relatou 1.626 casos confirmados, com 45 mortes. Nos EUA, houve 2.254 casos confirmados em laboratório, com 2 mortes no estado do Texas. O Canadá registrou 280 casos laboratorialmente confirmados, com 1 morte, e a Costa Rica relatou 8 casos confirmados por testes laboratoriais, com 1 óbito. Além disso, os seguintes países também apresentaram casos confirmados laboratorialmente, sem mortes: Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Colômbia, Coreia do Sul, Dinamarca, El Salvador, Espanha, França, Guatemala, Holanda, Hong Kong, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Nova Zelândia, Panamá, Polônia, Portugal, Suécia, Suíça e Reino Unido.

Em 6 de maio, o Ministério da Saúde do Brasil (MS) recebeu testes para confirmação diagnostica de Influenza A (H1N1) de origem suína, o que permitiu que, em 7 de maio, fossem confirmados 6 casos dentre as amostras de suspeitos. Três dias depois, mais 20 casos suspeitos de Influenza A (H1N1) foram analisados no país, dos quais 18 foram descartados e 2 casos confirmados, totalizando assim 8 casos de influenza A no Brasil, sendo 6 com vínculo de viagens internacionais e 2 autóctones (dentro do território nacional). Os casos são de brasileiros adultos jovens. Dois casos são de São Paulo, 3 do Rio de Janeiro (2 autóctones), 1 de Minas Gerais, 1 de Santa Catarina e outro do Rio Grande do Sul. Dos casos confirmados, 3 são de pessoas que estiveram recentemente no México, 1 é de uma pessoa que esteve nos Estados Unidos, enquanto o outro viajou por vários países da Europa. Estão em acompanhamento 70 pessoas, assintomáticas até o momento, que

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