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Introdução às Relações Internacionais -

Por:   •  9/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.631 Palavras (15 Páginas)  •  219 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

PROFESSORA: ÉRICA WINAND

ALUNA: VALÉRIA FRANCISCO DE OLIVEIRA

LIVRO:

  1. Introdução às Relações Internacionais;
  2. Capítulo 2 – RI como um tema acadêmico;
  3. Páginas 59 – 100;
  4. Autores: Robert Jackson e Georg Sorensen.

INTRODUÇÃO

[..] a guerra e a paz são um problema central na teoria tradicional das RI. (p. 60)

Há quatro tradições teóricas importantes nas RI: o realismo, o liberalismo, a sociedade internacional e a EPI. (p. 60)

[...] são instrumentos analíticos criados que estabelecem um panorama e uma objetividade; não são verdades absolutas que podem ser aceitas como fato consumado. (p. 60)

O ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 é o último grande desafio ao pensamento de RI. (p. 61)

Houve três grandes debates...O primeiro grande debate foi o liberalismo utópico e o realismo; o segundo, entre as abordagens tradicionais e o behaviorismo; e o terceiro, entre o neorrealismo/neoliberalismo e o neomarxismo. (p. 61)

LIBERALISMO UTÓPICO: O ESTUDO INICIAL DE RI

[...] a primeira teoria acadêmica de RI dominante moldada com base na busca dessas respostas, que foram bastante influenciadas pelas ideias liberais. (p.62)

[...] foram arrastados para o conflito por meio de um sistema entrelaçado de alianças militares. (p. 63)

Para os pensadores liberais da época, a teoria ``obsoleta`` da balança de poder e o sistema de alianças precisavam ser fundamentalmente reformados para evitar que tal calamidade ocorresse novamente. (p. 63)

[..] o presidente dos EUA era Woodrow Wilson, ..., cuja principal missão era levar valores democráticos liberais à Europa e ao resto do mundo, uma vez que, para ele, esta era a única forma de impedir outra grande guerra. (p. 64)

Pensadores liberais apresentavam algumas ideias nítidas e fortes crenças sobre como evitar grandes desastres no futuro; por exemplo, por meio da reforma do sistema internacional e das estruturas nacionais de países autocráticos. (p. 64)

Suas ideias influenciaram a Conferencia da Paz em Paris, realiza após o fim das hostilidades, com a finalidade de instituir uma nova ordem internacional com base em ideias liberais.

Dentre as ideais de Wilson...dois pontos principais... o primeiro...promoção da democracia e da autodeterminação, que tem por base a convicção liberal de governos democráticos não fazem e não vão à guerra um com os outros... o segundo ponto principal...se referia à criação de uma organização internacional que estabeleceria as relações entre os Estados em uma fundação institucional mais firmo do que as percepções realistas do Concerto da Europa e da balança de poder no passado. (p. 65)

A ideias de que as organizações internacionais passariam a ser reguladas por meio de um conjunto d regras comuns do direito internacional – em essência, para Wilson, este era o conceito de Ligas das Nações. (p. 65)

O idealismo wilsoniano pode ser resumido da seguinte forma: a convicção e a de que e possível colocar um fim à guerra e alcançar uma paz de certa forma permanente por meio de uma organização internacional racional e planejada de modo inteligente. (p. 65)

Os idealistas liberais argumentam que a politica de poder tradicional – chamada ``realpolitik`` - é uma ``selva``, por assim dizer, onde animais perigosos perambulam e os fortes e astuciosos dominam, enquanto que sob a Liga das Nações, os animais são colocados em gaiolas reforçadas pela contenção das organizações internacionais, como um ``zoológico``. (p. 66)

Norman Angell é outro proeminente idealista liberal... a ilusão se refere ao fato de muitos políticos ainda acreditarem que a guerra serve para propósitos lucrativos; que seu sucesso é benéfico para o vencedor. (p. 66)

Em suma, a modernização e a interdependência envolvem um processo de mudança e progresso que tornam a guerra e o uso da forca cada vez mais obsoletos. (p. 66)

Uma das conquistas mais significativas desses esforços foi o pacto Kellogg-Briant de 1928, um acordo internacional assinado por todos os países, praticamente, para abolir a guerra; que somente em casos extremos de autodefesa poderia ser justificada. (p.67)

[...] fatos econômicos e políticos dos anos 1920 e 30, quando a democracia liberal sofreu duros golpes com o crescimento das ditaduras nazista e fascista...além do autoritarismo que aumentou muitos dos novos Estados... criados a partir da Primeira Guerra Mundial e da Conferencia de Paris supostamente como democracias. De fato, em muitos casos, o que aconteceu de fato foi a disseminação do tipo de Estado responsável por provocar a guerra: autocrático, autoritário e militarista. (p.67)

[...] sem a presença de uma série de Estados importantes, inclusive do mais importante deles, e com a participação sem compromisso efetivo de duas grandes potencias, a Liga nunca alcançou a posição central desejada por Wilson. (p.68)

As esperanças de Norman Angell de uma processo ameno de modernização e interdependência também afundaram com a realidade hostil dos anos 1930. Em um contraste irônico à visão de Angell, era cada pais por si, cada um se esforçando o máximo possível para cuidar de seus próprios interesses, se necessário em detrimento dos outros – uma ``selva`` em vez de um ``zoológico``. O momento histórico estabeleceu a base para um entendimento menos esperançoso e ainda mais pessimista das relações internacionais. (p.68)

O REALISMO E OS VINTE ANOS DE CRISE

O pensamento acadêmico de RI começou então a falar a linguagem realista clássica de Tucídides, Maquiavel e Hobbes, na qual o poder é o elemento central.

A natureza humana é claramente má; este é o ponto de partida para a análise realista.

A ``política internacional, como toda política, e uma luta pelo poder. Quaisquer que sejam os objetivos decisivos da política internacional, o poder é sempre o proposito imediato`` (Morgenthau 1960:29) (p.70)

A política mundial é uma anarquia internacional. (p.70)

[...] era natural, segundo o pensamento realista, que os que ``nada possuíam`` tentassem reparar o equilíbrio internacional por meio de forca. (p.71)

[...] era essencial manter uma balança de poder efetiva como o único meio de preservar a paz e impedir a guerra. Essa é uma visão da política internacional que nega ser possível reorganizar a ``selva`` em um ``zoológico``, uma vez que os animais mais fortes nunca se deixarão capturar e serem colocados em jaulas. (p.71)

As negociações por si só não são capazes de alcançar a segurança e a sobrevivência na política mundial. (p.71)

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