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Membresia De Igreja

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Por:   •  30/10/2013  •  5.184 Palavras (21 Páginas)  •  160 Visualizações

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“E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. 2 Coríntios 8:5.”

Algumas pessoas estão tratando sempre de comprovar o que é costume na igreja cristã. Em todo o tempo, estão buscando exemplos e precedentes. O pior do caso é que muitas dessas pessoas buscam coisas antigas que não são suficientemente antigas; as coisas antigas da Igreja de Roma, por exemplo, seus costumes e ordenanças medievais, que não são outra coisa senão um autêntico disparate. Se quisessem coisas verdadeiramente antigas e sólidas, elas deveriam regressar aos tempos apostólicos. O melhor livro de história da Igreja para fazer cópia do ritual, do verdadeiro ritual, é o livro dos Atos dos Apóstolos, e quando a Igreja cristã apelar para esse livro, ao invés de inquirir sobre o que os cristãos primitivos dos séculos dois e três fizeram, então sim, se aproximarão muito mais do real conhecimento do que devem fazer.

Agora, nosso texto nos fala de um antigo costume dos dias dos apóstolos. Aqueles que se convertiam em cristãos se entregavam primeiramente ao Senhor, e logo em seguida se entregavam à Igreja, de acordo com a vontade de Deus. Vamos ponderar essas coisas na sua ordem. Claro que iremos refletir primeiro sobre o ponto central e mais importante: esta ação de valor e beleza a tudo que segue e é seu fruto:

I. A CONSAGRAÇÃO SUPREMA DA ALMA.

A primeira coisa que os cristãos originais fizeram, os cristãos dos tempos antigos e do Espírito Santo, foi que: “a si mesmos se entregaram primeiramente ao Senhor”. Isso é vital, é a oferenda de maior importância. Nós todos que professamos ser discípulos de Cristo realmente temos nos entregado a Deus? Não existe nessa casa de oração alguns que jamais pensaram em fazer isso, e inclusive alguns que rejeitariam com desprezo a simples ideia de fazê-lo?

Ó meus leitores, o dia virá quando vocês contemplarão esses assuntos sob uma luz muito diferente, e no mundo vindouro, se descobrirá que se entregar ao Senhor teria sido sua mais alta sabedoria, e que ter vivido para o ego foi sua suprema tolice.

Quando esses primeiros cristãos se entregavam ao Senhor, a primeira coisa manifesta era que esta consagração e entrega eram sinceras. Se alguns dos aqui presentes se entregaram ao Senhor, deveriam se perguntar se sua consagração foi sincera. Esses crentes primitivos levavam a sério aquilo que afirmavam, uma profunda realidade estava contida em sua consagração: entregavam-se a Jesus Cristo para serem inteiramente Dele.

Recordem que naqueles tempos isso significava sofrer muito mais do que jamais deveremos sofrer agora. Um homem que se entregava a Cristo naqueles dias era expulso da sinagoga se fosse um judeu, e era proscrito da sociedade se fosse um pagão. Ele era arrastado aos tribunais; era frequentemente lançado à prisão; com igual frequência era golpeado com muitos açoites, em muitos casos era executado, sendo queimado ou atravessado pela espada. Porém, esses primeiros cristãos conheciam o que haveriam de passar, e, apesar disso, entregavam-se ao Senhor resolutamente.

Ó amados professos aqui presentes, sua consagração a Cristo foi tão sincera como essa, ou simplesmente vieram e fizeram uma profissão de fé porque outros a fizeram, e perseveraram nessa profissão – tendo sido uma mentira – porque não suportavam a vergonha de confessar que tinham cometido um erro? Ó, a profissão é sincera ou não? Se não é, que Deus a converta em sincera, pois somente a profissão que vem do coração é a que permanecerá no último dia do grande juízo. Senhor, livra-nos de ter uma religião desprovida de coração!

A consagração deles ao Senhor foi, continuando, uma consagração voluntária. Todos os soldados de Cristo são voluntários, e, no entanto, todos eles são homens forçados. A graça de Deus constrange aos homens para se converterem em cristãos, no entanto, unicamente os constrange sendo consistente com as leis de suas mentes. A liberdade da vontade é uma verdade tão grande como o é a predestinação de Deus. A graça de Deus, sem violar nossas vontades, faz com que os homens estejam dispostos no dia do poder de Deus, e então se ofereçam a Cristo Jesus.

Você não pode ser um cristão contra sua vontade. Como isso poderia ser? Um servo de Deus que não o queira ser! Um filho de Deus que não quer sê-lo! Não, nunca foi assim e nunca será. Aqui e agora, a vocês cristãos, perguntar-lhes-ei, vocês não são os alegres, gozosos e, incondicionalmente, servos de Deus? Eu sei que o são, e esse vínculo que estabeleceram há anos não é agora cansativo para vocês, e se vocês são santos genuínos, vocês o renovam essa noite, e esperam repetir esse compromisso na vida e na morte, pois de forma voluntária e alegre vocês pertencem ao Senhor.

A consagração que esses primeiros cristãos fizeram foi, continuando, uma consagração inteligente. Nos dias de Paulo, não eram recebidas na igreja pessoas sem inteligência. Elas sabiam que nenhum apadrinhamento poderia ser útil ali. Elas sabiam – e alguém poderia pensar que todas as pessoas racionais deveriam saber – que a religião de Jesus Cristo não pode existir onde não existe uma clara compreensão da verdade salvadora.

Unicamente pode existir vida espiritual e verdadeira conversão onde o entendimento foi capaz de compreender o ofício salvador de Jesus. Nenhum rito religioso, cerimônia ou ordenança poderiam conferir isso. Eu escutei alguns ministros que dizem para suas congregações: “vocês foram feitos cristãos em sua infância e devem ser fiéis aos compromissos que foram feitos naquele momento em seus nomes”. Em verdade, a consciência de todo homem lhe diz que não existe nem uma sombra de base para um raciocínio assim. O que eu tenho a ver, ou o que me importam os votos que foram feitos em meu nome quando eu era um nenê? Tenham sido bons ou maus, eu nunca fui consultado sobre eles e não tenho nada a ver, nem terei a ver, com eles. Seja que prometeram que eu serviria a Deus ou que eu serviria ao demônio, rejeito igualmente a responsabilidade e o apadrinhamento deles.

Como um ser inteligente, eu falo por mim mesmo diante de Deus, e ninguém deverá falar por mim. Se eu tivesse sido consagrado a Moloque, eu deveria aceitar essa consagração em minha idade adulta? Deus não o queira! E ainda se eu tivesse sido consagrado a Cristo, não aceitarei uma consagração que eu sei que Cristo nunca aceitou, porque Ele nunca a pediu. Ele pede minha consagração pessoal; Ele unicamente pede um amor inteligente, um serviço inteligente, e eu, em verdade, confio que muitos de vocês vieram a Cristo sabendo o que faziam, sabendo

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