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Imunoglobulina

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Por:   •  13/11/2014  •  Tese  •  2.249 Palavras (9 Páginas)  •  257 Visualizações

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As principais frações protéicas, de acordo com sua eletropositividade, são albumina, alfa-1-globulina, alfa-2-globulina, betaglobulina e gamaglobulina. De acordo com o nível de resolução do método eletroforético, poderemos ter muitas outras frações intermediárias.

Os principais componentes destas frações são:

Fração albumina: É constituída de uma proteína, a albumina, a mais abundante do plasma e que responde por cerca de 80% de sua pressão oncótica. Está envolvida no transporte de inúmeras substâncias (bilirrubina, cálcio, hormônios, fármacos etc.) e pode se apresentar bipartida (bialbuminemia) por uma variação genética ou por sobrecarga na ligação a determinadas substâncias, que alteram sua carga elétrica. Apresenta-se diminuída por falha em sua síntese no fígado, por perda renal, intestinal ou cutânea, por condições que aumentam a permeabilidade capilar, como os processos inflamatórios, e em estados de má absorção e subnutrição. Níveis elevados ocorrem na desidratação ou por estase venosa excessiva (por exemplo, por garroteamento prolongado).

Fração alfa-1-globulina: Tem na alfa-1-antitripsina seu principal componente. Esta glicoproteína atua na inibição de enzimas proteolíticas, podendo estar aumentada em processos inflamatórios agudos, em neoplasias e doenças hepáticas. Sua diminuição pode ser relacionada a defeito genético grave e à doença pulmonar ou hepática na infância. Pode estar aumentada também nos hepatocarcinomas, em que há grandes concentrações de alfafetoproteína.

Fração alfa-2-globulina: É constituída por duas proteínas principais: alfa-2-macroglobulina e a haptoglobina. Quando a fração alfa-2 está muito elevada, pode-se suspeitar de um processo inflamatório agudo (pelo aumento da haptoglobina) ou de síndrome nefrótica (pelo aumento da alfa-2-macroglobulina, acompanhada de diminuição da albumina). Quando reduzida, pode-se pensar numa síndrome hemolítica, pela diminuição da haptoglobina.

Fração betaglobulina: É constituída pela transferrina e pelo componente C3 do sistema de complemento. A primeira, sintetizada no fígado, responde pelo transporte de ferro plasmático. Mostra-se bastante aumentada nos casos de carência de ferro. O C3 pode subir em processos inflamatórios e baixar em doenças auto-imunes ou por deposição de imunocomplexos.

Fração gamaglobulina: É constituída predominantemente pelas imunoglobulinas G, A e M, sendo a fração eletroforética de maior interesse clínico. A diminuição (hipogamaglobulinemia) ocorre em imunodeficiências congênitas ou adquiridas, geralmente relacionadas com terapias imunossupressoras. Sempre devem ser associadas a dosagens nefelométricas das imunoglobulinas. O aumento da fração gama denomina-se hipergamaglobulinemia, que pode ser monoclonal, na forma de um pico agudo, refletindo a elevação de uma única imunoglobulina, produzida por um clone específico de plasmócitos. As gamopatias monoclonais detectadas pela eletroforese devem ser estudadas por imunoeletroforese ou por imunofixação, para caracterizar a imunoglobulina e/ou cadeia leve envolvida.

A hipergamaglobulinemia pode ser policlonal, em função do aumento de várias imunoglobulinas. Está relacionada a doenças auto-imunes, a processos inflamatórios crônicos e a lesões hepáticas severas. Em casos de cirrose hepática, há uma união entre as frações beta e gama, relacionada à elevação acentuada de IgA.

sistema complemento

SISTEMA COMPLEMENTO

O Sistema Complemento é composto por 20 proteínas de membrana plasmática e solúveis no sangue e participam das defesas inatas (natural)e adquiridas( memória). Essas proteínas reagem entre elas para opsonizar os patógenos e induzir uma série de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do complemento são proteases que se auto-ativam por clivagem proteolítica.As funções principais são a defesa frente às infecções por microorganismos, a eliminação da circulação dos complexos antigénio-anticorpo e alguns dos seus fragmentos actuam como mediadores inflamatórios.

Para que o sistema complemento expresse a sua atividade é necessária a sua ativação prévia.A clivagem de tais proteínas é feita por proteases altamente específicas,as convertases.Ativação é feita por três vias do complemento, denominadas vias: clássica, da lectina, e alternativa.

Via clássica

Nessa via a montagem e a organização das convertases são habitualmente iniciadas por anticorpos da classe IgG ou IgM formando complexos com o antígeno. Várias outras substâncias, tais como os complexos da proteína C-reativa (PCR), determinados vírus e bactérias Gram-negativas, também podem ativar esta via. Os ativadores são reconhecidos por C1q, uma das três proteínas do complexo C1. Esta ligação ativa C1r que ativa a pró-enzima C1s. Então, C1s ativado cliva C4, resultando na fixação covalente do seu principal fragmento, C4b, à superfície do ativador. O componente C2 liga-se a C4b e é clivado por C1 em dois fragmentos (este processo necessita da intervenção de Ca2+ o Mg2+), dos quais C2a permanece ligado a C4b, completando a montagem do complexo C4b2a, que é a C3 convertase da via clássica. Esta cliva C3 resultando na ligação de C3b à superfície do ativador e na ligação posterior de C3b à subunidade C4b2a, formando a C4b2a3b que é C5 convertase da via clássica..P

Via da Lectina

A via da lectina utiliza uma proteína similar a C1q para ativar a cascata do complemento, a lectina ligadora de manose (MBL). A MBL liga-se a resíduos de manose e outros açúcares, organizados em um padrão, que recobrem superficialmente muitos patógenos. A lectina ligadora de manose é uma molécula formada por duas a seis cabeças, semelhante a C1q, que formam um complexo com duas serina proteases a MASP-1 e MASP-2. MASP-2 é similar as proteínas C1r e C1s. Quando o complexo MBL liga-se à superfície de um patógeno, MASP-2 é ativada para clivar C4, em C4a e C4b, e C2 em C2a e C2b, originando a C3 convertase da via da lectina - C4b2b. O papel de MASP-1 ainda não está bem claro na ativação do complemento.

As pessoas deficientes em MBL têm maior suscetibilidade a infecções na infância, o que mostra a importância da via da lectina na defesa do hospedeiro.

Via Alternativa

Esta via foi denominada alterna por razões históricas, por ter sido descoberta após a via clássica. A ativação desta via inicia-se a partir da hidrólise espontânea tiol-éster localizada na cadeia

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