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LUGAR DA PREGAÇÃO NO MINISTÉRIO PASTORAL

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Por:   •  28/10/2014  •  10.312 Palavras (42 Páginas)  •  414 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Pregar o evangelho significa despertar, confirmar, estimular, consolidar e aperfeiçoar a fé. Por essa razão, a pregação é a característica marcante do Cristianismo.

Pregar não significa simplesmente fazer discursos e sermões, mas é antes de tudo, falar em nome de Deus. Se a igreja Cristã quiser manter um testemunho ativo nesta geração é de extrema importância que a mesma se dedique à pregação da palavra, providenciando para o povo o verdadeiro alimento.

Por outro lado, é impossível falar em pregação sem considerar a vida do pregador. O ministério da pregação não é tão simples como muitos podem pensar, porque o sucesso da pregação está associado à vida de quem prega. A autoridade do pregador está no viver aquilo que se prega.

Assim, esta pesquisa pretende tratar do lugar da pregação Bíblica no ministério pastoral, devido a gama de atividades que o pastor tem no dia a dia do ministério e que, muitas vezes, tem tomado o lugar da mesma.

Podemos observar hoje, o número crescente de pastores e igrejas que dão mais importância às músicas, coreografias, teatro entre outras atividades. E quase ninguém se dispõe mais a ficar sentado num banco por mais de vinte minutos ouvindo uma mensagem. No entanto não podemos deixar de falar que muitos também em suas mensagens não estão nem ai para um conteúdo fundamentado na palavra.

Conquanto com esta prática os pastores hoje não são vistos mais como os homens da Bíblia, como pregadores da palavra de Deus, como no passado, a figura do pastor não é mais daquele que estaria falando em nome de Deus, mas sim a de um animador de plateias, como aqueles que manipulam emoções, como aqueles que não denunciam o pecado, como nos afirma D. Martyn Loyd-Jones no livro pregação e pregadores.

Para um melhor direcionamento da pesquisa estabelece-se como objetivos as seguintes questões de estudo:

 O que determinou a decadência da pregação Bíblica?

 A pregação é a parte central do ministério pastoral?

 O pastor foi chamado para que?

Para embasamento teórico, será utilizado como fontes de pesquisa: Bíblia Sagrada, livros diversos que tratam do assunto, dicionários e comentários bíblicos, revistas Internet, artigos e Jornais.

A relevância de tal pesquisa está na contribuição da mesma em fomentar uma discussão importante não só aos estudantes da área teológica quanto ao meio eclesiológico, com a finalidade de compreender e despertar para a primazia da pregação no ministério pastoral.

1. Pregação

Conjuro-te, pois, diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino; prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda a longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo coceira nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre bem o teu ministério.

(Paulo).

Este autor está iniciando a caminhada no ministério, mas em alguns momentos tem ficado em conflito, sobre a prioridade no ministério pastoral.

Numa época tão hostil à sã doutrina, em que os líderes evangélicos estão perdidos no pragmatismo religioso, a pregação bíblica e cristocêntrica é a única forma de solidificar o cristianismo (evangélico) na Pedra Angular (1Pe 2.6,7).

John Stott diz “a pregação é indispensável para o cristianismo. Sem a pregação, ele perde algo necessário que lhe confere autoridade. Isso porque o cristianismo é, essencialmente, uma religião da palavra de Deus”.

Sem hesitação esta é a maior e a mais gloriosa vocação que alguém pode ser chamado.

D. Martin Lloyd Jones diz que: “a pregação autentica é a mais urgente necessidade da Igreja Cristã na atualidade”

Stuart Olyott comenta que, se uma pessoa gastasse uma semana lendo toda a Bíblia e, na semana seguinte, se familiarizasse com os principais acontecimentos da história da igreja, concluiria que a obra de Deus no mundo e a pregação estão intimamente ligadas.

1.1. A natureza da pregação

A essência da pregação é cristocêntrica é também a essência de tudo que existe. De maneira bem simples quatro fundamentos caracterizam essa natureza Deus Pai: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29.29); Deus Espírito Santo: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (1Pe 1.20,21); Deus Filho: “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito (Jesus) constava em todas as Escrituras” (Lc24.27); e Bíblia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16).

É impossível considerar a natureza da pregação bíblica e cristocêntrica sem fundamentá-la em Deus, por meio de Cristo na ação do Espírito Santo, com instrução bíblica.

John Stott assevera que “a pregação é indispensável para o cristianismo. Sem a pregação, ele perde algo necessário que lhe confere autoridade. Isso porque o cristianismo é, essencialmente, uma religião da Palavra de Deus”.

O doutor E. C. Dargan disse o seguinte sobre o conteúdo da pregação.

O fundador do cristianismo foi, por sua vez, o primeiro entra os seu pregadores; porém foi antecipado por ssu percursor e seguido de seus apóstolos, e na pregação destes a proclamação e o ensino da palavra de Deus por meio do discurso público foram convertidos na marca essencial e permanente da religião cristã.

É fantástico esta afirmação, pois a história nos mostra esta realidade, a maior incidência do crescimento do reino de Deus aconteceu nas épocas em que mais floresceu a pregação da palavra.

1.2. Conceito de pregação

A mais sublime vocação que

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