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BREVE ESTUDO SOBRE A TEOLOGIA REFORMADA E A TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA MACAPÁ-AP

Por:   •  10/7/2017  •  Artigo  •  1.979 Palavras (8 Páginas)  •  610 Visualizações

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FACULDADE DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA

ISAN DA COSTA OLIVEIRA JUNIOR

BREVE ESTUDO SOBRE A TEOLOGIA REFORMADA E A TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA

MACAPÁ-AP

2017

ISAN DA COSTA OLIVEIRA JUNIOR

BREVE ESTUDO SOBRE A TEOLOGIA REFORMADA E A TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA

Trabalho apresentado ao Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade de Teologia e Ciências Humanas – FATECH, como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Temas de Teologia Contemporânea, ministrada pelo Professor Walber Rodrigues da Silva.

MACAPÁ-AP

2017

INTRODUÇÃO

Trata-se de uma exposição sintetizada do conteúdo da apostila da disciplina de Temas de Teologia Contemporânea. Apresentando de maneira clara e objetiva os principais pontos conceituais e históricos e ainda as personalidades que deram início ao movimento protestante surgido no final da Idade Média que culminou com a chamada Teologia Reformada, também trataremos da Teologia Contemporânea, nesta abordaremos o pensamento de Karl Barth dentro das várias correntes que surgiram no século XX, período este que teve como principal característica a pluralidade de pensamentos teológicos.

A TEOLOGIA REFORMADA SUA ORIGEM EM PERSPECTIVA HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO

No século XVI no final da chamada Idade Média uma confluência de fatores, tais como: a formação dos estados europeus modernos, a transição entre o sistema feudalista totalmente em declínio para um novo sistema econômico, bem como a tensão entre Estado e Igreja, dentre outros fatores resultaram na ascensão da classe burguesa ao cenário político e em profundas transformações, que causariam forte impacto no desenvolvimento do pensamento teológico.

Já nos séculos XIV e XV surgiram alguns movimentos contrários aos ensinos e práticas da Igreja medieval durante aquele período alguns líderes foram chamados de pré-reformadores, entre eles, João Wycliff (1325-1384), João Huss (1372-1415) e ainda Jerônimo Savonarola (1452-1498), eles basicamente combatiam os atos irregulares e imoralidades do Clero, além de condenar superstições, o celibato, as peregrinações impostas por parte da igreja e a veneração de santos. Com isso iniciou-se um movimento de renovação da Igreja cristã que resultaria mais tarde na denominada Reforma Protestante. O poder do papado entrou em declínio, ocorreram confrontos com reis, cismas entre os próprios clérigos e a necessidade de reforma era uma medida inadiável. Durante aquele período ocorreu o Grande Cisma aonde até três papas rivais chegaram a chefiar a estrutura da Igreja Católica. Surgiu então o movimento Conciliar que buscava uma solução para o conflito através da democratização da Igreja, a proposta era governá-la por meio de concílios, não deu certo. Nesse contexto surgiu o interesse em estudar as antigas obras escritas pelos renascentistas, assim como cada vez mais crescia o interesse pelo estudo da Bíblia nas línguas originais.

O final da Idade Média é marcado por convulsão política, social e religiosa, revoltas no campo, epidemias nas cidades e guerras assolavam o velho mundo, o feudalismo dava espaço a uma nova concepção de estrutura econômica e a burguesia consolidava o comércio e seu poder político, já a Igreja entrava em um grande processo de claudicação, perdendo o domínio, prestígio e poder, cada vez mais a liderança dos Papas era questionada. A população se revoltava com os abusos da Igreja e com sua falta de propósitos, a corrupção não era velada pelo contrário, a venda de indulgências era uma das práticas que mais incomodava alguns líderes religiosos totalmente insatisfeitos com a conduta do papado, pois, de acordo com essa prática com o valor “correto” seria facilmente possível comprar o perdão dos pecados, bem como a salvação.

Quando o dominicano Tetzel foi vender indulgências em Wittemberg, encontrou lá ninguém menos que Martinho Lutero (1483-1546), que prontamente posicionou-se contrário. Lutero, que era professor na Universidade de Wittemberg diante da conduta de Tetzel  afixou na porta da Igreja da cidade as suas famosas 95 Teses ou convites para o debate na comunidade acadêmica, desafiando a autoridade da Igreja. A reação foi imediata, Lutero foi acusado de heresia e chamado a comparecer na cidade de Roma, mas recusou-se a ir e manteve suas opiniões. Chegou a afirmar publicamente que o “infalível” Papa podia errar, algo indizível naquele contexto social. Em 1520, recebeu uma “Bula papal” para retratar-se ou seria excomungado, em face disso Lutero, juntamente com estudantes e professores da Universidade de Wittemberg reuniram-se em praça pública e queimaram a ordem escrita do Papa. Lutero passou a escrever livros e com isso sua popularidade cresceu em toda Europa.

No início houve certa tolerância com o pensamento propagado por Lutero, contudo com o passar do tempo a Igreja Católica mudou de postura com relação à conduta de Lutero e seus apoiadores, e em 1529 os líderes luteranos organizaram um protesto formal de apoio a Lutero, assim teve origem o termo “protestantes”. Depois de quase uma década (1546-1555) de guerras político-religiosas entre católicos e protestantes, veio o tratado de Paz de Augsburgo que terminou com os confrontos e reconheceu a legalidade do luteranismo, garantindo-a como religião oficial nos estados onde fosse adotada como tal. Com isso o protestantismo se espalhou pela Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia. Foram definidos princípios básicos para a nova doutrina, com convicções e práticas, nesse sentido, organizaram os chamados cinco Solas: Sola Scriptura (somente as Escrituras), solus Christo (salvação somente em Cristo), sola gratia (salvação somente pela graça divina), sola fides (salvação somente pela fé), soli Deo gloria (glória dada somente a Deus). Esses movimentos pré-reforma, bem como o reflexo da atitude de Lutero prepararam o terreno para as ideias de outro grande vulto, Calvino.

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