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Cristianismo

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Por:   •  5/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.461 Palavras (18 Páginas)  •  537 Visualizações

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FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS

CRISTIANISMO

Palmas – TO

2014

CRISTIANISMO

Trabalho de Ciências da Religião apresentado na

Faculdade Católica do Tocantins.

Orientador: Padre Eduardo Zanon.

Palmas – TO

2014

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

DESENVOLVIMENTO 6

• HISTÓRIA DO CRISTIANISMO 6

• RAMIFICAÇÕES DO CRISTIANISMO 9

• O CRISTIANISMO NO BRASIL 12

CONCLUSÃO 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18

INTRODUÇÃO

O cristianismo é uma religião que se baseia na crença de que todo o ser humano é eterno, a exemplo de Cristo, que ressuscitou após sua morte. A fé cristã ensina que a vida presente é uma caminhada e que a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz para todos os que seguirem os ensinamentos de Cristo. Os ensinamentos estão contidos na Bíblia.

A história do cristianismo começa na Palestina, com a fé dos discípulos de Jesus como o Cristo ressuscitado e filho de Deus. Através da atividade missionária dos apóstolos de Jesus, surgiram no 1º século as primeiras comunidades cristãs. E com o passar dos séculos esta religião foi se espalhando tornando-se uma das mais praticadas pelo mundo, ao se propagar ela foi criando diferenças que fez com que ela fosse criando três ramificações, são elas: a católica romana, a católica ortodoxa e a protestante, onde as mesmas partem de um mesmo principio e acreditam em um só Deus, porem tem alguns hábitos e costumes diferentes.

O Trabalho vai relatar sobre o cristianismo expondo a sua história, as escrituras sagradas, suas ramificações e a fé cristã, o símbolo central, suas confissões e a chegada do cristianismo ao Brasil.

DESENVOLVIMENTO

• HISTÓRIA DO CRISTIANISMO

O nome cristianismo remonta ao pregador itinerante judeu Jesus de Nazaré. Sua origem na Palestina, há cerca de 2000 anos, é relatada nos escritos do novo testamento, a bíblia cristã. Depois que ele foi crucificado, seus discípulos passaram a venerá-lo como o Filho de Deus ressuscitado, e chamaram-no Jesus, o Cristo. Atualmente o numero de adeptos da fé cristã é avaliado em cerca de dois bilhões. Cristãos de diferentes confissões, igrejas, seitas e movimentos são encontrados em todos os continentes.

O judeu Jesus de Nazaré nasceu provavelmente no ano 4 na aldeia de Belém, próximo a Jerusalém na Palestina. Na época a região encontrava-se sob ocupação romana. Os evangélicos do novo testamento nos dizem que Jesus se manifestou como pregador ambulante nos anos 28-30, falando aos homens do reino de Deus. A respeito de Jesus relata-se que em nome de Deus ele ressuscitava mortos, curava doentes e ocupava-se com os marginalizados da sociedade. Com aproximadamente 33 anos, acusado de blasfêmia, foi, por iniciativa de instancias religiosa, condenado a morte pela força de ocupação romana, e morreu cruelmente na cruz. Após sua morte, seus discípulos anunciaram que Deus o ressuscitou dos mortos, e por isso deram-lhe o nome de Cristo e filho de Deus.

A história do cristianismo começa na Palestina, com a fé dos discípulos de Jesus como o Cristo ressuscitado e filho de Deus. Através da atividade missionária dos adeptos de Jesus, surgiram no 1º século as primeiras comunidades cristãs na Ásia menor, Grécia e Roma, e mais tarde também no norte da África. Depois que no 4º século o cristianismo foi declarado religião oficial do império romano, teve inicio, com a idade média, sua difusão pela Europa. O período do século XI ao XIII foi marcado pelas cruzadas cristãs para a terra santa. Estas foram empreendidas com objetivo de arrancar Jerusalém aos pretensos “infiéis”. Na esteira das descobertas do novo continentes a partir do século XV o cristianismo também chegou a América, Ásia e África. Muitas vezes as missões nestes continentes ocorreram sob pressão, sendo acompanhadas de opressão, escravização e exploração econômica dos habitantes primitivos. Os cristãos vivem hoje, sobretudo, na América do Norte e do Sul, na Europa, na Austrália e em partes da África.

São escritos sagrados no cristianismo os livros da bíblia hebraica e os do novo testamento. Juntos estes constituem a bíblia cristã. A bíblia hebraica, onde se descreve a historia de Deus com o povo de Israel, é também a bíblia do judaísmo. Foi estabelecida como obrigatória para o cristianismo em meados do século III. Reconhecendo assim a bíblia hebraica como escritura sagrada, o cristianismo atualiza suas raízes em razão da sua existência. Os livros do novo testamento falam da nova maneira como Deus se revela através de Jesus Cristo. Por isso na segunda parte da bíblia cristã, escrita em grego, estão reunidas as historias de Jesus e seus discípulos, bem como cartas contendo testemunhos de fé dos adeptos do cristianismo no século I.

Com o discurso da trindade são descritas no cristianismo as três formas diferentes do agir de Deus. Assim Deus é chamado de força criadora, que se relaciona com os homens através de Jesus, e cujo poder permanece vivo ainda hoje pela ação do Espírito Santo no mundo. O cristianismo associa esta imagem de Deus aos escritos da bíblia hebraica. Ali a historia de Deus com os homens é descrita como um acontecer e um relacionar-se dinâmico, como uma aliança que Deus fez com os homens: assim em Ex. 3,6 Deus é descrito como o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, em Isaias 65,14 o autor fala de Deus como aquele que se compadece. O novo testamento, em João 4,16 diz que Deus é amor, e em 2º coríntios 4,6 caracteriza Deus pela revelação que ocorreu em Jesus cristo.

A relação entre Deus e o homem é descrita na bíblia como “aliança”. Este conceito é empregado de várias maneiras: na bíblia hebraica significa a relação entre Deus e o povo de Israel, mas também a relação de Deus com os homens em geral. Fala-se da aliança sempre que se trata da historia de Deus com os homens na historia, Deus se envolve com os homens, e estes, por sua vez, põem sua vida em ligação com Deus. A transcendência de Deus, portanto, esta sempre associada ao seu “morar entre os homens”. De acordo com a compreensão cristã, pela vida, morte e ressurreição de Jesus cristo Deus faz uma nova aliança com o homem. Mas a aliança de Deus com seu povo de Israel não é cancelada pela vinda de Jesus, mas ampliada para toda a humanidade.

O cristianismo se fundamenta na fé de que na vida e morte do homem Jesus o próprio Deus se manifesta. Os escritos do novo testamento relatam que Jesus morreu na cruz, e que na força de Deus ele superou a morte por sua ressurreição, a fim de trazer para os homens salvação, reconciliação e vida eterna. Ao homem que se afasta do amor e da justiça, Deus vem ao encontro por seu amor, que manifestou-se na vida do homem Jesus. Nem mesmo o sofrimento, a morte ou os instrumentos de martírio foram capazes de destruir este amor. Como creem na revelação de Deus em Jesus Cristo, os cristãos confiam que o sofrimento e a morte podem ser superados neste mundo e no fim dos tempos todo sofrimentos será superado e todos os homens participarão do reino de Deus.

A fé cristã tem como fundamento a revelação de Deus na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo (1corintios 3,1). De acordo com a concepção cristã, a fé não é nenhuma grandeza que possa ser alcançada por si. Ela realiza-se com o auxilio de Deus, e podem surgir lá onde os homens sentem-se inspirados pela salvação que se manifesta na vida e na morte de Jesus Cristo. A fé não consiste em considerar determinadas afirmações como verdadeiras. Ela acontece quando os homens, confiando na misericórdia de Deus e na revelação do seu amor, configuram sua vida pela vida de Jesus.

Quando Jesus afirma que em sua pessoa o reino de Deus esta presente entre os homens (Lucas 17,21), isto representa a esperança dos cristãos de que na forma de Deus a salvação do homem é possível com a afirmação de Jesus de que com a sua vinda o reino de Deus já chegou, pode agora ter inicio uma mudança da vida do homem. Medo, tristeza e solidão podem ser superados, se as pessoas voltarem umas para as outras, no sentido de Jesus. Com o discurso do pecado, então, os escritos bíblicos também tornam claro que toda vida humana é e continua a ser fragmentaria. Por isso na ressureição de Jesus esta fundamentada a fé de que mesmo além da morte os homens continuam em uma relação com Deus, e que no reino de Deus eles estão ligados uns aos outros por toda a eternidade.

Na oração se dá a invocação de Deus em forma de súplica, de ação de graças ou de louvor. O novo testamento, ao dizer em Mateus 7,7: pedi e recebereis, levanta a questão de saber se a oração correta pode ser reconhecida pelo fato de ser correspondida por parte de Deus. Mas a idéia de eficácia transmitida por esta compreensão de oração não corresponde ao verdadeiro sentido da oração. O caráter redentor de uma conversa com Deus na oração se fundamenta em que as pessoas se voltam com confiança para Deus, podendo expressar livremente suas esperanças, seus temores e seus desejos. Ao mesmo tempo, como palavra falada ou pensada, a oração sempre esta ligada também ao agir do homem. Uma oração que adquiriu um significado incomparável para a fé e a vida de toda a cristandade é o pai-nosso, em Mateus 6,9-13.

• RAMIFICAÇÕES DO CRISTIANISMO

Desde que a igreja cristã surgiu, ocorreram muitos desenvolvimentos e modificações. No século XI a cristandade dividiu-se em igreja católica romana e igreja ortodoxa. A igreja católica romana predominou no império romano ocidental, com o papa de Roma como chefe. A igreja ortodoxa, no império romano oriental, era liderada pelo patriarca de Constantinopla. O motivo da separação foram discussões sobre questões teológicas e uma concepção diferente do oficio papal. A segunda grande mudança confessional ocorreu no século XVI, por um movimento de renovação ligado ao nome de Martinho Lutero. Ele denunciou publicamente os abusos e exigiu uma reforma da igreja católica romana na cabeça e nos membros. Embora de inicio Lutero não tivesse intenção de fundar uma confissão nova, a confissão protestante, que desde o século XIX também é denominada confissão evangélica, surgiu por causa de sua atuação.

As três grandes confissões do cristianismo produziram no passado importantes movimentos de reforma. Da igreja católica romana, por exemplo, surgiu no passado a igreja velho-católica. Esta confissão surgiu por iniciativa dos fieis, que no Concilio Vaticano I, em 1870, não aceitaram a doutrina de que o papa seja considerado infalível. Nas igrejas evangélicas, pietismo e iluminismo impulsionaram nos séculos XVII e XVIII uma intensa discussão sobre os temas básicos da fé crista. Um importante movimento que no século XVII tomou como meta a preservação de elementos litúrgicos tradicionais foi o dos velhos-crentes da igreja ortodoxa da Rússia.

Numericamente, as três grandes confissões da igreja cristã são a confissão ortodoxa, a romano-católica e a evangélica. Mas dentro destas comunidades existem grandes diferenças teológicas e regionais. A particularidade de todas as igrejas ortodoxas consiste em reconhecerem como obrigatórios apenas os sete primeiros concílios na historia da igreja. As diversas igrejas ortodoxas nos diferentes países são autônomas, tendo cada uma o seu patriarca. A igreja católica romana exige para si uma unidade maior: seu chefe, o papa, como sucessor de Pedro, possui a primazia na doutrina e na jurisprudência. Dentro da igreja evangélica deve-sedistinguir as diferentes formas de piedade que se formaram nos séculos após a reforma. São consideradas como seitas no cristianismo as comunidades que conscientemente se distanciam das grandes confissões e igrejas (por exemplo: mórmons, testemunhas de Jeová).

No decorrer dos séculos os cristãos do Oriente e os do Ocidente foram sendo caracterizados por culturas diferentes: a grega no Oriente, cuja capital era Constantinopla (Istambul na Turquia de hoje); e a latina no Ocidente, cuja capital era Roma. Falavam uns o grego, outros o latim; os costumes litúrgicos e a disciplina iam-se diferenciando aos poucos. Ora isto causou mal-entendidos e rivalidades entre cristãos bizantinos e cristãos lati¬nos. Finalmente essas divergências deram ocasião a um cisma ou uma ruptu¬ra em 1054, por obra do Patriarca Miguel Cerulário de Constantinopla. Por motivos teológicos secundários, os cristãos de Bizâncio separaram-se de Ro¬ma, e, com eles, outros orientais (rumenos, búlgaros, russos, etc.). Consti¬tuem hoje um bloco de cerca de 173 milhões de fiéis. Chamam-se "ortodo¬xos", porque na época das controvérsias teológicas sobre a SS. Trindade e Jesus Cristo (séc. IV-VIII) sempre mantiveram a reta doutrina (ortodoxia), não cedendo ao arianismo, ao nestorianismo ou ao monofisismo. Houve tentativas de reunião dos ortodoxos com os católicos através dos séculos, principalmente por ocasião dos Concílios de Lião 11 (1274) e Florença (1438-45).Todavia os resultados positivos foram de curta dura¬ção. Em nossos dias, há grande aproximação entre Roma e Constantinopla, pois na verdade são poucas as diferenças doutrinárias que separam do Cato¬licismo os ortodoxos orientais.

A ortodoxia é a corrente doutrinal que declara que representa a visão correta, fundada em princípios sistemáticos (metafísicos) e científicos. O contrário é a heterodoxia. Os cristãos ortodoxos, por força da denominação, são os que professam toda a doutrina da fé cristã de acordo com o magistério da Igreja. Se apoderaram, porém, da designação da Igreja bizantina depois do cisma que os opôs a Roma (nos séculos IX e XI) ao se arvorarem em depositários da fé verdadeira em oposição à Igreja latina. Ficaram, por isso, a ser denominados ortodoxos os cristãos da Europa Oriental, que se mantêm separados da Igreja Católica Romana.

A Igreja Ortodoxa se vê como a verdadeira igreja criada por Jesus Cristo, além de não reconhecerem o Papa como autoridade. Para os cristãos ortodoxos, como são chamados, não existe purgatório e não acreditam na virgindade de Maria após a concepção. Na Igreja Ortodoxa, os padres são liberados para o casamento, desde que este tenha ocorrido antes da sua conversão, e apenas os bispos são obrigados a manter o celibato.

A maior autoridade na Igreja Ortodoxa é o Santo Sínodo Ecumênico, desde a fundação até os dias atuais. As igrejas ortodoxas mais importantes são a Igreja Ortodoxa Grega e Igreja Ortodoxa Russa.

Protestantismo é, ao lado do Catolicismo, um dos grandes ramos do Cristianismo. O nome “protestante” provém dos protestos dos cristãos do século XVI contra as práticas da Igreja Católica. Em alguns países, especialmente no Brasil, o termo “protestante” é substituído por “evangélico”, retirando a conotação polêmica da palavra e dando uma característica mais positiva e universal.

O movimento protestante surgiu na tentativa de Reforma da Igreja Católica iniciada pelo monge agostiniano Martinho Lutero, no século XVI. Os motivos para esse rompimento incluíram principalmente as práticas ilegítimas da Igreja Católica, além da divergência em relação a outros princípios católicos, como a adoração de imagens, o celibato, as missas em latim, a autoridade do Papa, entre outros.

Para os protestantes, a salvação é dada através da graça e bondade de Deus, na qual cada pessoa pode se relacionar diretamente com seu Criador, sem a necessidade de um intermediário; diferentemente da fé católica, a qual diz que o único método de se obter a salvação é através dos sacramentos e rituais para purificação da alma feita através de pessoas santificadas (padres, bispos, etc.).

Os protestantes defendem a crença de que a única autoridade a ser seguida é a Palavra de Deus, presente na Bíblia Sagrada. Desta forma, através da ação do Espírito Santo, os cristãos, ao lerem a Bíblia, têm uma maior harmonia com Deus. Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante, a Bíblia foi traduzida para diversas línguas e distribuída sem restrições para as pessoas.

O protestantismo pode ser subdividido em ramos, como o luteranismo, calvinismo, anglicanismo, etc. Atualmente, costuma-se classificar as igrejas protestantes em pentecostais e neopentecostais.

• O CRISTIANISMO NO BRASIL

O cristianismo esta presente no Brasil desde a chegada dos portugueses no ano de 1500. Durante o tempo da colônia e do império o cristianismo católico foi a religião oficial. No tempo do segundo império, mesmo sendo a religião oficial, o exercício de outras religiões era permitido, desde que não em caráter de culto publico explicito. Ate meados do século XIX, a presença do cristianismo no Brasil era quase que em sua totalidade católica. A partir das imigrações em meados do século XIX, estabeleceram-se no Brasil igrejas cristãs nascidas da reforma, inicialmente luteranos. Logo se estabeleceram no Brasil também outras igrejas como a presbiteriana, a metodista, a batista, a anglicana e a adventista. No inicio do século XX surgiram no Brasil igrejas cristãs advindas da experiência pentecostal norte-americana. As primeiras a aqui se estabeleceram foram a Congregação Cristã do Brasil (1910) ea Assembléia de Deus (1911). Na esteira da experiência pentecostal, muitas outras igrejas cristãs se estabeleceram no país e surgiu um fenômeno ate então pouco conhecido aqui: a fundação de igrejas por brasileiros. A mais antiga delas é a igreja pentecostal “O Brasil para Cristo”, fundada em fins de 1955. Destas igrejas fundadas por brasileiros, a que mais prosperou em numero de membros foi a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977. O cristianismo de tradição ortodoxa esta também presente no país, mas em números menores. O cristianismo continua sendo a religião da maioria absoluta dos brasileiros. Pelos resultados do censo demográfico do país, realizado pelo IBGE no ano de 2010

O que caracteriza essencialmente quem pertence a comunidade cristã de Fe é o batismo. A maioria dos cristãos são batizados já quando crianças, mas também existem comunidades de Fé onde é de costume batizar os adultos. Ao batismo é associado, no cristianismo, a aceitação salvifica de Deus, cuja graça atua eficazmente na vida do batizado. Quando alguém ingressa na religião cristã, por vezes o batismo é antecedido também por uma instrução batismal, durante a qual os batizandos familiarizam-se com os conteúdos da religião cristã. O batismo se dá derramando água sobre a cabeça do batizando, ao mesmo tempo em que é pronunciada a fórmula trinitária (em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), ou então mergulhando o corpo inteiro na água. A água simboliza a purificação para a renovação da vida, que é dada aos homens no seguimento de cristo.

A organização e configuração da vida de uma comunidade cristã de fé se dão de diferentes maneiras, de acordo com a confissão. Na igreja católica romana e na igreja ortodoxa, o oficio clerical está ligada a uma consagração, a qual, entretanto, é reservada exclusivamente a homens. Na igreja católica romana, acima dos sacerdotes encontram-se os bispos, cujo oficio é transmitido em sucessão apostólica. Chefe supremo da igreja é o papa, como sucessor do apostolo Pedro e representante de Jesus cristo na terra. O cristianismo ortodoxo não conhece nenhuma autoridade comparável ao papa, embora as diversas igrejas já independentes entendam-se como uma unidade. Como “cabeça honorário” da igreja ortodoxa – mas sem a autoridade de governar – atua o patriarca de Constantinopla (hoje Istambul). Também na igreja evangélica não existe nenhum oficio pastoral ou sacerdotal supremo. O oficioepiscopal, nesta confissão, não esta ligado a uma sucessão. Na maioria das igrejas evangélicas, ao contrario da igreja católica romana e da igreja ortodoxa, as mulheres tem a possibilidade de exercer o oficio de pastora.

Para o cristianismo, as narrativas dos profetas nos livros da bíblia hebraica possuem um significado importante, porque os profetas são aqueles que falam ao povo de Israel em nome de Deus. O cristianismo assume as declarações do profetismo e as reinterpreta sobre o pano de fundo da revelação de Deus no homem Jesus. No novo testamento são chamados discípulos as mulheres e homens que seguem a Jesus e creem na eficácia da força de deus em seu agir. Depois da morte de Jesus, passou a ser conhecido sobretudo o circulo de discípulos a quem ele se apresentou com a ressuscitado, e que transmitiram a noticia de sua ressureição. No novo testamento, santo são as pessoas que vivem em comunhão com Jesus. Na igreja católica romana ainda hoje os santos ocupam um lugar especial como intercessores dos seres humanos junto a Deus. A igreja evangélica fala de pessoas que podem ser modelos de fé, mas desconhece canonizações.

Um ritual praticado por todas as confissões, e que une todos os fiéis cristãos entre si, é a reunião da comunidade cristã no culto divino. Por via de regra esta reunião ocorre todos os domingos, no inicio da nova semana. Além disso, realizam-se cultos também em ocasiões especiais, como por exemplo, batizados, casamentos ou enterros. Este ritual quase sempre decorre de acordo com uma ordem litúrgica estabelecida, mas que é diferente nas igrejas cristãs. Geralmente a reunião da comunidade para o culto divino tem a função de tornar presente, através de salmos, orações, cânticos e da leitura de textos bíblicos, o fundamento sobre o qual a igreja constrói. Por outro lado, a reunião dos fieis sempre ocorre também para que eles se certifiquem do agir de Deus no mundo e deem expressão comunitária a sua própria espiritualidade.

O culto divino é celebrado no edifício que, com base no nome dos fiéis que ai se reúnem, também é chamado de igreja. O centro da igreja é o altar. No altar, durante o culto divino, a comunidade cristã celebra a ceia, recordando a salvação e libertação dos homens por Jesus Cristo. Nas igrejas ortodoxas o altar, além disso, também tem o significado de trono de Cristo. Perto do altar (ou quase sempre sobre ele), se encontra a cruz, como símbolo central da fé cristã, recordando a vida, morte e ressurreição de Jesus. Outra função que também é importante na construção da igreja é a fonte batismal, ou a pia batismal, em que os novos membros são batizados em nome de Deus uno e trino.

No ano eclesiástico cristão, as três grandes festas são o Natal, a Páscoa e o Pentecostes. Na igreja católica romana e na igreja ortodoxa, também são celebradas festas dos santos e festas locais. Na festa de Natal a cristandade lembra o nascimento de Jesus e a vinda de Deus ao mundo. O tempo do advento começa no 1° domingo do Advento, quatro semanas antes do Natal, e termina dia 25 de Dezembro, com a celebração da festa do nascimento de Jesus. A festa da Páscoa é celebrada para lembrar a morte de Jesus na cruz no Monte Calvário, na sexta feira Santa, e sua ressurreição dos mortos no terceiro dia após a crucificação. O tempo da Paixão começa sete semanas antes da Páscoa, na Quarta feira de Cinzas e termina no Sábado antes da Páscoa. Na festa de Pentecostes a comunidade cristã relembra a efusão do Espirito Santo sobre os fieis e a fundação da igreja, que de acordo com as narrativas do Novo Testamento ocorreu 50 dias depois que Jesus ressuscitou dos mortos em Jerusalém ressuscitou dos mortos em Jerusalém. Em memoria da vitória sobre a morte, que aconteceu na vida de Jesus, e que teve seu ponto culminante no domingo, como primeiro dia da semana que se inicia, foi declarado dia santificado, e com base na história da criação também o dia de repouso semanal.

Visitar os lugares sagrados, em comum ou isoladamente, também é usual no cristianismo, e relativamente a isto existe uma longa tradição. Desde as origens do cristianismo o destino preferido é a cidade de Jerusalém. Já bem cedo os fieis cristãos também faziam peregrinações para os túmulos dos apóstolos. Assim adquiriram grande importância como lugares sagrados do cristianismo sobre tudo as cidades de Roma, onde foram mortos os apóstolos Pedro e Paulo, ou Santiago de Compostela, como presumido túmulo do apóstolo Tiago. Na tradição católica romana são conhecidas, além disto, as peregrinações a igrejas ou lugares consagrados a Maria, mãe de Jesus.

Prescrições de pureza ritual não são conhecidas na religião cristã. Mas o simbolismo do lavar-se e purificar-se também foi assumido pela tradição cristã, sendo transferido para o purificar-se da culpa. Esta purificação se dá pela redenção e libertação do homem para a vida nova, que teve inicio com Jesus, e que simbolicamente se torna realidade no batismo. Na penitencia, a que o próprio Jesus convoca, o homem converte-se para uma vida com Deus distanciando-se da vida marcada pela alienação e pelo interesse próprio. Como sinais visíveis de penitência foram considerados na história da igreja, por exemplo, a oração ou o jejum. Também em celebrações penitenciais, ou por meio de dias especiais de penitência, é mantida viva a lembrança da insuficiência humana, e a necessidade de conversão e de confiança na justiça de Deus.

Apenas os membros das ordens usam roupas especiais para monges ou monjas. Nos atos oficiais, os clérigos das diferentes confissões usam vestes diversas. Na igreja evangélica, por exemplo, generalizou-se o uso de um talar negro a partir do inicio do século XIX. Hoje os pastores evangélicos voltam cada vez mais a usar vestes brancas, como era comum na origem cristã. Na igreja católica romana, os sarcedotes usam para a missa um paramento com estola, cuja cor varia de acordo com as cores litúrgicas do ano eclesiástico.

O símbolo central do cristianismo é a cruz. Representa a paixão de Jesus, sendo em geral encontrado, em todas as igrejas, próximo ao altar. Alem disso um dos primeiros símbolos para reconhecer o cristianismo, foi o peixe, cujas letras gregas representam a abreviação de uma profissão de fé em Jesus como Senhor e Salvador. Na ceia pão e vinho representam a presença do corpo e do sangue de Jesus, reforçando e lembrando a redenção e libertação de todos os homens. A graça de Deus, que é dada no batismo, é simbolizada pela água, como símbolo de vida e purificação. Como sinal do Espírito Santo, por cuja força a igreja foi fundida, e que representa a ação de Deus, encontra-se no cristianismo o símbolo da pomba.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o cristianismo é uma religião muito difundida em todo o mundo e possui muito fiéis, ela surgiu na Palestina com os ensinamentos de Jesus Cristo filho de Deus. Os adeptos a esta religião seguem os ensinamentos da Biblia Sagrada que dividi-se em velho e novo testamento, onde velho testamento é a parte da bíblia que relata antes do nascimento de Jesus Cristo, e novo testamento que relata depois do nascimento de Cristo.

Conclui-se ainda que apesar de suas ramificações os fiéis desta religião acreditam em um só Deus e seguem os mesmos ensinamentos, pois estes se encontram na bíblia que é o único livro do Cristianismo. O que diferencia estas ramificações são alguns hábitos e costumes da própria igreja e seus adeptos.

Este trabalho mostra que apesar das pessoas gostarem de comparar a igreja católica romana com a igreja católica ortodoxa e com as igrejas protestantes, nada mais é do que preconceito, pois as mesmas possuem muito mais pontos em comum do que os seus adeptos muitas vezes imaginam e é isso que deve levar em consideração e não suas diferenças, pois os mesmos são irmãos perante Deus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GAARDEN,Jostein. HELLERN,Victor. NOTAKER, Henry. O livro das religiões. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2000.

BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do cristianismo. Fundamento, 2012

C.S. Lewis. Cristianismo puro e simples. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2005.

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