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Panorama internacional

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Por:   •  19/11/2014  •  Tese  •  3.312 Palavras (14 Páginas)  •  150 Visualizações

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PLANO REAL:

antecedentes, concepção e desdobramentos

PRIMEIRO CAPÍTULO: O PANORAMA INTERNACIONAL

Obj. do capítulo é descrever as principais modificações internacionais ocorridas pouco antes e durante o período de implementação do Plano Real.

Essas modificações são as modificações geopolíticas, de estratégias empresariais e ideológicas que caracterizaram as últimas décadas do século XX e os primeiros anos do século XXI.

Ocorrência simultânea de 3 fenômenos:

1) NEOLIBERALISMO

2) REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

3)GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA E PRODUTIVA

NEOLIBERALISMO

Organismos financeiros internacionais tiveram papel decisivo da definição das “regras do jogo”.

O “velho” Liberalismo postulava a idéia do “Estado Mínimo”,através do qual as Autoridades apenas deveriam zelar pela estabilidade da moeda, pela consistência jurídica dos contratos e pela Segurança, deixando que a “livre concorrência” se encarregasse de deixar as chamadas “livres forças de mercado” atuando sem interferência “externa”.

As “livres forças de mercado” teriam a prerrogativa de promover ajustamentos automáticos de oferta e demanda em momentos de crise econômica ou em momentos de desequilíbrios nos mercados (quaisquer mercados).

O chamado “neoliberalismo”, na verdade, é, na essência, o mesmo que o velho liberalismo. Com duas diferenças:

(A) do ponto de vista histórico, ele se situa em uma época posterior ao advento dos sistemas de Estado de Bem Estar Social (Welfare State), que se consolidaram durante os chamados Anos Dourados do Capitalismo, especialmente nos países da EUROPAOCIDENTAL, e representaram uma formação social e política que, junto com a economia REGULAMENTADA do pós-guerra (1945 até meados dos anos 70), que promoveu prosperidade econômica por muitos anos, com redução das desigualdades sociais (tempos de exceção na História do Capitalismo, segundo Eric Hobsbawm na Era dos Extremos). O NEOLIBERALISMO representou, na essência, uma REAÇÃO à economia do Estado do Bem Estar Social;

(B) ao contrário do velho liberalismo, o NEOLIBERALISMO se avoca uma virtude “científica”, notadamente no caso dos seus defensores dentro dos meios financeiros.

Por fim, é interessante também sublinhar que os tempos de ascensão do neoliberalismo coincidiram com uma era também de ascensão do poder midiático, o qual se tornou cada vez mais um negócio e também ele – O PODER MIDIÁTICO – foi bastante beneficiado pela desregulamentação de suas atividades e a atração de investidores que, na essência, não têm o mínimo compromisso coma qualidade da informação e com sua democratização.

A mídia virou um negócio e tende a defender uma mentalidade privatista, um modo de ver o mundo que, na essência, se coaduna com os VALORES ÉTICOS E MORAIS DO NEOLIBERALISMO.

Neoliberalismo é a celebração do indivíduo sobre o social.

Frase da Thatcher: “Sociedade é uma coisa que não existe”.

Todas as esferas da vida estão sujeitas às normas da mercantilização e aos critérios de desempenho.

Doutrina neoliberal JUSTIFICA a desigualdade Doutrina neoliberal significa a imposição dos interesses do Capital, especialmente o capital financeiro, sobre o Trabalho.

Não há mais uma diferenciação entre capital financeiro e produtivo, pois as grandes corporações empresariais também ganham muito com as aplicações financeiras, que estão cada vez mais desregulamentadas (vamos ver como vai ficar agora, depois dessa crise monumental).

NÃO É CORRETO DIZER que o Neoliberalismo “retirou o Estado” da Economia.

Mais correto é dizer que o Estado, sob os auspícios do Neoliberalismo, atuou no sentido

de suprimir barreiras à movimentação de capitais (financeiros, especialmente) e de

remover Direitos Sociais e Trabalhistas.(citar livro do John Gray)

REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

A reestruturação produtiva representou uma reação das empresas ao cenário externo que muda a partir dos anos 70

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

1)

AMPLIAÇÃO DO PESO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL NO VOLUME DE NEGÓCIOS DAS

EMPRESAS;

2) ADVENTO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO PERMITE MAIOR INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS PRODUTIVOS E MAIOR INTEGRAÇÃO ENTRE FÁBRICAS DO MESMO GRUPO EMPRESARIAL ATUANDO EM LOCAIS E PAÍSES DIFERENTES;

3) QUEDA DAS TARIFAS DE IMPORTAÇÃO NA MAIORIA DOS PAÍSES (abertura comercial, se bem que justamente os países desenvolvidos foram os que mais relutam em promover abertura comercial e agrícola);

4) BUSCA INCESSANTE DE GANHOS DE PRODUTIVIDADE, SEJA PELA INTRODUÇÃO DAS

TÉCNICAS NOVAS, SEJA PELA INTENSIFICAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO;

5) PRESSÃO POLÍTICA (muitas vezes bem sucedida) PARA QUE OS ESTADOS NACIONAIS

PROMOVESSEM PROCESSO DE FLEXIBILIZAÇÃO DOS MERCADOS DE TRABALHO;

6) PERÍDOS DE RECESSÃO, COMONOS ANOS 90, REPRESNETARAM ELEMENTOS ADICIONAIS DE

ACIRRAMENTO DA CONCORRÊNCIA;

7) NEGÓCIOS ENVOLVENDO FUSÕES E AQUISIÇÕES TAMBÉM SE AVOLUMARAM, PARA QUE AS EMPRESAS ADQUIRISSEM MAIS ESCALA PRODUTIVA (tamanho maior, reduzindo custos fixos e ampliando sua capacidade de obter créditos) e ENFRENTASSEM A CONCORRÊNCIA;

8) QUEDA DO EMPREGO INDUSTRIAL, POR TODOS ESES MOTIVO ACIMA, INCLUSIVE POR CAUSA DA QUEDA DOS INVESTIMENTOS PRODUTIVOS, EM FAVOR DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS GLOBALIZAÇÃO ASPECTOS ECONÔMICOS, GEOPOLÍTICOS E SOCIAIS AMPLIAÇÃO DO PESO DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM DETRIMENTO DOS INVESTIMENTOS PRODUTIVOS, COM EFEITOS SOBRE O EMPREGO INDUSTRIAL E SOBRE A MASSA SALARIAL

2) NO PÓS-GUERRA, OS MERCADOS FINANCEIROS ESTAVAM FORTEMENTE REGULAMENTADOS (comentar), MAS, À MEDIDA QUE A CRISE DOS ANOS

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